Se pensares que és melhor que os outros sentirás uma vontade enorme de o ser mesmo e isso só te irá deprimir.
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2164 resultadosO Primeiro Amor Leva Tudo
É fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o amor todo.
Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal «só porque acaba». Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo.
O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói — porque parece que vai acabar de repente. E o primero amor dói sempre de mais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte «um único bocadinho de nós». Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo.
Os homens fingem desinteresse para melhor promoverem os seus interesses.
Entender os Outros
Nós combatemos a nossa superficialidade, a nossa mesquinhez, para tentarmos chegar aos outros sem esperanças utópicas, sem uma carga de preconceitos ou de expectativas ou de arrogância, o mais desarmados possível, sem canhões, sem metralhadoras, sem armaduras de aço com dez centímetros de espessura; aproximamo-nos deles de peito aberto, na ponta dos dez dedos dos pés, em vez de estraçalhar tudo com as nossas pás de catterpillar, aceitamo-los de mente aberta, como iguais, de homem para homem, como se costuma dizer, e, contudo, nunca os percebemos, percebemos tudo ao contrário.
Mais vale ter um cérebro de tanque de guerra. Percebemos tudo ao contrário, antes mesmo de estarmos com eles, no momento em que antecipamos o nosso encontro com eles; percebemos tudo ao contrário quando estamos com eles; e, depois, vamos para casa e contamos a outros o nosso encontro e continuamos a perceber tudo ao contrário.
Como, com eles, acontece a mesma coisa em relação a nós, na realidade tudo é uma ilusão sem qualquer percepção, uma espantosa farsa de incompreensão. E, contudo, que fazer com esta coisa terrivelmente significativa que são os outros, que é esvaziada do significado que pensamos ter e que, afinal, adquire um significado lúdico;
A nossa vaidade gostaria que o que fazemos melhor fosse considerado como aquilo que mais nos custa. Para explicar a origem de certas morais.
É o conteúdo mítico, ou melhor simbólico, das tradições religiosas que é provável que provoque conflitos com a ciência. Isto ocorre sempre que esta reserva de ideias religiosas contenha afirmações dogmáticas sobre assuntos que pertencem ao domínio da ciência. Logo, é de importância vital para a preservação da verdadeira religião que esses conflitos sejam evitados quando derivem de assuntos que não são, de facto, realmente importantes na procura dos fins religiosos.
O Amor não se Promete
Há uma distância fundamental entre as palavras e os gestos de cada homem. As palavras prometem mundos, os gestos constroem-nos. As palavras esclarecem pouco, os gestos definem quase tudo.
O amor é um projeto, uma construção que necessita de ser realizada a cada dia. Sem grandes discursos. Qualquer hora é tempo de amar. Se o amor é verdadeiro, não há tempos de descanso, porque o silêncio no coração dos que buscam lutar contra as trevas dos egoísmos é a paz mais profunda e o maior descanso… ainda que se cravem espinhos na carne, ainda que não sarem as feridas antigas, ainda que a esperança tenha pouco mais onde se apoiar do que nela própria.
Cada um de nós é aquilo que for capaz de ir construindo de firme e duradouro a cada dia por entre todas as tempestades da vida.
Há muito quem sonhe e passe o tempo a desejar o que não é… esperam e desesperam por algo que lhes há de chegar de fora… rejeitando quase tudo quanto são, quando, na verdade, é com o que temos e somos que devemos ser felizes, por pouco e por pior que seja… somos nós. Mas nós não somos quem somos só para nós mesmos.
Melhor assim: saber que é desprezado do que sê-lo sob a capa da lisonja.
O bom humor é um dos melhores artigos de vestuário que se deve usar em sociedade.–Julgamos a nós mesmos pelo que nos sentimos capazes de fazer, enquanto os outros nos julgam pelo que já fizemos
Qualquer mudança, mesmo uma mudança para melhor, é sempre acompanhada de inconvenientes e desconfortos.
As Opiniões Alheias
Posso concordar ou não com as posições alheias, mas respeito os meus colegas e os seus pontos de vista, e, mesmo quando a estes não adiro, nunca ouso a qualificá-los com adjetivos depreciativos. Admito que as opiniões dos outros sejam melhores. Mas isso, é evidente, não me dispensa, sobretudo nesta Casa, de expender apenas as minhas, porque a responsabilidade das minhas atitudes, e do meu voto, não a posso, nem quero eu, transferir seja para quem for.
O melhor é sair da vida como de uma festa, nem sedento nem bêbado!!!!
Ter o que se quis não é tão bom como se diz, nem querer o que não se tem é assim tão mau. O segredo deve estar em conseguir continuar a querer, não deixando de ter. Ou, por outras palavras, o melhor é continuar a ser querido sem por isso deixar de ser tido. O que é que todos nós queremos, no fundo dos fundos? Queremos querer.
Geralmente o hóspede que não foi convidado acaba sendo a melhor companhia.
Eu aconselharia qualquer pessoa a ir para a universidade, porque é um dos melhores tempos da tua vida em termos de pessoas que conheces e onde desenvolves um largo conjunto de competências intelectuais.
Curar o Intelecto
Deve excogitar-se o modo de curar o intelecto e purificá-lo tanto quanto possível desde o começo, a fim de que entenda tudo felizmente sem erro e da melhor maneira. Donde se poderá já deduzir que quero encaminhar todas as ciências para um só fim e escopo, a saber, chegar à suma perfeição humana de que falamos; e assim tudo o que nas ciências não nos leva ao nosso fim precisa de ser rejeitado como inútil; isto é, para usar uma só palavra, todas as nossas acções, assim como os pensamentos, hão-de ser dirigidos para esse fim. Mas visto que é necessário viver enquanto cuidamos de o conseguir e nos esforçamos por colocar o intelecto no caminho recto, somos obrigados antes de tudo a supor como boas algumas regras de vida, a saber:
I. Falar ao alcance do vulgo e fazer tudo o que não traz nenhum impedimento para atingirmos o nosso escopo. Com efeito, disso podemos tirar não pequeno proveito, contanto que nos adaptemos, na medida do possível, à sua capacidade; acresce que desse modo oferecerão ouvidos prontos para a verdade.
II. Dos prazeres somente gozar quanto basta para a consecução da saúde.
III.
As nossas melhores ideias vêm dos outros.
Na realidade, ninguém nasce sem vícios: o melhor é quem
cai nos mais leves.
A melhor parte da vida de casado são as brigas. O resto é meramente regular.
Aquilo que parece generosidade não é mais que ambição mascarada que despreza os pequenos interesses, para melhor se concentrar nos grandes.