Frases sobre Cinema

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Frases de cinema escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Os rituais são muito importantes. Sem eles, a vida seria indecifrável. O cinema não filma senão isso, um conjunto de signos, de convenções. A vida é um enigma, não é legível. São os rituais que nos permitem lê-la.

Na vida real, a maioria dos atores de cinema é uma decepção. Eu, por outro lado, sou melhor na vida real do que no cinema.

Eu não sou representante do cinema português. O cinema português é um conjunto de realizadores, e da soma deles – dos bons, claro – é que se retirará um efeito como o da literatura ou da pintura.

Estou a fazer filmes há uns bons anos e muito do que levo para o cinema nasce de uma reflexão generosa, de aprendiz, que faço da literatura. Tudo nesta vida que levamos tem uma duração estabelecida, um momento para acabar, incluindo os valores monetários, menos as histórias que contamos. As histórias que os livros nos contam duram para sempre e o mesmo espero das histórias trazidas pelo cinema.

O Cinema não é senão o aspecto mais evolutivo do realismo plástico que começa com o Renascimento.

As telenovelas são muito ricas, muito bonitas, e eu gosto da diversidade. Não sou nada contra o filme comercial. A gente dos filmes comerciais é que é sempre contra o cinema como arte. Mas eu não. Sou apologista da variedade, mesmo no cinema artístico. Penso que a personalidade do realizador é que é a marca da originalidade. Não há outra.

Não gosto até da palavra espectador. Ou melhor, da palavra eu gosto. Não gosto é do público, da palavra “público” é que não gosto muito. Porque públicas são as cadeiras do cinema; são públicas. Agora, as pessoas que se sentam nelas, são pessoas, verdadeiramente pessoas, e cada um é distinto do outro. Cada um é um ser autêntico, e, portanto, nem todos estarão aptos ou sensíveis a uma sinfonia, a um trabalho qualquer, seja de que ordem for.

A imagem é uma coisa muito concreta, mas serve para mostrar coisas imateriais. Veem-se fantasmas, personagens que deixaram de existir, que talvez já estejam mortas, mas que têm ali uma aparência de corpos concretos. (…) O cinema é um fantasma da vida que não nos deixa senão uma coisa sensível, concreta: as emoções.

Há (em Portugal) realizadores muitíssimo bons, e devia ser mais desenvolvido e exportado em força, o que dava entrada de dinheiro! Eu dizia, na proporção de um país pequeno, pobre e na situação em que está, que o nosso cinema merecia uma ajuda para que os filmes corressem mundo e fossem também uma entrada económica de resultados.

Acham que sou uma pessoa reclusa, com hábitos excêntricos e criativos. Não é verdade. Levo uma vida de classe média com minha família, e fazer cinema não é minha prioridade.

Aqueles que amam a vida não lêem. Nem sequer vão ao cinema, na realidade. Independentemente de tudo o que possa ser dito, o acesso ao universo artístico é mais ou menos inteiramente a preservação daqueles que estão um pouco fartos do mundo.

O cinema dá-nos a possibilidade de, a partir da câmara, repor a vida além da Morte e simular a ressurreição, inclusive a dos grandes heróis da literatura.

Hoje vai-se ver filmes cada vez mais à pressa, cada vez com menos atenção, não exatamente predisposto a confiar [na projeção], a não ser nos efeitos especiais e nos efeitos sonoros espetaculares. A projeção já não chega. A crença no cinema está muito diminuída, [e isso] é terrível porque o que há de mais belo no homem é a sua humanidade, a sua capacidade de confiar nos outros, de ver a imagem dos outros.