Passagens sobre Homens

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O Sexo Como Factor de Génio

O facto de o sexo desempenhar um maior ou menor papel na vida de alguém parece relativamente irrelevante. Algumas das maiores realizações de que temos notícia foram empreendidas por indivíduos cuja vida sexual foi reduzida ou nula. Em contrapartida, sabemos pela biografia de certos artistas – figuras de primeira grandeza – que as suas obras imponentes nunca teriam sido realizadas se eles não tivessem vivido mergulhados em sexo. No caso de alguns poucos, os períodos de criatividade excepcional coincidiram com períodos de extrema licença sexual. Nem a abstinência nem a licença explicam seja o que for.
No campo do sexo como noutros campos, costumamos referir-nos a uma norma – mas a norma indica apenas o que é estatisticamente verdade para a grande massa dos homens e das mulheres. Aquilo que pode ser normal, razoável, salutar, para a grande maioria, não nos fornece um critério de comportamento no caso do indivíduo excepcional. O homem de génio, quer pela sua obra, quer pelo seu exemplo pessoal, parece estar sempre a proclamar a verdade segundo a qual cada um é a sua própria lei, e o caminho para a realização passa pelo reconhecimento e pela compreensão do facto de que todos somos únicos.

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A leitura de bons livros é como ter uma conversa com os homens mais ilustres dos séculos passados, ou seja, os seus autores.

Trabalho e empregado são coisas distintas. Trabalho existe sempre, em toda parte, mas emprego pode escassear. O trabalho remunerado por Deus com a evolução espiritual existe sempre, em toda parte, mas o emprego remunerado pelos homens pode faltar.

A Natureza do Homem

A natureza está muitas vezes escondida, algumas vezes vencida, raramente extinta. A força torna a natureza mais violenta na reacção; a doutrina e o discurso fazem a natureza menos exigente; mas só o hábito altera e subjuga a natureza. Aquele que deseja vencer a sua natureza, não tente dar a si próprio tarefas muito grandes ou muito pequenas; porque as primeiras podem desanimá-lo com frequentes frustrações, e as segundas dar-lhe-ão insignificantes progressos, apesar de serem bem sucedidas. No princípio, irá praticando com auxiliares, como os nadadores se socorrem de bóias e coletes; mas, ao fim de algum tempo, deverá realizar o treino entre dificuldades, como os dançarinos fazem com os socos. Isto porque resulta sempre maior perfeição quando o exercício é mais árduo do que a prática.
(…) Não é má a antiga regra que mandava curvar a natureza até ao extremo oposto, para que ela se rectificasse; subentendendo-se, porém, que o extremo oposto não seja o vício. O homem não se deve forçar a um hábito com contínua persistência, mas com alguma interrupção; porque a pausa reforça a nova investida; e se o homem que não é perfeito estiver sempre a exercitar-se, será tão perito nos seus erros como nas suas virtudes,

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A Vida e o Jogo

Quando a criança cresceu e abandonou os seus jogos, quando durante anos se esforçou psiquicamente por agarrar as realidades da vida com a seriedade desejada, pode acontecer que um dia se encontre de novo numa disposição psíquica que volta a apagar esta oposição entre o jogo e a realidade. O homem adulto lembra-se da grande seriedade com que se entregava aos jogos infantis e acaba por comparar as suas ocupações por assim dizer graves com esses jogos dos tempos da infância: liberta-se então da opressão demasiado pesada da vida e conquista a fruição superior do humor.

Nem mesmo o homem mais bondoso consegue ficar em paz,
se isso não agrada ao seu vizinho mau.

Podemos Crer-nos Livres

Aqui, Neera, longe
De homens e de cidades,
Por ninguém nos tolher
O passo, nem vedarem
A nossa vista as casas,
Podemos crer-nos livres.

Bem sei, é flava, que inda
Nos tolhe a vida o corpo,
E não temos a mão
Onde temos a alma;
Bem sei que mesmo aqui
Se nos gasta esta carne
Que os deuses concederam
Ao estado antes de Averno.

Mas aqui não nos prendem
Mais coisas do que a vida,
Mãos alheias não tomam
Do nosso braço, ou passos
Humanos se atravessam
Pelo nosso caminho.

Não nos sentimos presos
Senão com pensarmos nisso,
Por isso não pensemos
E deixemo-nos crer
Na inteira liberdade
Que é a ilusão que agora
Nos torna iguais dos deuses.

Reivindico o Meu Direito Próprio de Pensar

Queixas-te de teres aí falta de livros. Não interessa a quantidade, mas sim a qualidade: a leitura é proveitosa se for metódica, se apenas for variada torna-se um mero divertimento. Quem deseja chegar à meta que se propôs deve seguir um só caminho, e não vaguear por vários: de outro modo não viaja, deixa-se ir ao acaso.
(…) Confio, e muito, no pensamento dos grandes homens, mas reivindico o meu direito próprio de pensar. De resto eles não nos legaram verdades acabadas, mas sim sujeitas à investigação; e porventura teriam descoberto o essencial se não tivessem investigado também temas supérfluos. Mas gastaram tempo imenso em jogos de palavras, em discussões capciosas que aguçam inutilmente o engenho. Construimos argumentos tortuosos, empregamos termos de significação ambígua, finalmente desatamos toda a trama. Temos assim tanto tempo livre? Já sabemos como encarar a vida e a morte? O que devemos procurar, com todas as forças, é o modo de nos não deixarmos enganar pelas coisas, e não pelas palavras.
Para quê analisar as diferenças entre palavras sinónimas, que não causam dificuldade a ninguém a não ser em discussões de escola? As coisas enganam-nos: aprendamos a observá-las. Tomamos por bens coisas que o não são,

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Os homens da nossa laia têm às vezes a chave de grandes segredos. Se não temos uma alta inteligência, compensou-nos a natureza com um braço forte. Às vezes aprecia-se mais um punhal num braço popular, que um grande pensamento na cabeça de um doutor em física.

Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo.

Civilização Imposta por uma Minoria

É curioso como os homens, que tão mal sabem viver isolados, se sentem, no entanto, pesadamente oprimidos pelos sacrifícios que a civilização espera deles a fim de lhes possibilitar que vivam em comum.
(…) A civilização é coisa imposta a uma maioria recalcitrante por uma minoria que descobriu como apropriar-se dos meios de poder e coacção.

Amor e ódio estão diante do homem, e o homem não sabe escolher

Amor e ódio estão diante do homem, e o homem não sabe escolher.

Imaginação ou Sensibilidade?

Não é certo que para a criação de uma obra literária a imaginação e a sensibilidade sejam qualidades equivalentes, e que a segunda possa sem grande inconveniente substituir a primeira, do mesmo modo que há pessoas cujo estômago é incapaz de digerir e que encarregam os intestinos dessa função. Um homem que nasceu sensível e que não tenha imaginação poderá apesar disso escrever romances admiráveis. O sofrimento que os outros lhe causarão, os esforços para o evitar, os conflitos que esse sofrimento e a outra pessoa cruel irão criar, tudo isso, interpretado pela inteligência, poderá constituir matéria para um livro não apenas tão belo como se tivesse sido imaginado, inventado, mas também tão exterior aos sonhos, do autor, se este, feliz, se tivesse deixado arrastar por si mesmo, tão surpreendente para ele próprio, tão acidental como um capricho fortuito da imaginação.

A vida espiritual dos homens, os seus impulsos profundos, o seu estímulo à acção são as coisas mais difíceis de prever, mas é justamente delas que depende a morte ou a salvação da humanidade.

Comparando no seu conjunto homem e mulher pode dizer-se: a mulher não teria engenho para se enfeitar se não tivesse o instinto do papel «secundário» que desempenha.