O cristão é um homem espiritual, e isto não quer dizer que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. O cristão é uma pessoa que pensa e age na vida do dia a dia segundo Deus. E isto significa realismo e fecundidade.
Passagens sobre Pessoas
3265 resultados«Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: “Arranca-te daí e planta-te no mar”, e ela havia de obedecer-vos» (Lucas 17:6).
A semente de mostarda é sempre pequeníssima, porém, Jesus diz que basta ter uma fé assim, pequena, mas verdadeira, sincera, para fazer coisas humanamente impossíveis, impensáveis. Todos conhecemos pessoas simples, humildes, mas com uma fé capaz de mover montanhas!
Há os cristãos só de aparência: pessoas que se disfarçam de cristãos e nos momentos da verdade só têm maquilhagem. E nós sabemos o que acontece a uma mulher quando vai na rua e vem a chuva e não tem sombrinha: cai tudo e as aparências acabam por terra.
O Deserto num Mundo Abastado
Tenderíamos ilusoriamente a crer que uma vida nascida num mundo abastado seria melhor, mais vida e de superior qualidade à que consiste, precisamente, em lutar com a escassez. Mas não é verdade. Por razões muito rigorosas e arquifundamentais que agora não é oportuno enunciar. Agora, em vez dessas razões, basta recordar o facto sempre repetido que constitui a tragédia de toda a aristocracia hereditária. O aristocrata herda, quer dizer, encontra atribuídas à sua pessoa umas condições de vida que ele não criou, portanto, que não se produzem organicamente unidas à sua vida pessoal e própria. Acha-se ao nascer instalado, de repente e sem saber como, no meio da sua riqueza e das suas prerrogativas. Ele não tem, intimamente, nada que ver com elas, porque não vêm dele. São a carapaça gigantesca de outra pessoa, de outro ser vivente, seu antepassado. E tem de viver como herdeiro, isto é, tem de usar a carapaça de outra vida. Em que ficamos? Que vida vai viver o «aristocrata» de herança, a sua ou a do prócer inicial? Nem uma nem outra. Está condenado a representar o outro, portanto, a não ser nem o outro nem ele mesmo.
A sua vida perde inexoravelmente autenticidade,
As pessoas são solitárias porque erguem paredes em vez de pontes.
Pessoas do mesmo ofício raramente se encontram, mesmo que em alegria ou diversão, mas se tiver lugar, a conversa acaba na conspiração contra o público, ou em qualquer artifício para fazer subir os preços.
É fácil gostar de labregos e da companhia que os labregos podem fazer. Durante dez ou onze minutos, num contexto bucólico, chegam a reconciliar-nos com a terra. São honestos. São despretensiosos. Respeitam as outras pessoas. Acima de tudo, são verdadeiros.
Eu quero dizer-te, não te cases com o sofrimento. Algumas pessoas fazem-no. Casam-se com ele, dormem e comem juntos, como marido e mulher. Se se deixam levar pela alegria acham que é adultério.
«Era estrangeiro e haveis-me acolhido, estava nu e vestiste-me» (Mateus 25:35:36). A crise económica, os conflitos armados e as alterações climáticas impelem muitas pessoas a emigrar. As migrações não são um fenómeno novo, pertencem à história da humanidade. É a falta de memória histórica pensar que são apenas próprias dos nossos tempos.
Uma das consequências do chamado «bem-estar» é a de conduzir as pessoas a fecharem-se em si mesmas, tornando-as insensíveis às exigências dos outros. A realidade deve ser enfrentada com aquilo que é, e muitas vezes faz-nos encontrar situações de necessidade urgente. É por isto que entre as obras de misericórdia se encontra a referência à fome e à sede: dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede.
«O Senhor deu-me conselho, até de noite o meu coração instrui» (Salmos 16:7). O terceiro dom do Espírito é o conselho. Sabemos quão importante é, nos momentos mais melindrosos, poder contar com as sugestões de pessoas sábias e que nos querem bem. Ora, através do dom do conselho é o próprio Deus a iluminar o nosso coração, fazendo-nos assim compreender a maneira certa de nos comportarmos e o caminho a seguir.
Nunca sejais homens e mulheres tristes; um cristão jamais pode sê-lo! Não te deixes tomar pelo desânimo! A nossa não é uma alegria que nasça de possuir muitas coisas, mas nasce de ter encontrado uma pessoa: Jesus.
O selo do batismo nunca se perde! E se uma pessoa se torna um bandido e se mancha com as piores injustiças e os piores delitos, o selo desaparece? Não. Aquela pessoa continua ser filha de Deus, uma filha que age contra Deus, mas Deus jamais renega os Seus filhos.
Acompanhar alguém na busca do essencial é bom e importante, porque nos faz partilhar a alegria de saborear o sentido da vida. Acontece muitas vezes encontrarmo-nos com pessoas que se fixam em aspetos superficiais, efémeros e banais; às vezes porque não encontraram alguém que as estimulasse a procurar outra coisa, a apreciar os verdadeiros tesouros.
Os jovens e os velhos: Jesus é Aquele que aproxima as gerações. É a fonte daquele amor que une as famílias e as pessoas, vencendo todas as desconfianças, todos os isolamentos, todas as distâncias.
O perdão e a misericórdia não têm muito espaço no mundo que vimos construindo, na vida de todos os dias, nas relações entre pessoas, entre famílias, entre comunidades e povos diferentes. O Cristo da Cruz mostra-nos o cume humano do perdão: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lucas 23:34).
Não devemos procurar sabe-se lá que empresas ou grandes coisas a realizar; muitas vezes, são as pessoas mais próximas de nós que têm necessidade da nossa ajuda.
Para nós, cristãos, a Verdade tem um rosto, o de Jesus de Nazaré. Para nós, cristãos, a Verdade é uma Pessoa, não um sistema conceptual nem sequer um conjunto de regras ou de valores morais a seguir. Para nós, cristãos, a Verdade tem um nome: Jesus Cristo.
A fome no mundo não é uma coisa natural, não é um dado óbvio; o facto de hoje, em pleno século XXI, muitas pessoas padecerem deste flagelo é devido a uma distribuição egoísta e perversa dos recursos, a uma mercantilização dos alimentos.
Quando encontro uma pessoa a dormir ao relento, numa noite fria, posso sentir que esse vulto seja um imprevisto que me demora, um delinquente ocioso, um obstáculo no meu caminho, um aguilhão molesto para a mina consciência, um problema que os políticos devem resolver e, talvez até, uma imundície que suja o espaço público. Ou então posso reagir a partir da fé e da caridade e reconhecer nele um ser humano com a mesma dignidade que eu.