Frases sobre Horas

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Frases de horas escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é o meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até à hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.

Quando eram crianças, tinham, certamente, ideias diferentes. Na adolescência, as vossas ideias mudavam a toda a hora, quando se tornaram jovens, as vossas ideias mudaram novamente, e quando envelhecerem, jamais poderão ter ideias iguais às da vossa juventude. A experiência altera tudo. É, simplesmente, impossível manter a mesma ideia ao logo de toda a vida, só um formidável idiota consegue fazê-lo. Se forem pessoas dotadas de um mínimo de inteligência, as vossas ideias mudarão ao longo da vida.

A solidão não é forçosamente negativa, pelo contrário, até me parece um privilégio. Talvez a minha solidão seja excessiva, mas eu detestei sempre as coisas mundanas. Estar com as pessoas apenas para gastar as horas é-me insuportável.

Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer.

Escuridão… Hora da colheita,
Pra quem semeou vento numa cama desfeita,
Na escuridão
Um corpo que se deita
na escuridão, na solidão..

Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.

Algum dia, em qualquer parte, em qualquer lugar, indefectivelmente, encontrar-te-ás a ti mesmo e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga das tuas horas.

Mas soada a hora de ação, o mineiro se agita, não teme surpresas e as suas arrancadas conservam a impetuosidade dos fenômenos sísmicos e ele desafia as intempéries, enfrenta o patíbulo, planta instituições, rasga os céus, inova a ciência, aprimora a arte, planta cidades, prega e faz revoluções.

Tanto do nosso tempo é preparação, tanto é rotina, e tanto é retrospecção, que o caminho do talento de cada homem usa para si muito poucas horas.

Cenários desabarem é coisa que acontece. Acordar, bonde, quadro horas no escritório ou na fábrica, almoço, bonde, quatro horas de trabalho, jantar, sono e segunda terça quarta quinta sexta e sábado no mesmo ritmo, um percurso que transcorre sem problemas a maior parte do tempo. Um belo dia, surge o “por quê” e tudo começa a entrar numa lassidão tingida de assombro. “Começa”, isto é o importante. A lassidão está ao final dos atos de uma vida maquinal, mas inaugura ao mesmo tempo um movimento da consciência. Ela o desperta e provoca sua continuação. A continuação é um retorno inconsciente aos grilhões, ou é o despertar definitivo. Depois do despertar vem, com o tempo, a conseqüência: suicídio ou restabelecimento.

A crítica, qualquer que seja sua pretensão, nunca faz mais que definir a impressão que é feita sobre ele num certo momento por um trabalho em que o escritor que anotou suas impressões do mundo que ele percebeu numa certa hora.

Sua existência foi tão completa e tão ligada à verdade que provavelmente na hora de entregar-se e findar, teria pensado, se tivesse o hábito de pensar: eu nunca fui.