Passagens sobre Preço

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Frases sobre preço, poemas sobre preço e outras passagens sobre preço para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

O Êxito e a Felicidade

A raiz do mal reside no facto de se insistir demasiadamente que no êxito da competição está a principal fonte da felicidade. Não nego que o sentimento do triunfo torna a vida mais agradável. Um pintor, por exemplo, que viveu obscuramente na juventude, decerto se sentirá feliz se o seu talento acabar por ser reconhecido. Não nego também que o dinheiro, até um certo limite, é capaz de aumentar a felicidade; para lá desse limite, julgo que não. O que eu afirmo é que o êxito só pode ser um dos vários elementos da felicidade e que é demasiado o preço pelo qual se obtém se a ele se sacrificam todos os outros.

A Minha Família é a Minha Casa

A solidão absoluta é não ter ninguém a quem dizer um simples: “tenho vontade de chorar”. Não precisamos de muito para viver bem – para ser feliz basta uma família e pouco mais.

A família é a casa e a paz. O refúgio onde uma vontade de chorar não é motivo de julgamento, apenas e só uma necessidade súbita de… família. De um equilíbrio para o qual o outro é essencial… assim também se passa com a vontade de sorrir que, em família, se contagia apenas pelo olhar.

Nos dias de hoje vai sendo cada vez mais difícil encontrar gente capaz de ser família. Os egoísmos abundam e cultiva-se, sozinho, o individual. Como se não houvesse espaço para o amor. Dizem que amar é arriscado, que é coisa de loucos…
Todos temos sentimentos mais profundos. Cada um de nós é uma unidade, mas o que somos passa por sermos mais do que um. Parte de unidades maiores. Estamos com quem amamos e quem amamos também está, de alguma forma, connosco. O amor é o que existe entre nós e nos enlaça os sentimentos mais profundos. Onde uma vontade de chorar é um sinal de que há algo em mim que é maior do que eu…

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Coragem é afrontar a opinião pública; avaliá-la no seu justo preço; atirar-lhe à cara com os escândalos e com o ouro; passar com a cabeça alta por diante dos «tartufos»… Matilha de cães que nos rasgam as franjas dos vestidos, mas só isso!…

Todo homem tem seu preço, diz a frase. Não é verdade. Mas para cada homem existe uma isca que ele não consegue deixar de morder.

A Tristeza dos Portugueses

Porque é que os portugueses são tristes? Porque estão perto da verdade. Quem tiver lido alguns livros, deixados por pessoas inteligentes desde o princípio da escrita, sabe que a vida é sempre triste. O homem vive muito sujeito. Está sujeito ao seu tempo, à sua condição e ao seu meio de uma maneira tal que quase nada fica para ele poder fazer como quer. Para se afirmar, como agora se diz, tão mal.
Sobre nós mandam tanto a saúde e o dinheiro que temos, o sítio onde nascemos, o sangue que herdámos, os hábitos que aprendemos, a raça, a idade que temos, o feitio, a disposição, a cara e o corpo com que nascemos, as verdades que achamos; mandam tanto em nós estas coisas que nos dão que ficamos com pouco mais do que a vontade. A vontade e um coração acordado e estúpido, que pede como se tudo pudéssemos. Um coração cego e estúpido, que não vê que não podemos quase nada.
Aí está a razão da nossa tristeza permanente. Cada homem tem o corpo de um homem e o coração de um deus. E na diferença entre aquilo que sentimos e aquilo que acontece, entre o que pede o coração e não pode a vida,

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Eu pensei o quanto terrível teria sido se, como tão facilmente poderia ter acontecido, que tivesse morrido sem conhecer esta profunda satisfação, essa outra pessoa que eu acabei de descobrir dentro de mim. Valeu a pena todo o preço, e todas as consequências.

A liberdade tem um preço alto, tão alto quanto o preço da escravidão. A única diferença é que você paga com prazer e com um sorriso, mesmo quando é um sorriso manchado de lágrimas.

A uma Regateira

A minha Isabel
saiu esta tarde
A matar de amores,
A vendar gorazes.

Deitada ao pescoço
A beatilha leva,
Pois de desprezar
Somente se preza,

Por fresco apregoa
O peixe, meu bem,
E no apregoar fresco
Quanto sal que tem!

Gadelhinhas louras,
Que pelas gadelhas
A minha alma anda
Pendurada nelas.

Em continhas brancas
Extremós vermelhos.
Porém como ela
Não há tal extremo.

Memória de prata
Metida no dedo,
Vá-se embora o ouro,
Que não tem tal preço.

Sainha de pano,
Barra de veludo,
Mantilha vermelha,
Sapata em pantufo.

Ao passar lhe disse
Pela requebrar:
Senhora Isabel
Quem fora goraz!

Fizera-lhe eu logo
Depressa um Soneto,
Porque de poeta
Tenho meus dois dedos.

Porém nesse passo
Entrou Bastião,
Pediu-me dinheiro,
Dei a tudo de mão.

Ninguém me Venha Dar Vida

Ninguém me venha dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferida,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser
e não me quero encontrar,
que estou dentro de um navio
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.

Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.

Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis a quem não quis.

O Amor e a Vida

O amor é uma imagem da nossa vida. Tanto o primeiro como a segunda estão sujeitos às mesmas revoluções e mudanças. A sua juventude é resplandecente, alegre e cheia de esperanças porque somos felizes por ser jovens tal como somos felizes por amar. Este agradabilíssimo estado leva-nos a procurar outros bens muito sólidos. Não nos contentamos nessa fase da vida com o facto de susbsistirmos, queremos progredir, ocupamo-nos com os meios para nos aperfeiçoarmos e para assegurar a nossa boa sorte. Procuramos a protecção dos ministros, mostrando-nos solícitos e não aguentamos que outrem queira o mesmo que temos em vista. Este estímulo cumula-nos de mil trabalhos e esforços que logo se apagam quando alcançamos o desejado. Todas as nossas paixões ficam então satisfeitas e nem por sombras podemos imaginar que a nossa felicidade tenha fim.
No entanto, esta felicidade raramente dura muito e fatiga-se da graça da novidade. Para possuirmos o que desejámos não paramos de desejar mais e mais. Habituamo-nos ao que temos, mas os mesmos haveres não conservam o seu preço, como nem sempre nos tocam do mesmo modo. Mudamos imperceptivelmente sem disso nos apercebermos. O que já adquirimos torna-se parte de nós mesmos e sofreríamos muito com a sua perda,

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A vida tem preço fixo; não se pode negociá-la nem pechinchá-la. A vida nos oferece somente aquilo que nossa mente merece.

A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço.

A Ingaia Ciência

A madureza, essa terrível prenda
que alguém nos dá, raptando-nos, com ela,
todo sabor gratuito de oferenda
sob a glacialidade de uma estela,

a madureza vê, posto que a venda
interrompa a surpresa da janela,
o círculo vazio, onde se estenda,
e que o mundo converte noma cela.

A madureza sabe o preço exato
dos amores, dos ócios, dos quebrantos,
e nada pode contra sua ciência

e nem contra si mesma. O agudo olfato,
o agudo olhar, a mão, livre de encantos,
se destroem no sonho da existência.