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Soneto XXXXV

Ecos de minhas glórias, que ficastes
Nos vales, onde foram sepultadas,
Pois morreram sem tempo malogradas,
Porque com elas não vos sepultastes?

Se, como a brados de Leão, cuidastes
Que poderiam ser ressuscitadas,
São vozes essas no deserto dadas
Que a conjunção dos dias já passastes.

E se ficastes para me ajudardes
A renovar meu sentimento esquivo,
Não desacrediteis minhas memórias,

Que se c’os Ecos meus vos encontrardes,
Achareis, que servis mais para um vivo,
E que eles servem sós a mortas glórias.

Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo; a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará jamais.

Quem tem a sorte de nascer personagem vivo, pode rir até da morte. Não morre mais… Quem era Sancho Panza ? Quem era Dom Abbondio ? E, no entanto, vivem eternamente, pois – vivos embriões – tiveram a sorte de encontrar uma matriz fecunda, uma fantasia que soube criá-los e nutri-los, fazê-los viver para a eternidade!

Quando se ama alguém, ama-se, e quando não se tem nada mais para lhe dar, ainda se lhe dá amor.

Uma vida só se malbarata quando pára de evoluir. Para macular uma natureza, basta simplesmente corrigi-la.

Lamenta-se o homem que teve a desventura de casar com má mulher, mas aquele que pela segunda vez se expõe, não é digno de que o lastimem, porque terá apenas o que mereceu, se a última se assemelhar à primeira.

Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida

Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida? Ou que poderá o homem dar em troca da sua vida?