Passagens sobre Melhor

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Livros Antigos Portugueses

Quisemos mostrar, ou antes tornar conhecidos, os nossos livros. 0 nosso intuito é simples; tentando dar vida a esses livros, procuramos deixar ver a obra Portuguesa, especialmente nos séculos xv e xvi, através dos «liuros de forma» que foram impressos em Portugal, acompanhando-os de alguns «de penna», e de outros escritos em linguagem, mas publicados fora do país. Os livros são amigos silenciosos e fiéis junto dos quais se aprende a lição da vida. São o ensinamento, e em muitos casos a prova, da época que se deseja descrever; aqueles que são coevos desses tempos, podemos, certamente, considerá-los como a melhor documentação — exceptuando os manuscritos originais — para essas pesquisas. A meta do nosso esforço é erguer bem alto o nome do nosso país, demonstrar os feitos dos Portugueses e, servindo a nossa Pátria, «levantar a bandeira dos triunfos dela». É um trabalho sem pretensões, que nada vem dizer de novo, e que nada julga ensinar, mas que, esperamos, provará o nosso amor pela Pátria querida. E se alcançarmos esse fim ambicionado, teremos a consolação suprema de um dever cumprido.

. Manuel II, «Livros Antigos Portugueses 1489-1600»’

Uma vez casado(a), pensa que teu cônjuge, por pior que pareça, é a pessoa mais adequada para ti. Assim pensando, poderás conduzir tua vida atual para uma vida harmoniosa. Aceitando o agora com sentimento de gratidão, poderás transformar o momento presente num futuro melhor.

Até os piores inimigos podem se transformar nos melhores amigos. Como? Basta, ambos, deporem as armas da vingança, do ódio, da intolerância e erguerem, a uma só mão, a bandeira da paz e amor!

Adeus! Caro de Mais te Possuía

Adeus! caro de mais te possuía,
sabes a estimativa em que te trazem;
carta de teu valor dá-te franquia,
meus vínculos a ti já se desfazem.

Como reter-te sem consentimento
e onde mereço essa riqueza grada?
Falece a causa em mim de tal provento
e a patente que tenho é revogada.

Deste-me, sem saber do teu valor,
ou quanto a mim, a quem o deste, errando,
e a dádiva que em base errada for

volta a casa, melhor se ponderando.
Tive-te assim qual sonho de embalar,
um rei no sono e nada ao acordar.

Melhor é a sabedoria do que a prática constante; melhor que a sabedoria é a meditação, e melhor que a meditação é a renúncia ao fruto das acções. Após a renúncia vem a paz.

O Super-Detergente

Nós vivemos no tempo do record, do máximo, do prestígio do campeão. Todo o vocabulário está cheio dos hiper ou dos super da propaganda comercial. Dizer que tal livro é o melhor de há 30 anos equivale a dizer que este é que é de facto um superdetergente. De resto, os agentes publicitários do material literário não pretenderão talvez enganar-nos. Eles sabem que sabemos que estamos no domínio do reclame. É uma actividade inocente como proclamarmos a excelência de um sabão. E é exactamente por isso que eles usam sempre números redondos. Nunca dizem, por exemplo, que este é o melhor livro de há 47 anos ou de há 23 anos e meio. Na realidade, eles não têm um ponto de referência para marcarem as datas. Falar em 30 ou 50 anos é como usar uma «numeração indeterminada», como se diz em retórica. Garção, ao dizer da Dido moribunda que «três vezes tenta erguer-se», não pretende convencer-nos de que estiveram lá a contá-las. Em todo o caso e de qualquer modo, dizer que este é o melhor livro de há 50 anos afecta as pessoas impressionáveis. Mas por isso mesmo é que existem as agências de publicidade. E ninguém vai pedir-lhes satisfações por reclamar um produto contra a calvície que nos deixou talvez ainda mais depilados.

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A única coisa é a vida. A única coisa é a vida de cada um. Sem vida, nada feito. Viver não é a melhor coisa que há: é a única coisa. Cada momento da vida não é único. Mas há momentos únicos. A nossa felicidade não é passá-los como quisermos. É dar por ela a aproveitá-los.

O Sentido de Possibilidade

Poderia definir-se o sentido de possibilidade como aquela capacidade de pensar tudo aquilo que também poderia ser e de não dar mais importância àquilo que é do que àquilo que não é. Como se vê, as consequências desta disposição criadora podem ser notáveis; infelizmente, não é raro que façam aparecer como falso aquilo que as pessoas admiram e como lícito aquilo que elas proíbem, ou então as duas coisas como sendo indiferentes. Esses homens do possível vivem, como se costuma dizer, numa trama mais subtil, numa teia de névoa, fantasia, sonhos e conjuntivos; se uma criança mostra tendências destas, acaba-se firmemente com elas, e diz-se-lhe que tais pessoas são visionários, sonhadores, fracos, gente que tudo julga saber melhor e em tudo põe defeito.
Quando se quer elogiar estes loucos, chama-se-lhes também idealistas, mas é claro que com isso só se alude à sua natureza débil, incapaz de compreender a realidade, ou que a evita por melancolia, uma natureza na qual a falta do sentido de realidade é um verdadeiro defeito. O possível, porém, não abarca apenas os sonhos dos neurasténicos, mas também os desígnios ainda adormecidos de Deus. Uma experiência possível ou uma verdade possível não são iguais a uma experiência real e uma verdade real menos o valor da sua realidade,

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A civilização avançada envolve problemas árduos. Por isso, quanto maior o progresso, mais está ameaçada. A vida está cada vez melhor; porém, evidentemente, cada vez mais complicada.

Gritar

Aqui a acção simplifica-se
Derrubei a paisagem inexplicável da mentira
Derrubei os gestos sem luz e os dias impotentes
Lancei por terra os propósitos lidos e ouvidos
Ponho-me a gritar
Todos falavam demasiado baixo falavam e
[escreviam
Demasiado baixo

Fiz retroceder os limites do grito

A acção simplifica-se

Porque eu arrebato à morte essa visão da vida
Que lhe destinava um lugar perante mim

Com um grito

Tantas coisas desapareceram
Que nunca mais voltará a desaparecer
Nada do que merece viver

Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trémulos de tão semelhantes serem

E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria

E esse fogo nu que me pesa
Torna a minha força suave e dura

Eis aqui a amadurecer um fruto
Ardendo de frio orvalhado de suor
Eis aqui o lugar generoso
Onde só dormem os que sonham
O tempo está bom gritemos com mais força
Para que os sonhadores durmam melhor
Envoltos em palavras
Que põem o bom tempo nos meus olhos

Estou seguro de que a todo o momento
Filha e avó dos meus amores
Da minha esperança
A felicidade jorra do meu grito

Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.

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