Passagens sobre Benefícios

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A Ilusão do Presente

O mundo presente não merece que se faça nada por ele, uma vez que aquilo que subsiste num momento pode desaparecer no momento seguinte. Temos que trabalhar, sim, em benefício do mundo passado e do mundo futuro: do primeiro, para podermos reconhecer-lhe os méritos, do segundo, para tratarmos de elevar o respectivo valor.

As pessoas comuns conhecem a alegria de sacrificar seu próprio corpo em benefício de uma só pessoa, quando encontra o amor verdadeiro. Os eleitos, ou seja, as pessoas especiais, através da vivência do amor, conhecem a alegria de sacrificar se próprio corpo em benefício da humanidade.

A Utilidade dos Inimigos

A utilidade dos inimigos é um daqueles temas cruciais em que um compilador de lugares-comuns como Plutarco pôde dar a mão a um arguto preceptor de heróis como Gracian y Morales e a um paradoxista como Nietzsche. Os argumentos são sempre esses – e todos o sbaem.
Os inimigos como os únicos verdadeiros; como aqueles que, conservando os olhos sempre voltados para cima, obrigam à circunspecção e ao caminho rectilíneo; como auxiliares de grandeza, porque obrigam a superar as más vontades e os obstáculos; como estímulos do aperfeiçoamento de si e da vigilância; como antagonistas que impelem para a competição, a fecundidade, a superação contínua. Mas são bem vistos, sobretudo, como prova segura da grandeza e da fortuna.
Quem não tem inimigos é um santo – e às vezes os santos têm inimigos – ou uma nulidade ambulante, o último dos últimos. E alguns, por arrogância, imaginam ter mais inimigos do que na realidade têm ou tentam consegui-los, para obter, pelo menos por esse caminho, a certeza da sua superioridade.
Mas todos os registadores utilitários da utilidade de inimigos esquecem que essas vantagens são pagas por um preço elevado e só constituem vantagens enquanto somos, e não sabemos ser,

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Os benefícios são apreciados enquanto se vê a possibilidade de retribuí-los: quando, ao contrário, superam esses limites, em vez de gratidão, geram ódio.

A Ira não Escolhe Idade nem Estatuto Social

A ira não escolhe idade nem estatuto social. Algumas pessoas, graças à sua indigência, não conhecem a luxúria; outros, porque têm uma vida movimentada e errante, escapam à preguiça; aqueles que têm modos rudes e uma vida rústica desconhecem as prisões, as fraudes e todos os males da cidade: mas ninguém está livre da ira, tão poderosa entre os Gregos como entre os bárbaros, tão funesta entre aqueles que temem as leis como entre aqueles que se regem pela lei da força. Assim, se outras afecções atacam os indivíduos, a ira é a única afecção que, por vezes, se apodera de um povo inteiro. Nunca um povo inteiro ardeu de amor por uma mulher, nem uma cidade inteira depositou toda a sua esperança no dinheiro e no lucro; a ambição apossa-se de indivíduos, a imoderação não é um mal público.
Por vezes, uma multidão inteira é conduzida à ira: homens e mulheres, velhos e novos, os principais cidadãos e o vulgo são unânimes, e toda a multidão agitada por algumas palavras sobrepõe-se ao próprio agitador: corre a pegar em armas e tochas e declara guerra ao seu vizinho e fá-la contra os seus concidadãos; casas inteiras são queimadas com toda a família e aquele cuja eloquência lhe granjeara muitos benefícios é eliminado pela ira que as suas palavras geraram;

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Como a vida é o maior benefício do universo, e não há mendigo que não prefira a miséria à morte, segue-se que a transmissão da vida, longe de ser uma ocasião de galanteio, é a hora suprema da missa espiritual.

Uma intuição que passa pela mente, uma boa idéia – quantos benefícios elas têm trazido à humanidade! Graças às idéias que lampejaram na mente de alguns, quantos métodos terapêuticos eficazes têm sido descobertos!

A Razão e o Entendimento

Houve muita gente que se ocupou da crítica da razão. Por mim, gostaria que dispuséssemos de uma crítica do entendimento humano. Seria por certo um benefício para a nossa espécie poder-se demonstrar de modo convincente ao entendimento comum até onde pode ele chegar, limite este que coincide exactamente com aquilo de que esse mesmo entendimento necessita para a plenitude da sua vida terrena.
O entendimento ilimitado, ao qual se rende o entendimento de cada indivíduo, e contra o qual a razão nada pode, ainda que nem sempre a nossa experiência sensível se conforme.

Aquele que procura sempre beneficiar o próximo será amado por todos. Aquele que procura sempre receber benefícios dos outros será malquisto por todos. Quem vive querendo só receber benefícios dos outros é como se estivesse assaltando-os. Por isso os outros sentem essa ‘atmosfera’ e passam a detestar essa pessoa.

O Povo Culto

Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.

Que se cale aquele que fez um benefício. Que o divulgue aquele que o recebeu.

A avareza produz muitas vezes efeitos contrários: há um número infinito de pessoas que sacrificam todo o seu bem-estar a esperanças duvidosas e remotas, outras que desprezam grandes benefícios futuros a pequenos interesses presentes.

A Gratidão não é Coisa de Pouca Monta

Ninguém poderá ser grato se não desprezar tudo aquilo que excita a atenção do vulgo: se quiseres, de facto, retri­buir um favor terás que estar disposto a enfrentar o exílio, a derramar o teu sangue, a resignar-te à indigência, a con­sentir mesmo que a tua inocência seja posta em causa e se sujeite a infames boatos. Um homem grato não é coisa de pouca monta. Habitualmente, a nada se dá mais valor do que a um benefício enquanto o solicitamos, mas a nada se dá menos valor depois de obtê-lo. Sabes o que ocasiona em nós o esquecimento dos favores recebidos? É o desejo daqueles que procuramos obter! Não pensamos no que já conseguimos, mas só no que ainda procuramos alcançar. Somos desviados do caminho recto pelas riquezas, as hon­ras, o poder e outras coisas mais que a opinião comum considera valiosas mas que em si mesmas nada valem.

Gratidão: um sentimento que se situa a meio caminho entre um benefício recebido e um benefício esperado.

Ingrato: indivíduo que recebe um benefício de outro, ou é, de qualquer outra forma, objecto de carinho.

Enquanto os rios correrem para o mar, os montes fizerem sombra aos vales e as estrelas fulgirem no firmamento, deve durar a recordação do benefício recebido na mente do homem reconhecido.