Passagens sobre Prudência

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Começo e Fim

Não basta começar bem, não adianta mediar bem; de pouco servem bons começos e melhores meios, se os fins não se mostram bem sucedidos.
(…) Uma vez começadas, as coisas não devem ser esquecidas nem deixadas antes de ser acabadas, pois é sinal de pouca prudência começar muitos actos e não acabar nenhum.

Está nas venerandas cãs a sabedoria, e a prudência nos velhos

Está nas venerandas cãs a sabedoria, e a prudência nos velhos.

Deve-se temer a velhice, porque ela nunca vem só. Bengalas são provas de idade e não de prudência.

Os Piores Inimigos

Os teus piores inimigos não são de modo nenhum aqueles que têm um ponto de vista diferente do teu; são, pelo contrário, aqueles que têm o mesmo mas que, por diversos motivos, prudência, desejo de ter razão, cobardia, estão impedidos de a ele aderir.

A sagacidade te guardará e a prudência te protegerá para te livrar do mau caminho do homem

A sagacidade te guardará e a prudência te protegerá para te livrar do mau caminho do homem que diz disparates.

Se quiser triunfar na vida, faça
da perseverança, a sua melhor amiga;
da experiência, o seu sábio conselheiro;
da prudência, o seu irmão mais velho;
e da esperança, o seu anjo guardião.

Muitas vezes nossos erros nos beneficiam mais do que nossos acertos. As façanhas enchem o coração de presunção perigosa; os erros obrigam o homem a recolher-se em si mesmo e devolvem-lhe aquela prudência de que os sucessos o privaram.

Assim como seria ridículo chamar o filho do nosso alfaiate ou do nosso sapateiro, para que nos fizessem um fato ou umas botas, não tendo eles aprendido o ofício; assim também seria ridículo consentir ou admitir no governo da República os filhos daqueles varões, que governaram com acerto ou prudência, não tendo eles a mesma capacidade dos pais.

Os Feitos Simples são os Mais Elogiados e Lembrados

Duas pátrias produziram dois heróis: de Tebas saiu Hércules; de Roma saiu Catão. Foi Hércules aplauso da orbe, foi Catão enfado de Roma. A um admiraram todos, ao outro esquivaram-se os romanos. Não admite controvérsia a vantagem que levou Catão a Hércules, pois o excedeu em prudência; mas ganhou Hércules a Catão em fama. Mais de árduo e primoroso teve o assunto de Catão, pois se empenhou em sujeitar os monstros dos costumes, e Hércules os da natureza; mas teve mais de famoso o do tebano. A diferença consistiu em que Hércules empreendeu façanhas plausíveis e Catão odiosas. A plausibilidade do cargo levou a glória de Alcides (nome anterior de Hércules) aos confins do mundo, e passará ainda além deles caso se alarguem. O desaprezível do cargo circunscreveu Catão ao interior das muralhas de Roma.
Com tudo isto, preferem alguns, e não os menos judiciosos, o assunto primoroso ao mais plausível, e pode mais com eles a admiração de poucos que o aplauso de muitos, sendo vulgares. Os milagres de ignorantes apelam aos empenhos plausíveis. O árduo, o primoroso de um superior assunto poucos o percebem, embora eminentes, sendo assim raros os que nele acreditam. A facilidade do plausível permite-se a todos,

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Não é de avisados e experientes ceder à cólera. (…) Operai após reflexão madura. Ela vence mais que a violência do pensamento rápido, e fugaz. A sabedoria é irmã da prudência, e pouco avisado anda aquele, que se apega às asas do génio iracundo, que não prevê despenhadeiros.

Quanto mais sublimes forem as verdades mais prudência exige o seu uso; senão, de um dia para o outro, transformam-se em lugares comuns e as pessoas nunca mais acreditam nelas.

As Amizades Comuns

O que habitualmente chamamos amigos e amizades não são senão conhecimentos e familiaridades contraídos quer por alguma circunstância fortuita quer por um qualquer interesse, por meio dos quais as nossas almas se mantêm em contacto. Na amizade de que falo, as almas mesclam-se e fundem-se uma na noutra em união tão absoluta que elas apagam a sutura que as juntou, de sorte a não mais a encontrarem. Se me intimam a dizer porque o amava, sinto que só o posso exprimir respondendo: «Porque era ele; porque era eu».
(…) Não me venham meter ao mesmo nível essoutras amizades comuns! Conheço-as tão bem como qualquer outro, e até algumas das mais perfeitas do género, mas não aconselho ninguém a confundir as suas regras: laboraria num erro. Em tais amizades deve-se andar de rédeas na mão, com prudência e cautela – o nó não está atado de maneira que, acerca dele, não se tenha de nutrir alguma desconfiança. «Amai o vosso amigo», dizia Quílon, «como se algum dia tiverdes que o odiar; odiai-o como se tiverdes que o amar.»