Quem escreve aquilo que agrada aos outros pode ser um bom escritor, mas nunca será um artista.
Frases sobre Escritores
209 resultadosA cultura brasileira reflete mais a africana do que a americana. Nos E.U.A. temos o Jazz e quase só isso. Não existem figuras como Machado de Assis, um mulato considerado um dos maiores escritores do país.
Acho que os escritores percebem muito melhor o que escrevemos que os críticos. Os escritores têm, afinal, a mesma humildade dos leitores comuns. Os críticos raramente entendem o nosso trabalho.
O talento não basta para fazer o escritor. Atrás do livro deve haver o homem.
A exploração do escritor é uma coisa vergonhosa. O livreiro, que tem só o trabalho de vender, ganha 30 por cento. O editor, entretanto, tem uma razoável margem de risco. Fica com 40 por cento dos quais tem que pagar ao escritor.
Só o talento não pode fazer um escritor. Por trás do livro deve haver um homem.
No meu ofício de escritor, penso não me ter afastado nunca da minha consciência de cidadão. Defendo que aonde vai um, deve ir o outro. Não recordo ter escrito uma só palavra que estivesse em contradição com as minhas convicções políticas, mas isso não significa que alguma vez tenha posto a literatura ao serviço da minha ideologia. O que significa, isso sim, é que no momento em que escrevo estou expressando a totalidade da pessoa que sou.
Sinto que precisava de viver mais 50 anos para concretizar todos os projectos que tenho. Se tivesse os meios, não me custava nada fazer dois filmes por ano. Ideias não me faltam, seja através de projecto escritos por mim ou por grandes escritores.
Não podemos ensinar a criatividade – como se tornar um bom escritor. Mas podemos ajudar um jovem escritor a descobrir, dentro de si próprio, que tipo de escritor ele gostaria de ser.
A vida à beira-mar, para um escritor, tem a desvantagem de o fazer esquecer o mundo. É tão absorvente e tão embalador este ritmo contínuo das ondas, que se perde a memória do resto.
Em vez de ouvirem os escritores em busca de respostas sobre o que somos, as pessoas precisam ouvir umas às outras, porque nós, autores, não somos mais do que meros trabalhadores da palavra.
Os escritores aos quais eu volto sempre são Montaigne, Pessoa e Kafka. O primeiro porque somos a matéria do que escrevemos, o segundo porque somos muitos e não um, o terceiro porque esse um que não somos é um coleóptero.
Eu também, de vez em quando, afundo a minha canoa e me apresento como o da outra margem. Quando estou em ambientes demasiado literários, puxo do meu chapéu de biólogo. Quando estou entre biólogos que se levam muito a sério, rapidamente puxo do chapéu de escritor.
O escritor desdobra-se sempre em espectador.
Um escritor é alguém congenitamente incapaz de dizer a verdade. Por isso, o que ele escreve chama-se ficção.
O meu horizonte sobre a humanidade é ampliado pela leitura dos escritores de poemas, por ver um quadro, ouvir alguma música, alguma ópera, e isso não tem nada a ver com a volátil condição humana, ou luta, ou algo assim. Isso enriquece-me como ser humano.
O escritor tem uma incapacidade congénita para contar a verdade e é por isso que escreve ficção.
Qualquer escritor que passa muito tempo sozinho e em silêncio termina por sentir que é um médium. Ouve vozes, conecta-se em níveis muito profundos com a realidade.
Como escritor, a Nação que me interessa é a alma humana. (…) Cada pessoa é uma nação.
Se uma pessoa comum está em silêncio, pode ser uma manobra táctica. Se um escritor está em silêncio, está a mentir.