Passagens sobre ConsequĂȘncia

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Frases sobre consequĂȘncia, poemas sobre consequĂȘncia e outras passagens sobre consequĂȘncia para ler e compartilhar. Leia as melhores citaçÔes em Poetris.

A moral Ă© a teoria da hierarquia entre os homens e, por consequĂȘncia, tambĂ©m do valor dos seus actos e das suas obras, em referĂȘncia a essa hierarquia. Ela Ă© pois a teoria dos juĂ­zos humanos de valor relativos a tudo o que Ă© humano.

FarĂłis

FarĂłis distantes,
De luz subitamente tĂŁo acesa,
De noite e ausĂȘncia tĂŁo rapidamente volvida,
Na noite, no convĂ©s, que conseqĂŒĂȘncias aflitas!
MĂĄgoa Ășltima dos despedidos,
Ficção de pensar…

FarĂłis distantes…
Incerteza da vida…
Voltou crescendo a luz acesa avançadamente,
No acaso do olhar perdido…

FarĂłis distantes…
A vida de nada serve…
Pensar na vida de nada serve…
Pensar de pensar na vida de nada serve…

Vamos para longe e a luz que vem grande vem menos grande.
FarĂłis distantes …

Esta Ă© a primeira consequĂȘncia que sobrevĂ©m quando no mundo alguĂ©m deixa de mandar: que os demais, ao se rebelarem, ficam sem tarefa, sem programa de vida.

A Justa Medida, sem Grandezas nem Excessos

Uma grande alma distingue-se por desprezar a grandeza, e por preferir a justa medida aos excessos, jĂĄ que a primeira se limita ao que Ă© Ăștil e indispensĂĄvel Ă  vida, enquanto os Ășltimos se tornam nocivos pelo prĂłprio facto de serem supĂ©rfluos. É assim que a fertilidade excessiva prejudica as searas, os colmos partem-se com o peso e a demasiada abundĂąncia de grĂŁo nĂŁo chega a amadurecer. O mesmo ocorre com as almas corroĂ­das por um bem estar desmesurado, do qual usam em prejuĂ­zo nĂŁo sĂł dos outros como de si prĂłprias. Nenhum inimigo inflingiu a alguĂ©m golpes tĂŁo duros como aqueles que certas pessoas sofrem ocasionados pelos prĂłprios prazeres. SĂł uma coisa pode desculpar a imoderação, a louca voluptuosidade de tal gente: Ă© que sofrem a consequĂȘncia dos seus actos.
Não é sem razão, aliås, que uma tal loucura se apodera delas: o desejo de ultrapassar os limites naturais descamba necessariamente na desmesura. A necessidade natural tem o seu termo próprio, enquanto as necessidades artificiais derivadas do prazer nunca conhecem limitaçÔes. A utilidade serve de medida ao que é indispensåvel; mas por que padrão aferir o que é supérfluo? Por conseguinte, muitos afundam-se em prazeres sem os quais,

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O comer carne Ă© a sobrevivĂȘncia da maior brutalidade; a mudança para o vegetarianismo Ă© a primeira consequĂȘncia natural da iluminação.

Aqueles que fazem o bem, fazem-no em grande quantidade: ao provarem aquela satisfação, sentem que Ă© suficiente, e nĂŁo querem ter o aborrecimento de se preocupar com todas as consequĂȘncias; mas aqueles que sentem prazer em fazer o mal, sĂŁo mais diligentes, estĂŁo sempre atrĂĄs de nĂłs atĂ© ao fim, nunca estĂŁo tranquilos, porque tĂȘm aquela ideia fixa que os corrĂłi.

Sem perceber, a sociedade moderna – consumista, rĂĄpida e stressante – alterou algo que deveria ser inviolĂĄvel, o ritmo de construção de pensamentos, gerando consequĂȘncias muito graves para a saĂșde emocional, o prazer de viver, o desenvolvimento da inteligĂȘncia, a criatividade e a sustentabilidade das relaçÔes sociais. Adoecemos coletivamente. Este Ă© um grito de alerta.

A consequĂȘncia de nĂŁo pertencer a nenhum partido serĂĄ a de que os incomodarei a todos.

Em Defesa da LĂ­ngua Portuguesa

Desta audĂĄcia, Senhor, deste descĂŽco
Que entre nĂłs, sem limite, vai lavrando,
Quem mais sente as terrĂ­veis conseqĂŒĂȘncias
É a nossa portuguĂȘs, casta linguagem,
Que em tantas traduçÔes anda envasada
(TraduçÔes que merecem ser queimadas!)
Em mil termos e frases galicanas!
Ah! se, as marmĂłreas campas levantando,
SaĂ­ssem dos sepulcros, onde jazem
Suas honradas cinzas, os antigos
Lusitanos varÔes, que, com a pena

Ou com a espada e lança, a Påtria ornaram;
Os novos idiotismos escutando,
A mesclada dição, bastardos termos
Com que enfeitar intentam seus escritos
Estes novos, ridĂ­culos autores;

(Como se a bela e fértil língua nossa,
PrimogĂȘnita filha da Latina,
Precisasse de estranhos atavios)
SĂșbito, certamente pensariam
Que nos sertÔes estavam de Caconda,
Quilimane, Sofala ou Moçambique;
Até que, jå, por fim, desenganados

Que eram em Portugal, que os Portugueses
Eram também os que costumes, língua,
Por tĂŁo estranhos modos afrontaram,
Segunda vez, de pejo, morreriam.

O Perfeito Controle da Alegria e da Dor

Alegria desmedida e dor muito violenta acometem sempre e apenas a mesma pessoa: pois ambas se condicionam reciprocamente e sĂŁo tambĂ©m condicionadas juntas por uma grande vivacidade do espĂ­rito. Ambas sĂŁo causadas, nĂŁo pelo simples presente, mas pela antecipação do futuro. No entanto, visto que a dor Ă© essencial Ă  vida e, pelo seu grau, Ă© tambĂ©m determinada pela natureza do sujeito – o que implica que, na realidade, modificaçÔes repentinas, sendo sempre externas, nĂŁo podem mudar o seu grau -, na base do jĂșbilo ou da dor excessivos hĂĄ sempre um erro e uma falsa crença: por conseguinte, essas duas exaltaçÔes do espĂ­rito poderiam ser evitadas com o uso do juĂ­zo.

Todo o jĂșbilo desmedido repousa sempre na ilusĂŁo de ter encontrado na vida algo que nĂŁo se pode encontrar realmente, isto Ă©, uma satisfação durĂĄvel dos desejos ou preocupaçÔes tormentosos e sempre renascentes. Mais tarde, Ă© inevitĂĄvel que nos separemos de cada ilusĂŁo dessa espĂ©cie, pagando-a entĂŁo, quando desaparece, com igual dor amarga, independentemente da alegria que o seu surgimento nos tenha proporcionado.
Nesse sentido, ela assemelha-se por completo a uma altura da qual o Ășnico momento de descer novamente Ă© a queda, de maneira que deveria ser evitada: e toda a dor repentina ou excessiva Ă© justamente apenas a queda de tal altura,

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Quem pensa nas consequĂȘncia dos seus gestos sabe que as pessoas nos respeitam muito mais pelas imagens que construĂ­mos dentro delas do que pelas palavras que proferimos fora delas.

Desfraldando ao Conjunto Fictício dos Céus estrelados

Desfraldando ao conjunto fictício dos céus estrelados
O esplendor do sentido nenhum da vida…

Toquem num arraial a marcha fĂșnebre minha!
Quero cessar sem consequĂȘncias…
Quero ir para a morte como para uma festa ao crepĂșsculo.

…Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso Ă© consequĂȘncia…

A ConsciĂȘncia

A consciĂȘncia Ă© a Ășltima fase da evolução do sistema orgĂąnico, por consequĂȘncia tambĂ©m aquilo que hĂĄ de menos acabado e de menos forte neste sistema. É do consciente que provĂ©m uma multidĂŁo de enganos que fazem com que um animal, um homem, pereçam mais cedo do que seria necessĂĄrio, «a despeito do destino», como dizia Homero.
Se o laço dos instintos, este laço conservador, nĂŁo fosse de tal modo mais poderoso do que a consciĂȘncia, se nĂŁo desempenhasse, no conjunto, um papel de regulador, a humanidade sucumbiria fatalmente sob o peso dos seus juĂ­zos absurdos, das suas divagaçÔes, da sua frivolidade, da sua credulidade, numa palavra do seu consciente: ou antes, hĂĄ muito tempo que teria deixado de existir sem ele!
Enquanto uma função nĂŁo estĂĄ madura enquanto nĂŁo atingiu o seu desenvolvimento perfeito, Ă© perigosa para o organismo: Ă© uma grande sorte que ela seja bem tiranizada! A consciĂȘncia Ă©-o severamente, e nĂŁo Ă© ao orgulho que o deve menos. Pensa-se que este orgulho forma o nĂșcleo do ser humano; que Ă© o seu elemento duradoiro, eterno, supremo, primordial! Considera-se que o consciente Ă© uma constante! Nega-se o seu crescimento, as suas intermitĂȘncias! É considerado como «a unidade do organismo»!

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É InĂștil Tudo

Chega através do dia de névoa alguma coisa do esquecimento,
Vem brandamente com a tarde a oportunidade da perda.
Adormeço sem dormir, ao relento da vida.

É inĂștil dizer-me que as açÔes tĂȘm conseqĂŒĂȘncias.
É inĂștil eu saber que as açÔes usam conseqĂŒĂȘncias.
É inĂștil tudo, Ă© inĂștil tudo, Ă© inĂștil tudo.

Através do dia de névoa não chega coisa nenhuma.

Tinha agora vontade
De ir esperar ao comboio da Europa o viajante anunciado,
De ir ao cais ver entrar o navio e ter pena de tudo.

NĂŁo vem com a tarde oportunidade nenhuma.

Ter como objectivo vital o triunfo pessoal tem consequĂȘncias. Mais tarde ou mais cedo, tornamo-nos egoĂ­stas, mais concentrados em nĂłs mesmos, insolidĂĄrios.

O Ciclo da Vida

O homem domina a natureza e Ă© por ela dominado. SĂł ele lhe resiste e ao mesmo tempo ultrapassa as suas leis, amplia o seu poderio graças Ă  sua vontade e actividade. Afirmar no entanto que o mundo foi criado para o homem Ă© algo que estĂĄ longe de ser evidente. Tudo o que o homem constrĂłi Ă©, como ele, efĂ©mero: o tempo derruba os edifĂ­cios, atulha os canais, apaga o saber – e atĂ© o nome das naçÔes. (…) Dir-me-ĂŁo que as novas geraçÔes recebem a herança das geraçÔes que as precederam e que, por consequĂȘncia, a perfeição ou o aperfeiçoamento nĂŁo tĂȘm limites. Mas o homem estĂĄ longe de receber intacta a sĂșmula dos conhecimentos acumulados pelos sĂ©culos que o precederam e se aperfeiçoa algumas dessas invençÔes no que diz respeito a outras fica bastante atrĂĄs dos seus prĂłprios inventores; um grande nĂșmero dessas invençÔes chega mesmo a perder-se.
NĂŁo preciso sequer de sublinhar como certos pretensos melhoramentos foram nocivos Ă  moral e ao bem-estar. Determinada invenção, suprimindo ou diminuindo o trabalho e o esforço, enfraqueceu a dose de paciĂȘncia necessĂĄria para suportar as contrariedades – ou a energia que temos de dar provas para as vencer.

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Devemos começar a amar a fim de nĂŁo adoecermos e estamos destinados a cair doentes se, em consequĂȘncia de frustraçÔes, formos incapazes de amar.