Passagens sobre Corajosos

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A maior de todas as virtudes é ser-se uma perfeição construída à custa de uma multiplicidade de passos imperfeitos, erros, quedas e tantos, tantos, recomeços… a Felicidade é o resultado de uma orientação totalmente livre e corajosa para o bem.

O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada.

Uma Vida Simples e Modesta

Não depender senão de si mesmo é, em nossa opinião, um grande bem, mas daí não se segue que devamos sempre contentar-nos com pouco. Simplesmente, quando nos falte a abundância, devemos poder contentar-nos com pouco, persuadidos de que gozam melhor a riqueza os que têm menor número de cuidados, e de que tudo quanto seja natural se obtém facilmente, enquanto o que não o é só se consegue a custo. As iguarias mais simples proporcionam tanto prazer quanto a mesa mais ricamente servida, sempre que esteja ausente o sofrimento causado pela necessidade, e o pão e a água ocasionam o mais vivo prazer quando são saboreados após longa privação.
O hábito de uma vida simples e modesta é, pois, uma boa maneira de cuidar da saúde e, ademais, torna o homem corajoso para suportar as tarefas que deve necessariamente cumprir na vida. Permite-lhe ainda apreciar melhor uma vida opulenta, quando se lhe enseje, e fortalece-o contra os reveses da fortuna. Por conseguinte, quando dizemos que o prazer é o soberano bem, não falamos dos prazeres dos devassos, nem dos gozos sensuais, como o pretendem alguns ignorantes que nos combatem e nos desfiguram o pensamento. Falamos da ausência de sofrimento físico e da ausência de perturbação moral.

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Conselho aos Pais

A pior traição que podemos cometer perante o moço que se aproxima para que lhe digamos a Verdade é ocultar-lhe que para nós essa verdade se encontra tão longínqua e velada como a ele se apresenta. Se lhe damos por certeza o que se mostra duvidoso enganamos a confiança que o levou a dirigir-se-nos; se lhe não fizermos ver todas as fendas dos paços reais arriscamos a sua e a nossa alma a um desastre que nenhum tempo futuro poderá reparar. Os que julgou mais nobres enganaram-no; era cego, pediu guia, e levaram-no a abismos; nunca mais a sua mão se estenderá aberta e franca a mãos humanas. Quanto a nós mesmos, que valor tem a causa se para lhe darmos dinamismo a deformamos, a mergulhamos em parte na sombra da mentira?
Não é nosso ideal, e por isso lutamos, formar os bandos inconscientes e os prontos cadáveres que às nossas ordens obedeçam; salvar-se-á o mundo pelos espíritos claros, tenazes ante o certo, ante o incerto corajosos; só eles sabem medir no seu justo valor e vencer galhardamente toda a barreira levantada; só eles encontram, como base do ser, a marcha calma e a energia inesgotável. É ilusória toda a reforma do colectivo que se não apoie numa renovação individual;

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Quem vence um leão é um valente; quem domina o mundo é um homem de valor; mas, mais valente e corajoso do que todos eles, é aquele que realmente sabe dominar-se a si mesmo.

O Homem em tempo de guerra chama-se herói. Pode não ser mais corajoso e fugir a toda a pressa. Mas, ao menos, é um herói que bate em retirada.

A Cobardia como Pilar da Civilização

Costuma-se jogar na cara dos marxistas, com a sua concepção materialista da História, que eles subestimam certas qualidades espirituais do homem que não dependem de quanto ele ganhe ou deixe de ganhar. O argumento é o de que essas qualidades colorem as aspirações e actividades do homem civilizado tanto quanto são coloridas pela sua condição material, tornando assim impossível simplesmente
reduzir o homem a uma máquina económica. Como exemplos, os antimarxistas citam o patriotismo, a piedade, o senso estético e a vontade de conhecer Deus. Infelizmente, os exemplos são mal escolhidos. Milhões de homens não ligam para o patriotismo, a piedade ou o senso estético, não têm o menor interesse activo em conhecer Deus. Por que é que os antimarxistas não citam uma qualidade espiritual que seja verdadeiramente universal? Pois aqui vai uma. Refiro-me à cobardia. De uma forma ou de outra, ela é visível em todo o ser humano; serve também para separar o homem de todos os outros animais superiores. A cobardia, acredito, está na base de todo o sistema de castas e na formação de todas as sociedades organizadas, inclusive as mais democráticas. Para escapar de ir à guerra ele próprio, o camponês deva de mão beijada certos privilégios aos guerreiros – e destes privilégios brotou toda a estrutura da civilização.

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Onde quer que você veja um negócio de sucesso, pode acreditar que ali houve um dia uma decisão corajosa.

Tu Dás-me Objectivos, Direcção e Felicidade

Eu estava à procura na ciência da satisfação que o esforço da pesquisa e o momento da descoberta oferecem; eu nunca fui daquelas pessoas que não aguentam o pensamento de terem desperdiçado a sua vida antes de terem conseguido escrever o seu nome na rocha pelo meio das ondas. Mas quando penso como é que eu seria se não te tivesse encontrado – sem ambição, sem saber desfrutar os pequenos prazeres da vida, sem qualquer fascínio pela magia do ouro, e ao mesmo tempo dotado de uma inteligência moderada e sem quaisquer meios materiais – iria sentir-me muito miserável e entraria em declínio. Tu dás-me não apenas objectivos e direcção, mas também tanta felicidade, que nunca poderia sentir-me insatisfeito com o presente infortunado que vivo neste momento; tu dás-me esperança e a certeza do sucesso. Eu sabia-o mesmo antes de tu me amares e sei-o agora que tu me amas, e é graças a ti que me tornei um homem auto-confiante e corajoso.

Num amplo senso nós não podemos dedicar, não podemos consagrar nem tornar este chão sagrado. Os homens corajosos, vivos e mortos, que lutaram aqui, o consagraram muito além do nosso pobre poder de acrescentar ou diminuir.

Nós nunca poderíamos aprender a ser corajosos e pacientes, se apenas existisse alegria no mundo.

O Medo De Nós Próprios

Acredito que se um homem vivesse a sua vida plenamente, desse forma a cada sentimento, expessão a cada pensamento, realidade a cada sonho, acredito que o mundo beneficiaria de um novo impulso de energia tão intenso que esqueceríamos todas as doenças da época medieval e regressaríamos ao ideal helénico, possivelmente até a algo mais depurado e mais rico do que o ideal helénico. Mas o mais corajoso homem entre nós tem medo de si próprio. A mutilação do selvagem sobrevive tragicamente na autonegação que nos corrompe a vida. Somos castigados pelas nossas renúncias. Cada impulso que tentamos estrangular germina no cérebro e envenena-nos. O corpo peca uma vez, e acaba com o pecado, porque a acção é um modo de expurgação. Nada mais permanece do que a lembrança de um prazer, ou o luxo de um remorso. A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos-lhe. Se lhe resistirmos, a nossa alma adoece com o anseio das coisas que se proibiu, com o desejo daquilo que as suas monstruosas leis tornaram monstruoso e ilegal. Já se disse que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. É também no cérebro, e apenas neste, que ocorrem os grandes pecados do mundo.

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O Povo Culto

Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.

O Futuro Não é Garantia de Competência

Creio apenas saber que o romance não pode já viver em paz com o espírito do nosso tempo: se quer ainda continuar a descobrir o que não está descoberto, se quer ainda «progredir» enquanto romance, só pode fazê-lo contra o progresso do mundo.
A vanguarda viu as coisas diferentemente: estava possuída pela ambição de estar em harmonia com o futuro. Os artistas de vanguarda criaram obras, corajosas é verdade, difíceis, provocatórias, apupadas, mas criaram-nas com a certeza de que o «espírito do tempo» estava com eles e que, amanhã, lhes daria razão.
Outrora, também eu considerei o futuro como único juiz competente das nossas obras e dos nossos actos. Foi mais tarde que compreendi que o flirt com o futuro é o pior dos conformismos, a cobarde lisonja do mais forte. Porque o futuro é sempre mais forte que o presente. É ele, de facto, que nos julgará. E certamente sem qualquer competência.

O amor faz a mulher varonil. Temos visto almas de lama apresentarem uma energia corajosa, quando o tónico do amor lhes vibra as cordas embrionárias de um coração, que parece arfar de improviso ao repentino choque, ao rapto da paixão violenta.