Os Homens não Sabem o que é o Amor
De forma geral, os homens não sabem o que é amor, é um sentimento que lhes é totalmente estranho. Conhecem o desejo, o desejo sexual em estado bruto e a competição entre machos; e depois, muito mais tarde, já casados, chegam, chegavam antigamente, a sentir um certo reconhecimento pela companheira quando ela lhes tinha dado filhos, tinha mantido bem a casa e era boa cozinheira e boa amante – então chegavam a ter prazer por dormirem na mesma cama. Não era talvez o que as mulheres desejavam, talvez houvesse aí um mal-entendido, mas era um sentimento que podia ser muito forte – e mesmo quando eles sentiam uma excitação, aliás cada vez mais fraca, por esta ou aquela mulher, já não conseguiam literalmente viver sem a mulher e, se acontecia ela morrer, eles desatavam a beber e acabavam rapidamente, em geral uns meses bastavam. Os filhos, esses, representavam a transmissão de uma condição, de regras e de um património. Era evidentemente o que acontecia nas classes feudais, mas igualmente com os comerciantes, camponeses, artesãos, de forma geral com todos os grupos da sociedade. Hoje, nada disso existe.
As pessoas são assalariadas, locatárias, não têm nada para deixar aos filhos.
Recentes
Falamos na nossa própria língua e escrevemos numa língua estrangeira.
O amor é como uma ampulheta – o coração vai sendo preenchido à medida que o cérebro se esvazia.
Devolva me tudo que você levou. Leve me contigo perca se comigo
Ter dentro da alma a luz de todo o mundo
E não ver nada neste mar sem fundo,
Poetas meus Irmãos, que triste sorte!…
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
O mal de quem apaga as estrelas é não se lembrar de que não é com candeias que se ilumina a vida.
A consciência é aquela voz interior que nos adverte de que alguém pode estar a olhar.
A estrada do monte
Não digas nada a ninguém
que eu ando no mundo triste
a minha amada, que eu mais gostava,
dançou, deixou-me da mão;
Eu a dizer-lhe que queria
ela a dizer-me que não
e a passarada
não se calava
cantando esta cançãoSim, foi na estrada do monte
perdi o teu grande amor
Sim ali ao pé da fonte
perdi o teu grande amorAi que tristeza que eu sinto
fiquei no mundo tão só
e aquela fonte, ficou marcada
com tanto que se chorou
Se alguém aqui nunca teve
uma razão para chorar
siga essa estrada
não diga nada
que eu fico aqui a chorarSim, foi na estrada do monte
perdi o teu grande amor
Sim ali ao pé da fonte
perdi o teu grande amor
A Deus nada é difícil.
O portão fica aberto o dia inteiro
E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vidas dos insetos…
O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.
A primeira vítima da falta de temperança é a própria liberdade.
O sagaz prefere os que necessitem dele aos agradecidos.
Existem a beleza que excita, a que comove e a que satisfaz: a melhor é a última.
Contrabalançar promessas com promessas é estar pesando o nada.
O dinheiro é a coisa mais inútil do mundo. Não estou interessado nele, apenas nas coisas de que ele é apenas um símbolo.
Um homem com fome não é um homem livre.
Coisas, Pequenas Coisas
Fazer das coisas fracas um poema.
Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.