Frases sobre Vez

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Frases de vez escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Aqueles que se queixam da fortuna, devem muitas vezes queixar-se apenas de si próprios.

Depois que vivo é que sei que vivi. Na hora o viver me escapa. Sou uma lembrança de mim mesma. Só depois de «morrer» é que vejo que vivi. Eu me escapo de mim mesma. Às vezes eu me apresso em acabar um episódio íntimo de vida, para poder captá-lo em recordações, e para, mais do que ter vivido, viver. Um viver que já foi. Deglutido por mim e fazendo agora parte do meu sangue.

As sensações fortes entontecem-me e fazem-me sofrer. A nossa vida neste velho Portugal, vida toda de resignação e sentimentalidade, vida estreita e mesquinha, sem horizontes nem ondas largas, convém mais a uma velhota de 27 anos que vive pela imaginação mais do que tu podes imaginar; na minha cadeira da Ilha, com um livro que me encanta sobre o regaço eu viajo, às vezes, mais do que os maiores vagabundos, pelo mundo fora.

Eu, no fundo, não invento nada. Sou apenas alguém que se limita a levantar uma pedra e a pôr à vista o que está por baixo. Não é minha culpa se de vez em quando me saem monstros.

Tomas repete para si mesmo o provérbio alemão: einmal ist keinmal, uma vez não conta, uma vez é nunca. Não poder viver mais do que uma vida é como não viver nunca.

Isto poderá parecer estranho, mas as artes têm entre si uma profunda alma tão unida que as feições caracterizadoras duma são, por vezes, intimamente comparáveis às feições caracterizadoras da outra: nada mais parecido com a música de Mozart do que a pintura de Rafael; nada mais parecido com a poesia de Dante que a escultura de Miguel Ângelo. E porque não? Todas as feições se parecem a exprimir o amor, a curiosidade, o terror: as artes são apenas as feições do belo ideal.

Antigamente eu defendia uma tese, a que regresso de vez em quando, que defende que o homem quando descobriu que era inteligente não aguentou o choque e enlouqueceu.

Uma vez descoberto, o ciúme passa a ser considerado por quem é objecto dele como uma desconfiança que autoriza a enganar.