Aliás uma pergunta que me fez: o que mais me importava – se a maternidade ou a literatura. O modo imediato de saber a resposta foi eu me perguntar: se tivesse de escolher uma delas, que escolheria? A resposta era simples: eu desistiria da literatura. Nem tem dúvida que como mãe sou mais importante do que como escritora.
Frases sobre Literatura
150 resultadosEla era daquela geração que, ao não ter encontrado nada na religião, formou-se a ela própria através da literatura.
Como realizador, estou preso ao contexto. Posso fazer tudo o que quiser, mas sempre dentro do contexto. E do contexto dos filmes da Agustina eu nunca saí. Como do Régio ou do Camilo, também nunca saí. Esse é o meu respeito pelos autores, que é muito forte. Mas eu faço cinema, não faço literatura.
O que nós hoje vemos numa literatura moderna e apressada é uma multiplicação elevada à sétima potência por muitos autores oportunistas, em trabalhos repetitivos da violência pela violência e da pornografia pela pornografia, apenas por estar em moda e de ser de rentabilidade fácil.
As canções, os relatos, os contos populares, pintam em poucas palavras o que a literatura se limita a amplificar e a disfarçar.
Nenhum povo culto pode viver sem literatura. Os indivíduos para viver e satisfazer ao seu destino hão-de comunicar as suas ideias e traduzir na linguagem as manifestações da sua inteligência. A expressão das nações, a sua conversação, o desafogo do seu espírito, é a literatura de cada época e de cada sociedade. Um povo sem letras não vive muito tempo, e se vive, é uma excepção privilegiada.
A poetização das coisas não é senão o aperfeiçoamento delas. É para isto que se faz poesia e não para com ela se fazer literatura.
No meu caso, a literatura é uma espécie de vingança. É algo que me dá aquilo que a vida real não me pode dar – todas as aventuras, todo o sofrimento. Todas as experiências que eu só posso viver na na imaginação, a literatura completa-as.
O amor e a literatura coincidem na procura apaixonada, quase sempre desesperada, da comunicação.
A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se em solidão, lê-se em solidão e, apesar de tudo, o acto de leitura permite uma comunicação entre dois seres humanos.
Sabes quem são os críticos? Os que malograram na literatura e na arte.
Só há grandes literaturas onde o povo é permeável à cultura.
Cristina disse-me: «O crime não compensa. A literatura compensa?» De jeito nenhum. Escrever é um dos modos de fracassar. Cristina se surpreendeu, perguntou-me então por que eu escrevia. E eu não soube responder.
Sendo a literatura o produto variável e flutuante de cada sociedade, está por isso sujeita às mudanças sociais e às revoluções do espírito humano, cujas evoluções segue, reflectindo as ideias e paixões que agitam os homens, e quinhoando das suas preocupações.
A literatura é o vinho da vida, mas não pode ser o seu alimento.
A literatura inglesa instrui moralizando, a francesa deleita sensualizando: a primeira é racionalista, a segunda sensualista.
Para mim, a expressão mais rica é a literatura.
O termo literatura, dito como censura, é uma abreviatura tão forte que – deve ter sempre havido uma intenção semelhante desde os primeiros tempos – se tornou uma abreviatura também para ideias; o termo retira a verdadeira perspectiva e obriga a censura a cair muito antes e muito longe do seu alvo.
Os críticos são homens que falharam em literatura e arte.
Só se pode chamar ciência ao conjunto de receitas que funcionam sempre. Tudo o resto é literatura.