Passagens sobre Riqueza

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Frases sobre riqueza, poemas sobre riqueza e outras passagens sobre riqueza para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

A Europa já não é miragem como era a Índia, já não é a panaceia que tudo vai resolver, é sim a oportunidade que se nos dá de, com o nosso próprio esforço e a nossa riqueza, acedermos a um nível de desenvolvimento e de dignidade que hoje não temos.

Escrevendo ou lendo nos unimos para além do tempo e do espaço, e os limitados braços se põem a abraçar o mundo; a riqueza de outros nos enriquece a nós. Leia.

Cerimonial do Amor

Se não houver esperanças de que o teu amor seja recebido, o que tens a fazer é não o declarar. Poderá desenvolver-se em ti, num ambiente de silêncio. Esse amor proporciona-te então uma direcção que permite aproximares-te, afastares-te, entrares, saíres, encontrares, perderes. Porque tu és aquele que tem de viver. E não há vida se nenhum deus te criou linhas de força.
Se o teu amor não é recebido, se ele se transforma em súplica vã como recompensa da tua fidelidade, se não tens coração para te calares, nessa altura vai ter com um médico para ele te curar. É bom não confundir o amor com a escravatura do coração. O amor que pede é belo, mas aquele que suplica é amor de criado.
Se o teu amor esbarra com o absoluto das coisas, se por exemplo tem de franquear a impenetrável parede de um mosteiro ou do exílio, agradece a Deus que ela por hipótese retribua o teu amor, embora na aparência se mostre surda e cega. Há uma lamparina acesa para ti neste mundo. Pouco me importa que tu não possas servir-te dela. Aquele que morre no deserto tem a riqueza de uma casa longínqua, embora morra.

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Uma casa portuguesa

Numa casa portuguesa fica bem
pão e vinho sobre a mesa.
Quando à porta humildemente bate alguém,
senta-se à mesa co’a gente.
Fica bem essa fraqueza, fica bem,
que o povo nunca a desmente.
A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente.

Quatro paredes caiadas,
um cheirinho a alecrim,
um cacho de uvas doiradas,
duas rosas num jardim,
um São José de azulejo
sob um sol de primavera,
uma promessa de beijos
dois braços à minha espera…
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!

No conforto pobrezinho do meu lar,
há fartura de carinho.
A cortina da janela e o luar,
mais o sol que gosta dela…
Basta pouco, poucochinho p’ra alegrar
uma existéncia singela…
É só amor, pão e vinho
e um caldo verde, verdinho
a fumegar na tijela.

Quatro paredes caiadas,
um cheirinho a alecrim,
um cacho de uvas doiradas,
duas rosas num jardim,
um São José de azulejo
sob um sol de primavera,

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E ele a mim: ‘Todos tiveram a mente
tão ofuscada pelo amor às riquezas na vida terrena,
que não despenderam nada com equilíbrio’.

Alguém rico interiormente de nada precisa do mundo exterior a não ser um presente negativo, a saber, o ócio, para poder cultivar e desenvolver as suas capacidades espirituais e fruir a sua riqueza interior.

A Culpa é Sempre Nossa

Sempre admirei aqueles que nos fazem sentir culpados do que dantes nos julgáramos inocentes. A culpa é uma riqueza, à qual se vai acrescentando. O resultado oscila entre a lista telefónica e as Obras Completas mas pesa sempre.
Os grandes mestres são os nossos pais e os nossos filhos – ambos mostram de onde veio a inspiração para o pecado original. Ora se é culpado por ter nascido e interrompido, ora se é culpado por ter dado a nascer e não se ter interrompido tanto quanto precisariam os nascidos.A culpa não é uma coisa que se tenha, como um pescoço. É uma coisa que se transmite, como uma gripe. Tanto faz ser-se inocente ou culpado «à partida», que tem aspas porque não existe. Os malvados constipam-se tanto como os bonzinhos. Mas ambos são vulneráveis à ideia que até fizeram por isso e merecem pagar.Até com as lâmpadas de casa de banho acontece. Não há domínio de banalidade que a culpa não contamine. Tenho passado, nos últimos anos, várias semanas, dispersas no tempo, sem luz na casa de banho. Uso pilhas e a luz da lua, quando é oferecida.Depois aparece o electricista que é afoito e resolve tudo num segundo.

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As Únicas Verdades que se Demonstram São as do Passado

Aqueles que se apoiam em razões coerentes e não na riqueza do coração, que discutem para agir segundo a razão, nem sequer chegarão a agir porque aos silogismos deles alguém mais hábil oporá argumentos melhores, aos quais eles, depois de terem reflectido, oporão argumentos ainda melhores. E assim, de advogado hábil em advogado mais hábil, por toda a eternidade.
As únicas verdades que se demonstram são as do passado, evidentes em primeiro lugar porque são. Se quiseres explicar pela razão o motivo por que determinada obra é grande, consegui-lo-ás sem dúvida. Porque conheces de antemão o que desejas demonstrar. Mas a criação não pertence a esse domínio. Experimenta dar pedras ao teu contabilista e ele não construirá templo algum.

Nem todos podem tirar um curso superior. Mas todos podem ter respeito, alta escala de valores e as qualidades de espirito que são a verdadeira riqueza de qualquer pessoa.

Uma Nação Sem Ideal Desaparece Rapidamente da História

Qualquer que seja a raça ou o tempo considerado, o objectivo constante da atividade humana foi sempre a pesquisa da felicidade, a qual consiste, em última análise, ainda o repito, em procurar o prazer e evitar a dor. Sobre essa concepção fundamental os homens estiveram constantemente de acordo; as suas divergências aplicam-se somente à idéia que se concebe da felicidade e aos meios de a conquistar.
As suas formas são diversas, mas o termo que se tem em mira é idêntico. Sonhos de amor, de riqueza, de ambição ou de fé são os possantes factores de ilusões que a natureza emprega para conduzir-nos aos seus fins. Realização de um desejo presente ou simples esperança, a felicidade é sempre um fenómeno subjectivo. Desde que os contornos do sonho se implantam um pouco no espírito, com ardor nós tentamos obtê-lo.
Mudar a concepção da felicidade de um indivíduo ou de um povo, isto é, o seu ideal, é mudar, ao mesmo tempo, a sua concepção da vida e, por conseguinte, o seu destino. A história não é mais do que a narração dos esforços empregues pelo homem para edificar um ideal e destruí-lo em seguida, quando, tendo-o atingido, descobre a sua fragilidade.

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O Dicionário da Vida

A vida é o nosso dicionário. Os anos foram bem gastos quando os demos aos trabalhos do campo, ou ao comércio, às manufacturas, às relações sinceras com grande número de homens e mulheres… isto com o único fim de aprender em todas as suas realidades uma linguagem capaz de ilustrar e de encarnar as nossas percepções. A pobreza ou a riqueza do discurso de quem fala ensina-me imediatamente em que medida ele já viveu.

A consciência de amar e ser amado traz um conforto e riqueza à vida que nada mais consegue trazer.

Prospecção

Não são pepitas de oiro que procuro.
Oiro dentro de mim, terra singela!
Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
O tesoiro sagrado
De nenhuma certeza,
Soterrado
Por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna
De me encontrar.
Poeta antes dos versos
E sede antes da fonte.
Puro como um deserto.
Inteiramente nu e descoberto.

Um Certo Grau de Vida

Quando atingimos um certo grau da vida, da experiência e do conhecimento dos homens, toda a relação, mesmo com os mais avisados e os mais amáveis dos nossos amigos, quase não vale mais do que pela atmosfera que a envolve, e todas as nossas conversas, mesmo aquelas que se dizem profundas, já não são capazes de nos dar riqueza e felicidade no plano intelectual, mas unicamente de um modo quase melódico ou musical.