Passagens sobre Alunos

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Quando observamos a quantidade e a variedade dos estabelecimentos de ensino e de aprendizado, assim como o grande número de alunos e professores, é possível acreditar que a espécie humana dá muita importância à instrução e à verdade.

A Escola

Não podemos negar que a escola não deu aos seus alunos todas as possibilidades que lhes devia dar, desprezou os mal dotados, obrigou-os a actos ou tarefas que lhes depuseram na alma as primeiras sementes do despeito ou da revolta, lhes deu, pelo quase exclusivo cuidado que votou ao saber, deixando na sombra o que é o mais importante — formação do carácter e desenvolvimento da inteligência —, todas as condições para virem a ser o que são agora; se não saíram da escola com amor à escola, a culpa não é deles, mas da escola. Acresce ainda que, lançados na vida, a escola nunca mais procurou atraí-los, nunca mais foi ao encontro dos seus antigos alunos, para lhes aumentar a cultura, os informar e esclarecer sobre novas orientações de espírito, para lhes pedir a sua colaboração, o seu interesse na educação das gerações mais moças. Houve um corte de relações, quando a sua manutenção poderia ainda de algum modo apagar as más lembranças que os alunos levavam. Que admira que sintamos agora à nossa volta paixão e rancor? Tivemo-los nas nossas mãos e não fizemos por eles tudo quanto podíamos, mesmo com as possibilidades económicas e pedagógicas de que nos cercara o meio;

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Eu digo aos meus alunos: «Quando conseguirem obter esses empregos para os quais foram treinados de forma tão brilhante, lembrem-se que o vosso trabalho real é que, se forem livres, têm que libertar alguém. Se tiverem poder, então o vosso trabalho é darem poder a alguém. Isto não é apenas um jogo de ganhar rebuçados.».

Um professor é a personificada consciência do aluno; confirma-o nas suas dúvidas; explica-lhes o motivo de sua insatisfação e lhe estimula a vontade de melhorar.

Os Malefícios da Rivalidade na Escola

Poucas serão as escolas em que o mestre não anime entre os alunos o espírito de emulação; aos mais atrasados apontam-se os que avançaram como marcos a atingir e ultrapassar; e aos que ocuparam os primeiros lugares servem os do fim da classe de constantes esporas que os não deixam demorar-se no caminho, cada um se vigia a si e aos outros e a si próprio apenas na medida em que se estabelece um desnível com o companheiro que tem de superar ou de evitar.
A mesquinhez de uma vida em que os outros não aparecem como colaboradores, mas como inimigos, não pode deixar de produzir toda a surda inveja, toda a vaidade, todo o despeito que se marcam em linhas principais na psicologia dos estudantes submetidos a tal regime; nenhum amor ao que se estuda, nenhum sentimento de constante enriquecer, nenhuma visão mais ampla do mundo; esforço de vencer, temor de ser vencido; é já todo o temperamento de «struggle» que se afina na escola e lançará amanhã sobre a terra mais uma turma dos que tudo se desculpam.
Quem não sabe combater ou não tem interesse pela luta ficará para trás, entre os piores; e é certamente esta predominância dada ao espírito de batalha um dos grandes malefícios dos sistemas escolares assentes sobre a rivalidade entre os alunos;

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Uma escola onde os alunos mandassem seria uma escola triste. A luz, a moralidade e a arte serão sempre representadas na humanidade por um conjunto de mestres, uma minoria que guarda a tradição do verdadeiro, do bem e do belo.

As Janelas da Memória

A memória humana não é lida globalmente, como a memória dos computadores, mas por áreas específicas a que chamo de janelas. Através das janelas vemos, reagimos, interpretamos… Quantas vezes tentamos lembrar-nos de algo que não nos vem à ideia? Nesse caso, a janela permaneceu fechada ou inacessível.

A janela da memória é, portanto, um território de leitura num determinado momento existencial. Em cada janela pode haver centenas ou milhares de informações e experiências. O maior desafio de uma mulher, e do ser humano em geral, é abrir o máximo de janelas em cada situação. Se ela abre diversas janelas, poderá dar respostas inteligentes. Se as fecha, poderá dar respostas inseguras, medíocres, estúpidas, agressivas. Somos mais instintivos e animalescos quando fechamos as janelas, e mais racionais quando as abrimos.

O mundo dos sentimentos possui as chaves para abrir as janelas. O medo, a tensão, a angústia, o pânico, a raiva e a inveja podem fechá-las. A tranquilidade, a serenidade, o prazer e a afetividade podem abri-las. A emoção pode fazer os intelectuais reagirem como crianças agressivas e as pessoas simples reagirem como elegantes seres humanos. Sob um foco de tensão, como perdas e contrariedades, uma mulher serena pode ficar irreconhecível.

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O Professor como Mestre

Não me basta o professor honesto e cumpridor dos seus deveres; a sua norma é burocrática e vejo-o como pouco mais fazendo do que exercer a sua profissão; estou pronto a conceder-lhe todas as qualidades, uma relativa inteligência e aquele saber que lhe assegura superioridade ante a classe; acho-o digno dos louvores oficiais e das atenções das pessoas mais sérias; creio mesmo que tal distinção foi expressamente criada para ele e seus pares. De resto, é sempre possível a comparação com tipos inferiores de humanidade; e ante eles o professor exemplar aparece cheio de mérito. Simplesmente, notaremos que o ser mestre não é de modo algum um emprego e que a sua actividade se não pode aferir pelos métodos correntes; ganhar a vida é no professor um acréscimo e não o alvo; e o que importa, no seu juízo final, não é a ideia que fazem dele os homens do tempo; o que verdadeiramente há-de pesar na balança é a pedra que lançou para os alicerces do futuro.
A sua contribuição terá sido mínima se o não moveu a tomar o caminho de mestre um imenso amor da humanidade e a clara inteligência dos destinos a que o espírito o chama;

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A Forma como me Amas, Mãe

Há qualquer coisa de Deus na forma como me amas, mãe.
As pessoas não são tão grandes como tu, as pessoas não aguentam tanto a vida como tu. As pessoas choram, as pessoas sofrem, as pessoas passam pela vida à procura da melhor maneira de viver. Mas tu amas-me, mãe. Tu amas-me assim, sem condições, e parece que quando me amas nem sequer existes. Apenas ficas ali, a ver-me existir, e é assim que descobres e me ensinas que a vida se resume a ver quem amas viver.

Há qualquer coisa de impossível na forma como me amas, mãe.
O possível teria de exigir que parasses quando te dói, que parasses quando o mundo, filho da puta do mundo, te obriga a inventares novas maneiras de me dares tudo o que eu preciso. O possível iria dizer-te que não, que uma só pessoa, tão pequena e tão grande como tu, não pode suportar todo o peso de duas vidas. E tu ainda aí estás, tão forte como só tu, tão impossível como só tu, a sorrir quando me vês de caderno na mão a dizer que sou o melhor aluno da turma. É claro que é bom ser bom aluno,

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À Minha Morte

Sei, que um dia fatal me espera, e talha
A minha vida o estame:
Nem Prosérpina evita uma só frente.
Sei que vivi: mas quando
Tem de soltar-se, ignoro, o vivo laço;
E se claros, ou turvos
Se hão-de erguer para mim os sóis vindouros. —
Pois, que ao sevo Destino
Me é vedado fugir, fugi ao longe
Roazes Amarguras,
Que estes permeios anos minar vínheis.
Rir quero — e mui folgado,
De vos ver ir correndo, de encolhidas,
Escondendo na fuga,
As caudas dos medonhos ameaços.
Quero, entre mil saúdes,
De vermelha, faustíssima alegria
Ir passando em resenha,
Taça após taça, a lista dos amigos,
E o coro das formosas,
Que a vida me entreteram com agrado.
E reforçado e lesto
C’o néctar da videira, as mãos travando
Co’as engraçadas Musas,
Em dança festival, com pé ligeiro,
Na matizada relva,
Cansar de tanto júbilo o meu sp’rito,
Que se vá (sem que o sinta)
Continuar o baile nos Elísios)
Entre o Garção e Horácio.
De lá, em novas Odes,

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O mestre disse a um dos seus alunos: Yu, queres saber em que consiste o conhecimento? Consiste em ter consciência tanto de conhecer uma coisa quanto de não a conhecer. Este é o conhecimento.

Mensagem aos Portugueses

O que quero de todos os portugueses é o seguinte: sejam curiosos; e que a organização em sociedade possa ser de tal maneira que eles possam satisfazer essa curiosidade completamente. E não para ganhar dinheiro, não para fazer figura, nem para ganhar cargo, mas para ser plenamente aquilo que é. Alguma coisa que ele sinta que o está desenvolvendo na mensagem única que tem que dar do mundo, de maneira que a minha mensagem para qualquer aluno de qualquer escola é: faça favor de cuidar da sua mensagem e não da minha. A minha foi, é só para dizer «cuide da sua», porque essa é que tem importância. E a mensagem será vossa na medida em que for o mais diferente possível da minha, ou de qualquer outra. Senão, para quê duplicados no mundo? Não é preciso. Para isso é que inventaram os carimbos. Eu não sou um carimbo de ninguém.

Os portugueses merecem muito melhor, merecem muito mais do que o Governo que têm, muito mais do que a maneira como os obrigam a viver. Já ouviu um discurso do primeiro-ministro? A quantidade de erros de português que ele dá… Como é que podemos ser governados por pessoas que nem sequer sabem falar português? Não posso com esta mediocridade, com este vazio de ideias, com esta mentira constante. ‘Decisão irrevogável’? O meu pai nunca admitiria que um filho seu voltasse atrás com a palavra. E isto passa-se no mundo inteiro. Há pouco tempo, George Steiner comentou comigo que nenhum dos bons alunos de Cambridge ia para a política: só os medíocres vão para a política.

A educação clássica muito raramente ensina aos alunos as ferramentas básicas para que aprendam, desde a mais tenra infância, a capacidade de filtrai- estímulos stressantes, proteger a emoção, gerir os seus pensamentos, pensar antes de reagir, ser resiliente.