Passagens sobre FĂ©

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Frases sobre fé, poemas sobre fé e outras passagens sobre fé para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Proémio

Em nome daquele que a Si mesmo se criou!
De toda eternidade em ofĂ­cio criador;
Em nome daquele que toda a fé formou,
Confiança, actividade, amor, vigor;
Em nome daquele que, tantas vezes nomeado,
Ficou sempre em essĂŞncia imperscrutado:

Até onde o ouvido e o olhar alcançam,
A Ele se assemelha tudo o que conheces,
E ao mais alto e ardente voo do teu ‘spĂ­rito
Já basta esta parábola, esta imagem;
Sentes-te atraĂ­do, arrastado alegremente,
E, onde quer que vás, tudo se enfeita em flor;
Já nada contas, nem calculas já o tempo,
E cada passo teu é já imensidade.

*

Que Deus seria esse entĂŁo que sĂł de fora impelisse,
E o mundo preso ao dedo em volta conduzisse!
Que Ele, dentro do mundo, faça o mundo mover-se,
Manter Natureza em Si, e em Natureza manter-Se,
De modo que ao que nele viva e teça e exista
A Sua força e o Seu génio assista.

*

Dentro de nós há também um Universo;
Daqui nasceu nos povos o louvável costume
De cada qual chamar Deus,

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Quem se sente predestinado para a contemplação e não para a fé acha todos os crentes demasiado barulhentos e impertinentes: evita-os.

Ao contrário de Wormold, que não acreditava em nada, Milly era católica: ele tivera de prometer à sua mãe, antes do casamento, que assim seria. Agora a mãe, pensava ele, não tinha fé alguma, mas deixara-lhe uma católica nas mãos.

O Sentido da Vida Está em Cada um de Nós

‘Vejamos, que vem a ser isto que me perturba?’, perguntou Levine a si prĂłprio, sentindo, no fundo da sua alma, a solução para as suas dĂşvidas, embora ainda nĂŁo soubesse qual fosse. ‘Sim, a Ăşnica manifestação evidente e indiscutĂ­vel da divindade está nas leis do bem, expostas ao mundo pela revelação que sinto dentro de mim e me identifica, quer queira quer nĂŁo, com todos aqueles que como eu as reconhecem. É esta congregação de criaturas humanas comungando na mesma crença que se chama Igreja. Mas o judeus, os muçulmanos, os budistas, os confuccionistas?’, disse para si mesmo, repisando o ponto delicado. ‘EstarĂŁo eles entre milhões de homens privados do maior de todos os benefĂ­cios, do Ăşnico que dá sentido Ă  vida?… Ora vejamos’, continuou, apĂłs alguns instantes de reflexĂŁo, ‘qual Ă© o problema que eu a mim mesmo estou a pĂ´r? O das relações das diversas crenças da humanidade com a Divindade? É a revelação de Deus no Universo, com os seus astros e as suas nebulosas, que eu pretendo sondar. E Ă© no momento em que me Ă© revelado um saber certo inacessĂ­vel Ă  razĂŁo que eu me obstino em recorrer Ă  lĂłgica!

‘Eu bem sei que as estrelas nĂŁo caminham’,

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A fé é um condão. Mas o bom trabalho, no amor do ideal, dá a fé. Não há trabalho no sentido verdadeiro sem fé.

A dúvida pode transformar o olhar dos homens numa olhadela maldosa. A sua fé em como, a sua alegria em porquê.

Um dos aspectos da perseverança é a fé. Se não consegues perseverar é porque te falta fé. Aquele que persevera com fé, finalmente alcança grande evolução.

Cenário de Natal Sem o Natal

Nenhuma estrela luz, com mais brilho no céu.
Não oiço rumor d’asa ou de vagido
É meia-noite já. E ainda não nasceu.
O que terá acontecido?

Eu, para aqui ajoelhado,
A memória da infância a pedir-me alegria,
Todo o presépio armado
… E a mangedoira vazia!

O silĂŞncio apavora:
Nem uma loa, nem o som de um sino.
PorquĂŞ tanta demora?
Não mais irá nascer o meu menino?

Nenhum sinal de sobrenatural
No cenário onde a fé não sublima nem arde.
Por isso, o meu Natal
Vai chegar tarde.

(Para sempre tarde?)

In Extremis

1

Só a criança conhece a Eternidade
Que Ă© inocĂŞncia do desconhecido.
E o que me dá saudade
É havê-la em mim perdido.

Outra herança de tudo que não sou
Podeis levá-la! Faça-se a vontade:
Que a imortal, perene propriedade,
Perdeu-a o homem quando semeou.

Ah! como a onda do mar que Ă© mais bravia
É que abraça os escolhos,
SĂł terra de poesia
Foi na minh’alma dor, o luto dos meus olhos.

Entre o homem e o mundo há um novelo
De linha preta:
Meu acto de Fé é ser criança, e crê-lo,
Que Ă© ser poeta.

2

O que levamos da terra
É o céu que possuímos:
Esperança das sepulturas.

E Ă  morte que damos vida
Todos os deuses se igualam
Ao mesmo Deus das Alturas.

SĂŞ, Ăł Morte, o meu dia de JuĂ­zo
Se Ă© fantasia o que penso
Sonho a terra que piso.

Mas quando o corpo, a natureza morta
Me for nas mĂŁos dos homens
Com suas luvas pretas,

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Não te quero ter porque em meu ser está tudo terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados.

Conduta e Poesia

Quando o tempo nos vai comendo com o seu relâmpago quotidiano decisivo, as atitudes fundadas, as confianças, a fé cega se precipitam e a elevação do poeta tende a cair como o mais triste nácar cuspido, perguntamo-nos se já chegou a hora de envilecermos. A hora dolorosa de ver como o homem se sustém a puro dente, a puras unhas, a puros interesses. E como entram na casa da poesia os dentes e as unhas e os ramos da feroz árvore do ódio. É o poder da idade, ou proventura, a inércia que faz retroceder as frutas no próprio bordo do coração, ou talvez o «artístico» se apodere do poeta e, em vez do canto salobro que as ondas profundas devem fazer saltar, vemos cada dia o miserável ser humano defendendo o seu miserável tesouro de pessoa preferida?
Aí, o tempo avança com cinza, com ar e com água! A pedra que o lodo e a angústia morderam floresce com prontidão com estrondo de mar, e a pequena rosa regressa ao seu delicado túmulo de corola.
O tempo lava e desenvolve, ordena e continua.
E que fica então das pequenas podridões, das pequenas conspirações do silêncio, dos pequenos frios sujos da hostilidade?

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Crenças e Opiniões Vencem o Conhecimento

A idade moderna contém tanta fé quanto tiveram os séculos precedentes. Nos novos templos pregam-se dogmas, tão despóticos quanto os do passado, e estes contam fiéis igualmente numerosos. Os velhos credos religiosos que outrora escravizavam a multidão, são substituídos por credos socialistas ou anarquistas, tão imperiosos e tão pouco racionais como aqueles, mas não dominam menos as almas. A igreja é substituída muitas vezes pela taberna, mas aos sermões dos agitadores místicos que aí são ouvidos, atribui-se a mesma fé.
Se a mentalidade dos fieis não tem evoluído muito desde a época remota em que, às margens do Nilo, Isis e Hathor atraíam aos seus templos milhares de fervorosos peregrinos, é porque, no decurso das idades, os sentimentos, verdadeiros alicerces da alma, mantêm a sua fixidez. A inteligência progride, mas os sentimentos não mudam.
A fé num dogma qualquer é, sem dúvida, de um modo geral, apenas uma ilusão. Cumpre, contudo, não a desdenhar. Graças à sua mágica pujança, o irreal torna-se mais forte do que o real. Uma crença aceite dá a um povo uma comunhão de pensamentos que originam a sua unidade e a sua força.
Sendo o domínio do conhecimento muito diverso do terreno da crença,

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O crente está pronto, num paciente silêncio, para ouvir a voz de Deus e, de saída, para a anunciar aos outros, consciente de que a fé é um encontro.

Estas três atitudes encorajam e relançam a vida de todos aqueles que se sentem subjugados pelo medo nos momentos difíceis.

A perda das forças não esgota a vontade. Crer é apenas a segunda potência; a primeira é querer, as montanhas proverbiais que a fé transporta nada valem ao lado do que a vontade produz.