Passagens sobre Força

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Cuidado com qualquer tipo de posicionamento defensivo no seu interior. Que está a defender? Uma identidade ilusória, uma imagem dentro da sua mente, uma entidade fictícia. Ao tornar este padrão consciente, ao ser testemunha dele, o leitor deixa de se identificar com ele. À luz do seu consciente, o padrão inconsciente depressa se anula. Este é o fim para todas as discussões e jogos de poder, que tão corrosivos são para os relacionamentos. O poder sobre os outros é fraqueza disfarçada de força. O verdadeiro poder está no interior.

O Princípio Fundamental da Sociedade

Abster-se reciprocamente de ofensas, da violência, da exploração, adaptar a sua própria vontade à de outro: tal coisa pode, num certo sentido tosco, tornar-se bom costume entre indivíduos, se existirem condições para tal (a saber, semelhança efectiva entre as suas quantidades de força e entre as suas escalas de valores e a homogeneidade dos mesmos dentro de um só organismo). Logo que, porém, se quisesse alargar este princípio, concebendo-o até como príncipio fundamental da sociedade, revelar-se-ia imediatamente como aquilo que é: vontade de negação da vida, princípio de dissolução e de decadência. Aqui é preciso pensar-se bem profundamente e defender-se de toda a fraqueza sentimentalista: a própria vida é essencialmente apropriação, ofensa, sujeição daquilo que é estranho e mais fraco, opressão, dureza, imposição de formas próprias, incorporação e pelo menos, na melhor das hipóteses, exploração, – mas para que empregar palavras a que, desde há muito, se deu uma intenção difamadora?

Também aquele organismo dentro do qual conforme acima se admitiu, os indivíduos se tratam como iguais – e tal se dá em toda a aristocracia sã -, tem de fazer, no caso de ser um organismo vivo e não moribundo, ao enfrentar outros organismos, tudo o que os indivíduos dentro dele se abstêm de fazer entre si: terá de ser a vontade de poder personificada,

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Einstein, autor da famosa Teoria da Relatividade, descobriu que os raios luminosos também estão sujeitos à força da gravidade e se refratam. Há quem afirme que a força da gravidade é resultante da ação do éter; mas, na realidade, ela é a força de amor ou força unificadora manifestada pela Grande Vida.

Nenhuma tempestade tem força suficiente para arrancar um nome. Aquilo que carregas irá acompanhar-te sempre, fará parte até do teu silêncio. Repara em ti, repara em quanto do que te constitui é eterno e imortal.

Beleza extraordinária, força extraordinária, e riqueza extraordinária são real e verdadeiramente sem uso extraordinário; um coração correto supera todas.

A Beleza da Tragédia

É frequente desencadearem-se as verdadeiras tragédias da vida de uma maneira tão pouco artística que nos magoam com a sua crua violência, a sua tremenda incoerência, carecendo absolutamente de sentido, sem o mínimo estilo. Afectam-nos do mesmo modo que a vulgaridade. Causam-nos uma impressão de pura força bruta contra a qual nos revoltamos. Por vezes, porém, cruzamo-nos nas nossas vidas com uma tragédia repassada de elementos de beleza artística. Se esses elementos estéticos são autênticos, todo o episódio apela à nossa apreciação do efeito dramático. De repente deixamos de ser actores e passamos a espectadores da peça. Ou antes, somos ambas as coisas. Observamo-nos, e todo o encanto do espectáculo nos arrebata.

Saber Ler um Poema

– O poema está então centrado em si mesmo, monstruosamente solitário?
– Não tem pressa, pode bem esperar que o arranquem da sua solidão, possui forças expansivas bastantes, façam-no sair dali. Mas ou levam-no inteiro com o centro no centro e armado à vo]ta como um corpo vivo ou não levam nada, nem um fragmento. E o que muitas vezes se faz é contrabandear bocados: leva-se a parte errada dele na parte errada de nós para qualquer parte errada: filosofia, moral, politica, psicanálise, linguística, simbologia, literatura. Onde estão o corpo e a vida dele e a sua integridade? Onde, a solidão para escutar a solidão daquela voz? Porque é obrigatório dizé-lo: pouca gente tem ouvidos puros. Ou mãos limpas. Ler um poema é poder fazê-lo, refazê-lo: eis o espelho, o mágico objecto do reconhecimento, o objecto activo de criação do rosto. O eco visual se quanto a rostos fosse apenas lê-los fora e ver. Porque o mostrado e o visto são a totalidade daquilo que se mostra e vê — o nome: a revelação.
— Não é um destino assegurado.
— Só é seguro que a pergunta, a procura, o poema reincidente, cristalizam numa grande massa translúcida,

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A Ideia de Moral Universal

Muito antes de o homem estar maduro para ser confrontado com uma atitude moral universal, o medo dos perigos da vida levaram-no a atribuir a vários seres imaginários, não palpáveis fisicamente, o poder de libertar as forças naturais que temia ou talvez desejasse. E ele acreditava que esses seres, que dominavam toda a sua imaginação, eram feitos fisicamente à sua imagem, mas eram dotados de poderes sobre-humanos. Estes foram os precursores primitivos da ideia de Deus. Nascidos inicialmente dos medos que enchiam a vida diária dos homens, a crença na existência de tais seres, e nos seus poderes extraordinários, teve uma influência tão forte nos homens e na sua conduta que é difícil de imaginar por nós. Por isso, não surpreende que aqueles que se empenharam em estabelecer a ideia de moral, abarcando igualmente todos os homens, o tenham feito associando-a intimamente à religião. E o facto de estas pretensões morais serem as mesmas para todos os homens pode ter tido muito a ver com o desenvolvimento da cultura religiosa da espécie humana desde o politeísmo até ao monoteísmo.
A ideia de moral universal deve, assim, a sua potência psicológica original àquela ligação com a religião. No entanto, noutro sentido,

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Imoralidade Fatal

A acusação de imoralidade, que nunca faltou ao escritor corajoso, é aliás a última que resta a fazer quando não se tem mais nada a dizer a um poeta. Se fordes verdadeiro em vossas pinturas; se, à força de trabalhos diurnos e nocturnos, conseguirdes escrever a língua mais difícil do mundo, atiram-se-vos a palavra imoral ao rosto. Sócrates foi imoral, Jesus Cristo foi imoral; ambos foram perseguidos em nome das sociedades que derrubavam ou reformavam. Quando se quer matar alguém, acusam-no de imoralidade.

A fé verdadeira não é adoração de forças paranormais ou de fenômenos sobrenaturais. Ela é adoração da força correta, isto é, da força do amor, da força da harmonia.

É esse o efeito das existências esvaziadas, a vida é a viagem, a ideia é o itinerário. Sem itinerário, pára-se. Perdido o alvo, morre a força.

A Importância de Dostoievski na Literatura

Os dois grandes monumentos do romance que o século passado (XIX) nos legou, ou seja aqueles em que poderemos reconhecer-nos, foram os erguidos por Tolstoi e por Dostoievski. Mas se a lição do primeiro foi facilmente assimilada, a do segundo levou tempo – e tanto, que só hoje acabámos de entendê-la bem. Significa isto que Tolstoi, com incidências menores de moralização, continua um Balzac, é bem do século XIX. E foi por se pretender à força ligar a esse século também um Dostoievski que ele só tarde se nos revelou, para dominar ainda hoje, diga-se o que se disser, todo o romance europeu. Para usar uma expressão que já usei, não com inteira originalidade, e a que a crítica me ligou, direi que Tolstoi continua o romance-espectáculo e que Dostoievski inaugura o romance-problema.

Dir-se-ia, e com razão, que todo o romance é problema e espectáculo, já que o espectáculo resiste num romance de Kafka ou Dostoievski, e o problema implicita-se numa qualquer narrativa, nem que seja o Amadis de Gaula. Mas é tão visível a deslocação do acento na obra de Dostoievski, que ela foi defendida, para existir, pelo que lhe é inessencial (como por um Brunetière e recentemente um Ernst Fischer,

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A Doença da Disciplina

Das feições de alma que caracterizam o povo português, a mais irritante é, sem dúvida, o seu excesso de disciplina. Somos o povo disciplinado por excelência. Levamos a disciplina social àquele ponto de excesso em que cousa nenhuma, por boa que seja — e eu não creio que a disciplina seja boa — por força que há-de ser prejudicial.
Tão regrada, regular e organizada é a vida social portuguesa que mais parece que somos um exército de que uma nação de gente com existências individuais. Nunca o português tem uma acção sua, quebrando com o meio, virando as costas aos vizinhos. Age sempre em grupo, sente sempre em grupo, pensa sempre em grupo. Está sempre à espera dos outros para tudo. E quando, por um milagre de desnacionalização temporária, pratica a traição à Pátria de ter um gesto, um pensamento, ou um sentimento independente, a sua audácia nunca é completa, porque não tira os olhos dos outros, nem a sua atenção da sua crítica.
Parecemo-nos muito com os alemães. Como eles, agimos sempre em grupo, e cada um do grupo porque os outros agem.
Por isso aqui, como na Alemanha, nunca é possível determinar responsabilidades; elas são sempre da sexta pessoa num caso onde só agiram cinco.

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Com a força de nosso amor, da nossa vontade, podemos mudar o nosso destino, e o destino de muita gente.

O Meu Amor é uma Devoção Absoluta e uma Agonia

São quatro horas da manhã: devia deitar-me em vez de escrever, mas não consigo. Deixei-a há três horas e só tenho pensado em si, não posso impedir-me de lho dizer. Prometeu–me amizade, uma amizade um pouco diferente da que concede à multidão dos seus amigos. Estou-lhe muito grato. Por mim, consagro-lhe a minha vida inteira e o que tiver de espírito, de faculdades, de forças físicas e morais, em troca dessa amizade, insignificante mas preciosa. Só por ela vivo, juro-lhe. Juro-lhe que em momento algum, nem de noite nem de dia, nem no meio dos afazeres, a sua imagem me abandona. O meu amor é uma sensação constante que coisa alguma suspende, interrompe e que é alternadamente uma devoção absoluta, de certa doçura, e uma agonia tão horrível que se ma prolongasse dois dias seguidos acabaria comigo.