Passagens sobre Felicidade

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A aptidão para a felicidade não é igual em todos os homens. Ao que me parece, ela é mais forte nos medíocres, do que nos homens superiores e nos imbecis.

Natureza Humana

Cheguei. Sinto de novo a natureza
Longe do pandemônio da cidade
Aqui tudo tem mais felicidade
Tudo é cheio de santa singeleza

Vagueio pela múrmura leveza
Que deslumbra de verde e claridade
Mas nada. Resta vívida a saudade
Da cidade em bulício e febre acesa

Ante a perspectiva da partida
Sinto que me arranca algo da vida
Mas quero ir. E ponho-me a pensar

Que a vida é esta incerteza que em mim mora
A vontade tremenda de ir-me embora
E a tremenda vontade de ficar.

O Êxito e a Felicidade

A raiz do mal reside no facto de se insistir demasiadamente que no êxito da competição está a principal fonte da felicidade. Não nego que o sentimento do triunfo torna a vida mais agradável. Um pintor, por exemplo, que viveu obscuramente na juventude, decerto se sentirá feliz se o seu talento acabar por ser reconhecido. Não nego também que o dinheiro, até um certo limite, é capaz de aumentar a felicidade; para lá desse limite, julgo que não. O que eu afirmo é que o êxito só pode ser um dos vários elementos da felicidade e que é demasiado o preço pelo qual se obtém se a ele se sacrificam todos os outros.

As particularidades, como todos sabem, são favoráveis à virtude e à felicidade; as generalidades é que são, intelectualmente, males necessários. A espinha dorsal da sociedade não é composta de filósofos, mas de serradores de enfeites e de coleccionadores de selos.

Não há uma estrada real para a felicidade, mas sim caminhos diferentes. Há quem seja feliz sem coisa nenhuma, enquanto outros são infelizes possuindo tudo.

Felicidade não é Ociosidade

Robinson na sua ilha, privado de tudo e forçado aos trabalhos mais penosos para garantir a sua subsistência diária, suporta a vida e até usufrui, segundo confessa, de vários momentos de felicidade. Suponha que ele esteja numa ilha encantada, provida de tudo o que é agradável à vida, e talvez a ociosidade tivesse tornado a sua existência insuportável.

Só podia encontrar a felicidade se conseguisse subverter o mundo para o fazer entrar no verdadeiro, no puro, no imutável.

O Todo não Representa Nada

Olhem em redor deste universo. Que enorme profusão de seres, animados e organizados, sensíveis e activos! Vocês admiram esta extraordinária variedade e fecundidade. Mas inspeccionem mais atentamente estas existências vivas, os únicos seres que merecem ser observados. Como são hostis e destrutivos uns para os outros! Como todos eles são insuficientes para a sua própria felicidade! Como são desprezíveis ou abomináveis para o espectador! O todo não representa nada a não ser a ideia de uma natureza cega, impregnada de um grande princípio estimulante, e vertendo do regaço, sem discernimento nem cuidado paternal, os seus filhos mutilados e abortivos.