Mas por que datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos…
Frases sobre Poema
116 resultadosSe já sabes o que vais escrever quando estás a escrever um poema, então o poema vai sair fraco.
A escrita não é uma técnica e não se constrói um poema ou um conto como se faz uma operação aritmética. A escrita exige sempre a poesia. E a poesia é um outro modo de pensar que está para além da lógica que a escola e o mundo moderno nos ensinam.
Um poema é o que acontece quando uma ansiedade encontra uma técnica.
O meu horizonte sobre a humanidade é ampliado pela leitura dos escritores de poemas, por ver um quadro, ouvir alguma música, alguma ópera, e isso não tem nada a ver com a volátil condição humana, ou luta, ou algo assim. Isso enriquece-me como ser humano.
Viemos demasiado tarde para os Deuses e demasiado cedo para o Ser. C
homem é um poema que o Ser começou.
Pode considerar-se o homem como um animal de espécie superior, que produz filosofias e poemas pouco mais ou menos como os bichos-da-seda fazem os casulos e como as abelhas fazem as colmeias.
Os tristes, os deserdados, os pobres, os oprimidos, quando tudo lhes falta, o pão, o lume, o vestido, têm sempre, no fundo da alma, uma cantiga pequena que os consola, que os aquece, que os alegra. É a última coisa que fica no pobre. E então a cantiga vale mais do que todos os poemas.
O silêncio da neve, pensou o homem que estava sentado logo atrás do motorista de ônibus. Se aquilo fosse o começo de um poema, poderia chamar o que sentia em seu íntimo de o silêncio da neve.
Eu sou um poema inacabado…
Um escritor é alguém que gasta anos, pacientemente, a tentar descobrir o segundo ser dentro dele, e o mundo que faz que ele seja o que é: quando eu falo de escrita, a primeira coisa que me vem à cabeça não é uma novela, um poema, ou tradição literária, é uma pessoa que se fechou a si própria num quarto, sentou-se a uma mesa, e, sozinha, volta-se para dentro; por entre as suas sombras, ele constrói um novo mundo com palavras.
O poema é feito de palavras necessárias e insubstituíveis.
Nunca se sabe aquilo que basta. Talvez baste um poema, uma coisa mínima, viva, nossa, uma coisa sub-reptícia para empunhar diante do implacável acordo das formas exteriores. Também pode ser que nada baste. E nesse caso tanto faz escrever um romance ou cem poemas ou apenas um poema, ou ler ou emendar o céu astronómico ou manter-se parado no meio de um jardim húmido e silencioso, à noite. Até pode suceder que a morte não seja bastante.
Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão.
Às vezes ocorria-lhe aquele poema de Pessoa em que um homem se punha à janela da sua meninice apenas para descobrir que nem ele era já o mesmo homem, nem a janela a mesma janela. A infância, dizia a si próprio, havia-se tornado um bem de demasiado valor. Não podia dar-se ao luxo de concluir que também ela era mentira.
Você está ‘fisgado’ pelo amor quando percebe que as estrelas são flores noturnas no jardim do céu; que o fulgor da lua tem o mesmo brilho dos olhos de quem ama, e que a voz da natureza é o mais belo dos poemas!
Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela.
Uma vida é uma obra de arte. Não há mais belo poema que viver plenamente.
Às vezes escrevemos o poema, outras, somos por ele escritos.
Eu prefiro o absurdo de escrever poemas
ao absurdo de não escrever poemas.