Passagens sobre Marido

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O Amor entre o Trigo

Cheguei ao acampamento dos Hernández antes do meio-dia, fresco e alegre. A minha cavalgada solitária pelos caminhos desertos, o repouso do sono, tudo isso refulgia na minha taciturna juventude.
A debulha do trigo, da aveia, da cevada, fazia-se ainda com éguas. Nada no mundo é mais alegre que ver rodopiar as éguas, trotando à volta do calcadouro do cereal, sob o grito espicaçante dos cavaleiros. Brilhava um sol esplêndido e o ar era um diamante silvestre que fazia brilhar as montanhas. A debulha é uma festa de ouro. A palha amarela acumula-se em montanhas douradas. Tudo é actividade e bulício, sacos que correm e se enchem, mulheres que cozinham, cavalos que tomam o freio nos dentes, cães que ladram, crianças que a cada momento é preciso livrar, como se fossem frutos da palha, das patas dos cavalos.

Oe Hernández eram uma tribo singular. Os homens, despenteados e por barbear, em mangas de camisa e com revólver à cinta, andavam quase sempre besuntados de óleo, de poeiras, de lama, ou molhados até aos ossos pela chuva. Pais, filhos, sobrinhos, primos, eram todos da mesma catadura. Estavam horas inteiras ocupados debaixo de um motor, em cima de um tecto,

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Acho que quando nos casamos é para ter filhos. (…) Verá como é doce ocuparmo-nos das nossas crianças, e espero de todo o meu coração que esta ocupação lhe chegará brevemente. (…) Ter filhos é na verdade a maior felicidade que possa acontecer a uma jovem mulher. (…) Acho que quando se ama o nosso marido, deseja-se e gosta-se de os ter.

Eu quero dizer-te, não te cases com o sofrimento. Algumas pessoas fazem-no. Casam-se com ele, dormem e comem juntos, como marido e mulher. Se se deixam levar pela alegria acham que é adultério.

Sabemos todos que uma família perfeita não existe, nem um marido perfeito ou uma mulher perfeita… De sogras perfeitas é melhor nem falar!

Quando estás doente, quando tens um problema de família, com os filhos, com a filha, com a mulher, com o marido; quando vês que o ordenado não chega ao fim do mês e tens um filho doente e vês que não podes pagar o empréstimo da casa e tens de te ir embora… Jesus diz-nos: «Não tenhas medo!»

Hoje fala-se com disfarces e com palidez e as acções são o oposto das palavras e a sociedade é tão corrompida, que pais e maridos ofendidos passeiam de braço dado com os heróis de sala.

A Vida

Ó grandes olhos outomnaes! mysticas luzes!
Mais tristes do que o amor, solemnes como as cruzes!
Ó olhos pretos! olhos pretos! olhos cor
Da capa d’Hamlet, das gangrenas do Senhor!
Ó olhos negros como noites, como poços!
Ó fontes de luar, n’um corpo todo ossos!
Ó puros como o céu! ó tristes como levas
De degredados!

Ó Quarta-feira de Trevas!

Vossa luz é maior, que a de trez luas-cheias:
Sois vós que allumiaes os prezos, nas cadeias,
Ó velas do perdão! candeias da desgraça!
Ó grandes olhos outomnaes, cheios de Graça!
Olhos accezos como altares de novena!
Olhos de genio, aonde o Bardo molha a penna!
Ó carvões que accendeis o lume das velhinhas,
Lume dos que no mar andam botando as linhas…
Ó pharolim da barra a guiar os navegantes!
Ó pyrilampos a allumiar os caminhantes,
Mais os que vão na diligencia pela serra!
Ó Extrema-Uncção final dos que se vão da Terra!
Ó janellas de treva, abertas no teu rosto!
Thuribulos de luar! Luas-cheias d’Agosto!
Luas d’Estio! Luas negras de velludo!
Ó luas negras,

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Não encontramos [maridos] de todas as variedades, acomodados cada um de um jeito? Este junta mil bens para que a esposa os divida, adivinha com quem? Com quem o corneia.

O Prolongamento da Adolescência

No dia a seguir ao casamento os noivos estão mais velhos cinco anos. Biológicamente, a idade madura começa com o casamento, porque o descuidoso brincar de até ali substitui-se pelo trabalho e pela responsabilidade, a paixão cede diante das limitações da ordem social – a poesia passa a prosa. Esta mudança varia com os costumes e o clima; o casamento vem mui tardiamente nas cidades modernas, facto que prolonga a adolescência; mas entre os povos do Sul e do Oriente realiza-se em idade bem verde. Os rapazes orientais, diz Stanley Hall, começam a exercer as funções de marido aos treze anos, e aos trinta, já gastos, recorrem a afrodisíacos… Aos trinta anos as mulheres dos climas quentes já estão velhas. Está verificado que o dilatar da adolescência prolonga a vida. Se pudéssemos retardar a nossa maturidade sexual de modo a coincidir com a nossa maturidade económica, prolongando assim a adolescência e a fase educativa, ergueríamos a civilização a nível jamais alcançado.

Lisboa

De certo, capital alguma n’este mundo
Tem mais alegre sol e o ceu mais cavo e fundo,
Mais collinas azues, rio d’aguas mais mansas,
Mais tristes procissões, mais pallidas creanças,
Mais graves cathedraes – e ruas, onde a esteira
Seja em tardes d’estio a flor de larangeira!

A Cidade é formosa e esbelta de manhã! –
É mais alegre então, mais limpida, mais sã;
Com certo ar virginal ostenta suas graças,
Ha vida, confusão, murmurios pelas praças;
– E, ás vezes, em roupão, uma violeta bella
Vem regar o craveiro e assoma na janella.

A Cidade é beata – e, ás lucidas estrellas,
O Vicio á noute sae ás ruas e ás viellas,
Sorrindo a perseguir burguezes e estrangeiros;
E á triste e dubia luz dos baços candieiros,
– Em bairos sepulchraes, onde se dão facadas –
Corre ás vezes o sangue e o vinho nas calçadas!

As mulheres são vãs; mas altas e morenas,
D’olhos cheios de luz, nervosas e serenas,
Ebrias de devoções, relendo as suas Horas;
– Outras fortes, crueis, os olhos côr d’amoras,

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O arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter; quanto mais velha ela fica, mais interesse ele tem por ela.

Hoje em dia é muito perigoso que um marido dê atenção à esposa em público. Isso faz sempre pensar que lhe bate quando estão sós.

Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como ‘este foi difícil’
‘prateou no ar dando rabanadas’
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

Quando a mulher se casa novamente, é porque odiava o primeiro marido. Quando o homem volta a se casar, é porque adorava a primeira esposa. As mulheres tentam a sorte; os homens põem em risco a sua.