Passagens sobre FĂ©

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A memĂłria dos nossos antepassados leva-nos Ă  imitação da fĂ©. Às vezes, Ă© verdade, a velhice tem o seu lado desagradĂĄvel pelas doenças que comporta. Mas a sabedoria que tĂȘm os nossos avĂłs Ă© a herança que nĂłs devemos receber. Um povo que nĂŁo toma conta dos avĂłs, que nĂŁo respeita os avĂłs, nĂŁo tem futuro, porque perdeu a memĂłria.

A mais bela das experiĂȘncias Ă© descobrir de quantos carismas diferentes e de quantos dons do seu EspĂ­rito o Pai colma a Sua Igreja! Isto nĂŁo deve ser visto como um motivo de confusĂŁo, de mal-estar; sĂŁo tudo dĂĄdivas que Deus concede Ă  comunidade cristĂŁ, para que possa crescer em harmonia, na fĂ© e no Seu amor, como um sĂł corpo, o corpo de Cristo.

Quando encontro uma pessoa a dormir ao relento, numa noite fria, posso sentir que esse vulto seja um imprevisto que me demora, um delinquente ocioso, um obstĂĄculo no meu caminho, um aguilhĂŁo molesto para a mina consciĂȘncia, um problema que os polĂ­ticos devem resolver e, talvez atĂ©, uma imundĂ­cie que suja o espaço pĂșblico. Ou entĂŁo posso reagir a partir da fĂ© e da caridade e reconhecer nele um ser humano com a mesma dignidade que eu.

É entre memĂłria e esperança que podemos encontrar Jesus. NĂŁo devemos ser cristĂŁos desmemoriados; devemos recordar-nos dos primeiros encontros com o Senhor, de quem nos transmitiu a fĂ© – a começar pelos pais e avĂłs – e a lei de Deus.

Mesmo quando tudo parece perdido, as esperanças fenecidas, ainda hå uma chance final: Deus. Porém, de nada adianta erguer as mãos para o céu e pedir um milagre se não tiver fé nAquele que lå habita!

Dai Me Üa Lei, Senhora, De Querer Vos

Dai me ĂŒa lei, Senhora, de querer vos,
que a guarde, sĂŽ pena de enojar vos;
que a fé que me obriga a tanto amar vos
farĂĄ que fique em lei de obedecer vos.

Tudo me defendei, senĂŁo sĂł ver vos,
e dentro na minh’alma contemplar vos;
que, se assi nĂŁo chegar a contentar vos,
ao menos que nĂŁo chegue [a] aborrecer vos.

E, se essa condição cruel e esquiva,
que me dois lei de vida nĂŁo consente,
dai ma, Senhora, jĂĄ, seja de morte.

Se nem essa me dais, Ă© bem que viva,
sem saber como vivo, tristemente,
mas contente porém de minha sorte.

Diz-me, Amor, como Te Sou Querida

Diz-me, amor, como te sou querida,
Conta-me a glĂłria do teu sonho eleito,
Aninha-me a sorrir junto ao teu peito,
Arranca-me dos pĂąntanos da vida.

Embriagada numa estranha lida,
Trago nas mãos o coração desfeito,
Mostra-me a luz, ensina-me o preceito
Que me salve e levante redimida!

Nesta negra cisterna em que me afundo,
Sem quimeras, sem crenças, sem turnura,
Agonia sem fé dum moribundo,

Grito o teu nome numa sede estranha,
Como se fosse, amor, toda a frescura
Das cristalinas ĂĄguas da montanha!

Tento me concentrar numa daquelas sensaçÔes antigas como alegria ou fé ou esperança. Mas só fico aqui parado, sem sentir nada, sem pedir nada, sem querer nada.

OpiĂĄrio

Ao Senhor MĂĄrio de SĂĄ-Carneiro

É antes do Ăłpio que a minh’alma Ă© doente.
Sentir a vida convalesce e estiola
E eu vou buscar ao Ăłpio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente.

Esta vida de bordo hĂĄ-de matar-me.
São dias só de febre na cabeça
E, por mais que procure até que adoeça,
jĂĄ nĂŁo encontro a mola pra adaptar-me.

Em paradoxo e incompetĂȘncia astral
Eu vivo a vincos de ouro a minha vida,
Onda onde o pundonor Ă© uma descida
E os prĂłprios gozos gĂąnglios do meu mal.

É por um mecanismo de desastres,
Uma engrenagem com volantes falsos,
Que passo entre visÔes de cadafalsos
Num jardim onde hĂĄ flores no ar, sem hastes.

Vou cambaleando através do lavor
Duma vida-interior de renda e laca.
Tenho a impressĂŁo de ter em casa a faca
Com que foi degolado o Precursor.

Ando expiando um crime numa mala,
Que um avĂŽ meu cometeu por requinte.
Tenho os nervos na forca, vinte a vinte,
E caĂ­ no Ăłpio como numa vala.

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Quanto Mais Pode Amor num Peito Humano

Quanto mais pode amor num peito humano,
Tanto se mostra mais nĂŁo ter firmeza,
Pois quando dĂĄ mor gosto e mor alteza,
EntĂŁo Ă© mais cruel e desumano;

PÔe debaixo do bem um falso engano,
Promete-vos prazer, dĂĄ-vos tristeza,
Seus afagos e gostos sĂŁo crueza,
O mor gosto que tem Ă© ser tirano.

Alto me pÎs a fé e o pensamento,
Por que mor queda assim fizesse dar-me
Amor, que em ser cruel Ă© tĂŁo isento;

Foi-me desenganar por segurar-me;
Assim, quanto me deu, foi tudo vento,
Desenganou-me enfim, para enganar-me!

A Nossa Religiosidade

Existe sempre, em cada um de nĂłs, uma religiosidade, mesmo em quem se considera ateu. É uma questĂŁo civilizacional, que se desvenda em aspectos tĂŁo prosaicos como acordarmos todos os dias com a certeza de que vamos encontrar o mundo igual ao que deixĂĄmos no dia anterior. Apesar de nada nos garantir que assim seja, senĂŁo a crença, uma palavra em tudo semelhante Ă  palavra fĂ©.

NĂŁo Existe Felicidade Desregrada

Uma Ă©poca em que tudo Ă© permitido sempre tornou infelizes aqueles que nela viveram. Disciplina, abstinĂȘncia, cortesia, mĂșsica, moral, poesia, forma, proibição, tudo isso tem como sentido Ășltimo conferir Ă  vida uma forma bem delimitada e determinada. NĂŁo existe felicidade desregrada. NĂŁo existe grande felicidade sem grandes tabus. AtĂ© no mundo dos negĂłcios nĂŁo podemos correr atrĂĄs de qualquer vantagem, porque nos arriscamos a nĂŁo chegar a lugar nenhum. O limite Ă© o segredo dos fenĂłmenos, o mistĂ©rio da força, da felicidade, da fĂ© e da nossa missĂŁo, que Ă© a de nos afirmarmos como Ă­nfimos seres humanos num universo.

Viver com fĂ© Ă© entregar-se totalmente Ă  ProvidĂȘncia; Ă© viver sem se prender Ă s aparentes felicidades e infelicidades; Ă© viver acreditando que, graças Ă  ProvidĂȘncia Divina, mesmo um acontecimento infeliz contĂ©m nutrientes necessĂĄrios para o desenvolvimento da alma.

A fĂ© verdadeira consiste em acreditar que todas as coisas criadas por Deus sĂŁo perfeitas e que o homem, sendo filho de Deus, Ă© perfeito, goza de perfeita saĂșde e felicidade, mesmo que esse aspecto nĂŁo esteja manifestado aos cinco sentidos. Quando alcançamos essa fĂ©, logo a força curativa passa a se manifestar.