Passagens sobre Função

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Frases sobre função, poemas sobre função e outras passagens sobre função para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

A função da escola é ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver

O Governo Mundial

Pode evitar-se a guerra por algum tempo por meio de paliativos, expedientes ou uma diplomacia subtil, mas tudo isso é precário, e enquanto durar o nosso sistema político actual, pode ser considerado como quase certo que grandes conflitos hão-de surgir de vez em quando. Isso acontecerá inevitavelmente enquanto houver diferentes Esados soberanos, cada um com as suas forças armadas e juiz supremo dos seus próprios direitos em qualquer disputa. Há somente um meio de o mundo poder libertar-se da guerra, é a criação de uma autoridade mundial única, que possua o monopólio de todas as armas mais perigosas.

Para que um governo mundial pudesse evitar graves conflitos, seria indispensável possuir um mínimo de poderes. Em primeiro lugar precisava de ter o monopólio de todas as principais armas de guerra e as forças armadas necessárias para o seu emprego. Devia também tomar as precauções indispensáveis, quaisquer que fossem, para assegurar, em todas as circunstâncias, a lealdade dessas forças ao governo central.

O governo mundial tinha de formular, portanto, certas regras relativas ao emprego das suas forças armadas. A mais importante determinaria que, em qualquer conflito entre dois Estados. cada um tinha de se submeter às decisões da autoridade mundial.

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A (Má-)Emoção Controlada Pela Razão

Há a ideia de que quando se concede à razão inteira liberdade ela destrói todas as emoções profundas. Esta opinião parece-me devida a uma concepção inteiramente errada da função da razão na vida humana. Não é objectivo da razão gerar emoções, embora possa ser parte da sua função descobrir os meios de impedir que tais emoções sejam um obstáculo ao bem-estar. Descobrir os meios de dminuir o ódio e a inveja é sem dúvida parte da função da psicologia racional. Mas é um erro supor que diminuindo essas paixões, diminuiremos ao mesmo tempo a intensidade das paixões que a razão não condena.
No amor apaixonado, na afeição dos pais, na amizade, na benevolência, na devoção às ciências ou às artes, nada há que a razão deseje diminuir. O homem racional, quando sente essas emoções, ficará contente por as sentir e nada deve fazer para diminuir a sua intensidade, pois todas elas fazem parte da verdadeira vida, isto é, da vida cujo objectivo é a felicidade, a própria e a dos outros. Nada há de irracional nas paixões como paixões e muitas pessoas irracionais sentem sómente as paixões mais triviais. Ninguém deve recear que ao optar pela razão torne triste a vida.

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A função da juventude depende do lugar em que residem. Por exemplo: para que servem os rapazes e as moças da América? Resposta: para consumirem maciçamente. E os corolários desse tipo de consumo são: comunicações em massa, publicidade em massa. Narcóticos em massa (sob a forma de televisão, tranquilizantes, pensamentos positivos e cigarro). Agora que a Europa também ingressou na produção em massa, para que servirão os seus rapazes e moças? Para consumirem maciçamente, exatamente como a juventude da América. […] O destino da mocidade deve ser apenas se desenvolver harmoniosamente e se transformar em adultos plenamente realizados.

O Belo é Necessário

Neste mundo o lindo é necessário. Há mui poucas funções tão importantes como esta de ser encantadora. Que desespero na floresta se não houvesse o colibri! Exalar alegrias, irradiar venturas, possuir no meio das coisas sombrias uma transmudação de luz, ser o dourado do destino, a harmonia, a gentileza, a graça, é favorecer-te. A beleza basta ser bela para fazer bem. Há criatura que tem consigo a magia de fascinar tudo quanto a rodeia; às vezes nem ela mesmo o sabe, e é quando o prestígio é mais poderoso; a sua presença ilumina, o seu contato aquece; se ela passa, ficas contente; se pára, és feliz; contemplá-la é viver; é a aurora com figura humana; não faz nada, nada que não seja estar presente, e é quanto basta para edenizar o lar doméstico; de todos os poros sai-lhe um paraíso; é um êxtase que ela distribui aos outros, sem mais trabalho que o de respirar ao pé deles. Ter um sorriso que – ninguém sabe a razão – diminui o peso da cadeia enorme arrastada em comum por todos os viventes, que queres que te diga? é divino.

Instinto de Rebanho

Em toda a parte onde encontramos uma moral encontramos uma avaliação e uma classificação hierárquica dos instintos e dos actos humanos. Essas classificações e essas avaliações são sempre a expressão das necessidades de uma comunidade, de um rebanho: é aquilo que aproveita ao rebanho, aquilo que lhe é útil em primeiro lugar – e em segundo e em terceiro -, que serve também de medida suprema do valor de qualquer indivíduo. A moral ensina a este a ser função do rebanho, a só atribuir valor em função deste rebanho. Variando muito as condições de conservação de uma comunidade para outra, daí resultam morais muito diferentes; e, se considerarmos todas as transformações essenciais que os rebanhos e as comunidades, os Estados e as sociedades são ainda chamados a sofrer, pode-se profetizar que haverá ainda morais muito divergentes. A moralidade é o instinto gregário no indivíduo.

Amor como Depravação do Nervo Óptico

Entendem cordatos fisiologistas que o amor, em certos casos, é uma depravação do nervo óptico. A imagem objectiva, que fere o órgão visual no estado patológico, adquire atributos fictícios. A alma recebe a impressão quimérica tal como sensório lha transmite, e com ela se identifica a ponto de revesti-la de qualidades e excelências que a mais esmerada natureza denega às suas criaturas dilectas. Os certos casos em que acima se modifica a generalidade da definição vêm a ser aqueles em que o bom senso não pode atinar com o porquê dalgumas simpatias esquisitas, extravagantes e estúpidas que nos enchem de espanto, quando nos não fazem estoirar de inveja.
E tanto mais se prova a referida depravação do nervo que preside às funções da vista quanto a alma da pessoa enferma, vítima de sua ilusão, nos parece propensa ao belo, talhada para o sublime e opulentada de dons e méritos que o mais digno homem requestaria com orgulho.

Um ser é constituído de luz e sombra, do mesmo modo que um quadro é constituído pelo jogo de cores claras e cores escuras. Não há quadros ou gravuras sem efeitos de sombras, pois estas têm a função de realçar a vida.

Ajuda entre Sábios

Estás interessado em saber se um sábio pode ser útil a outro sábio. Nós definimos o sábio como um homem dotado de todos os bens no mais alto grau possível. A questão está pois em saber como é possível alguém ser útil a quem já atingiu o supremo bem. Ora, os homens de bem são úteis uns aos outros. A sua função é praticar a virtude e manter a sabedoria num estado de perfeito equilíbrio. Mas cada um necessita de outro homem de bem com quem troque impressões e discuta os problemas. A perícia na luta só se adquire com a prática; dois músicos aproveitam melhor se estudarem em conjunto. O sábio necessita igualmente de manter as suas virtudes em actividade e, por isso mesmo, não só se estimula a si próprio como se sente estimulado por outro sábio. Em que pode um sábio ser útil a outro sábio? Pode servir-lhe de incitamento, pode sugerir-lhe oportunidades para a prática de acções virtuosas. Além disso, pode comunicar-lhe as suas meditações e dar-lhe conta das suas descobertas. Nunca faltará mesmo ao sábio algo de novo a descobrir, algo que dê ao seu espírito novos campos a explorar.
Os indivíduos perversos fazem mal uns aos outros,

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A lei é inteligência, e sua função natural é impor o procedimento correto e proibir a má ação.

Os Laços Afetivos

Criar intimidade entre si e outra pessoa não implica perder a sua noção de Eu nem diluir-se no outro. Para criar efetivamente laços com outra pessoa, ambos têm de manter a sua integridade e individualidade. Caso contrário, o resultado será uma amálgama disfuncional. Para estabelecer uma analogia com o corpo humano, as células dos olhos criam uma ligação entre si para permitir a visão. Cada célula tem de se articular com todas as outras e isso implica que cada uma delas mantenha a sua estrutura e função individuais ao serviço da operação mais complexa da visão. Quando estabelecemos laços com outros, estamos simplesmente a ser aquilo que somos enquanto partilhamos um objetivo ou atividade comuns.

É tão simples quanto isso. Talvez saia com um grupo de pessoas para garantir um parecer favorável na reunião da tarde e entretanto desenvolva um sentimento de camaradagem e acabem por ir jantar fora e partilhar as vossas histórias. Esta é uma experiência de criação de laços afetivos. Ao contrário de certos medos que possamos ter do que possa levar-nos a perder a identidade, a criação de laços afetivos saudáveis fortalece a nossa confiança e autoestima.

Há uma perpétua troca de serviços entre a ciência e o empirismo. Muitas vezes a função da primeira consiste em formalizar o que a segunda descobriu.

O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia.

A Eficiência no Trabalho, Hoje em Dia

A improbidade e ineficiência profissionais são talvez as características distintivas da nossa época. O artífice de outrora tinha que trabalhar; o operário actual tem de fazer uma máquina trabalhar. É um simples capataz de escravos de metal; torna-se tão embrutecido como um capataz de escravos, mas menos interessante, porque nem sequer se lhe pode chamar tirano.
Tal como o capataz de escravos se torna escravo da sua função e adquire, desse modo uma mentalidade de escravo, ainda que de um escravo mais afortunado, também o capataz de máquinas se transforma numa mera alavanca biótica, numa espécie de mecanismo de arranque associado a um motor.

Participar na produção em massa pode permitir que um homem continue a ser um ser humano decente; na verdade, é algo tão vil que não o afecta necessariamente. Mas participar na produção em massa não permite que ele continue a ser um operário humano decente.
A eficiência é menos complexa, hoje em dia. A ineficiência pode, por isso, passar facilmente por eficiência e ser, na verdade, eficiente.

Todos os seres humanos, mesmo os casos mais improváveis, têm potencial para desenvolver as funções mais complexas da inteligência: o pensamento abstrato, a resiliência, a tolerância, a capacidade de pensar antes de agir, de se pôr no lugar do outro, de expor e não impor ideias, de proteger a emoção, de gerir os pensamentos. Mas entre ter esse potencial e desenvolvê-lo há um fosso enorme, que exige coragem e disciplina para ser superado.

A Finalidade do Estado é a Liberdade

Num Estado democrático, o que menos se tem a temer é o absurdo, pois é quase impossível que a maioria dos homens unidos em um todo, se esse todo for considerável, concorde com um absurdo.
(…) Não, repito, a finalidade do Estado não é fazer os homens passarem da condição de seres razoáveis à de animais brutos ou de autómatos, mas, pelo contrário, é instituído para que a sua alma e o seu corpo se desobriguem com segurança de todas as suas funções, para que eles próprios usem uma Razão livre, para que não lutem mais por ódio, cólera ou artifício, para que se suportem sem animosidade uns aos outros. A finalidade do Estado é portanto, na realidade, a liberdade.

És a pessoa mais importante da tua vida. Só quando entenderes limpidamente isso – e agires em função desse entendimento – é que poderás estar à altura de seres a segunda pessoa mais importante da vida de alguém.

Um Cérebro Sempre Jovem

A sociedade está a ser varrida por um movimento chamado nova velhice. A norma social para as pessoas de idade era passiva e sombria; confinadas a cadeiras de baloiço, esperava-se que entrassem em declínio físico e mental. Agora o inverso é verdade. As pessoas mais velhas têm expetativas mais elevadas de que permanecerão ativas e com vitalidade. Consequentemente, a definição de velhice mudou. Num inquérito perguntou-se a uma amostra de baby boomers: “Quando tem início a velhice?” A resposta média foi aos 85. À medida que aumentam as expetativas, o cérebro deve claramente manter-se a par e adaptar-se à nova velhice. A antiga teoria do cérebro fixo e estagnado sustentava ser inevitável um cérebro que envelhecesse. Supostamente as células cerebrais morriam continuamente ao longo do tempo à medida que uma pessoa envelhecia, e a sua perda era irreversível.

Agora que compreendemos quão flexível e dinâmico é o cérebro, a inevitabilidade da perda celular já não é válida. No processo de envelhecimento — que progride à razão de 1% ao ano depois dos trinta anos de idade — não há duas pessoas que envelheçam de maneira igual. Até os gémeos idênticos, nascidos com os mesmos genes, terão muito diferentes padrões de atividade genética aos setenta anos,

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