Passagens sobre Deus

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A gravidade explica os movimentos dos planetas, mas não pode explicar quem colocou os planetas em movimento. Deus governa todas as coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito.

Conviva com os homens como Deus o visse. Fale com Deus como se os homens ouvissem.

Oferecer docilmente a face direita a quem te bateu na esquerda é uma atitude possível de se tomar somente quando se tem a elevada convicção de ser filho de Deus.

Noites Amadas

Ó noites claras de lua cheia!
Em vosso seio, noites chorosas,
Minh’alma canta como a sereia,
Vive cantando n’um mar de rosas;

Noites queridas que Deus prateia
Com a luz dos sonhos das nebulosas,
Ó noites claras de lua cheia,
Como eu vos amo, noites formosas!

Vós sois um rio de luz sagrada
Onde, sonhando, passa embalada
Minha Esperança de mágoas nua…

Ó noites claras de lua plena
Que encheis a terra de paz serena,
Como eu vos amo, noites de lua!

Talvez o Vento Saiba

Talvez o vento saiba dos meus passos,
das sendas que os meus pés já não abordam,
das ondas cujas cristas não transbordam
senão o sal que escorre dos meus braços.

As sereias que ouvi não mais acordam
à cálida pressão dos meus abraços,
e o que a infância teceu entre sargaços
as agulhas do tempo já não bordam.

Só vejo sobre a areia vagos traços
de tudo o que meus olhos mal recordam
e os dentes, por inúteis, não concordam

sequer em mastigar como bagaços.
Talvez se lembre o vento desses laços
que a dura mão de Deus fez em pedaços.

O Novo Conhecimento

Quando fazemos amor com uma nova mulher, vimo-nos por causa da paixão. Quando fazemos amor com uma esposa, vimo-nos por causa da fricção. A paixão é luxúria idolatrada pelo frémito. O frémito no casamento é reduzido a cinzas, e o que resta é uma luxúria insignificante, uma contribuição inevitável à fisiologia.
Só depois do meu casamento é que eu percebi até que ponto a paixão é espiritual. A alma perde o frémito, que só se obtém através da novidade. Lutar pela novidade é o mesmo que lutar pelo conhecimento, acerca do qual Deus nos advertiu. Se o conhecimento é pecaminoso, então tudo o que é novo é pecaminoso. É por isso que a força dos laços familiares se baseia na tradição e no costume antigo. A intrusão da novidade, do novo conhecimento no casamento, só o destrói. Cada adultério é uma renovação do pecado do conhecimento.
No casamento, a espiritualidade do frémito pela nossa mulher não desaparece, transforma-se em filhos, transforma-se na alma da criança. Talvez seja por isso que a Igreja Católica, embora ciente de que o frémito desaparece no casamento, considera a cópula pecaminosa se não tiver o objecitvo de engravidar. Esta proibição prolonga a vida da paixão,

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Um Mundo de Vidas

Nós vivemos da nossa vida um fragmento tão breve. Não é da vida geral – é da nossa. É em primeiro lugar a restrita porção do que em cada elemento haveria para viver. Porque em cada um desses elementos há a intensidade com o que poderíamos viver, a profundeza, as ramificações. Nós vivemos à superfície de tudo na parte deslizante, a que é facilidade e fuga. O resto prende-se irremediavelmente ao escuro do esquecimento e distracção. Mas há sobretudo a zona incomensurável dos possíveis que não poderemos viver. Porque em cada instante, a cada opção que fazemos, a cada opção que faz o destino por nós, correspondem as inumeráveis opções que nada para nós poderá fazer. Um golpe de sorte ou de azar, o acaso de um encontro, de um lance, de uma falência ou benefício fazem-nos eliminar toda uma rede de caminhos para se percorrer um só. Em cada momento há inúmeros possíveis, favoráveis ou desfavoráveis, diante de nós. Mas é um só o que se escolheu ou nos calhou.
Assim durante a vida vão-nos ficando para trás mil soluções que se abandonaram e não poderão jamais fazer parte da nossa vida. Regresso à minha infância e entonteço com as milhentas possibilidades que se me puseram de parte.

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A palavra deus é para mim nada mais do que a expressão e produto da fraqueza humana, a bíblia uma coleção de honoráveis, mas ainda assim lendas primitivas que não são nada mais do que extremamente infantis. Nenhuma interpretação não importa o quão astuta pode (para mim) mudar isto.

As Minhas Mãos

As minhas mãos magritas, afiladas,
Tão brancas como a água da nascente,
Lembram pálidas rosas entornadas
Dum regaço de Infanta do Oriente.

Mãos de ninfa, de fada, de vidente,
Pobrezinhas em sedas enroladas,
Virgens mortas em luz amortalhadas
Pelas próprias mãos de oiro do sol-poente.

Magras e brancas… Foram assim feitas…
Mãos de enjeitada porque tu me enjeitas…
Tão doces que elas são! Tão a meu gosto!

Pra que as quero eu – Deus! – Pra que as quero eu?!
Ó minhas mãos, aonde está o céu?
…Aonde estão as linhas do teu rosto?

Retrato de D. Leonor de Sá

Criava-se Leonor, crescendo sempre
Em suma perfeição, suma beleza,
E crescendo só nela as outras graças
Por grandes fermosuras repartidas,
Produziam-se dos seus fermosos olhos
Efeitos mil, e extremos diferentes,
Que olhando davam vida, e outras vezes
Olhando cem mil vidas destruíam.
A branca cor do rosto acompanhada
De uma cor natural honesta e pura,
E a cabeça de crespo ouro coberta,
Lembrança do mais alto céu faziam.
Praxíteles nem Fídias não lavraram
De branquíssimo mármore igual corpo;
Nem aquele, que Zuxis entre tantas
Fermosuras deixou por mais perfeito,
Não se igualava a este, antes ficava
Abatido, e julgado em pouco preço;
Que mal pode igualar-se humano engenho
Co’aquilo, em que Deus tal saber nos mostra.
Da boca o suave riso alegra os ares,
Mostrando entre rubis orientais perlas
E sobre tudo, quanto a natureza
Lhe deu perfeito, a graça se avantaja.
No peito ebúrneo as pomas, que em brancura
Levam da neve o justo preço e a palma,
Apartando-se, deixam de açucena
Alvíssima um florido e fresco vale.
Quem pode (sem perder-se) louvar cousa
Onde não chega humano entendimento?

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Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem… Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida.

Não consigo acreditar que o mesmo deus que nos deu inteligência, razão e bom senso nos proíba de usá-los.