A riqueza não está na posse de tesouros, mas no uso que deles se faz.
Passagens sobre Tesouro
135 resultadosÀs vezes descartamos os velhos, mas eles são um tesouro precioso; descartá-los é injusto e é uma perda irreparável.
Acompanhar alguém na busca do essencial é bom e importante, porque nos faz partilhar a alegria de saborear o sentido da vida. Acontece muitas vezes encontrarmo-nos com pessoas que se fixam em aspetos superficiais, efémeros e banais; às vezes porque não encontraram alguém que as estimulasse a procurar outra coisa, a apreciar os verdadeiros tesouros.
Quem trilha o caminho da perfeição não acumula tesouros. Riqueza é para o sábio o que ele faz para os outros.
II
Leia a posteridade, ó pátrio Rio,
Em meus versos teu nome celebrado;
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio:Não vês nas tuas margens o sombrio,
Fresco assento de um álamo copado;
Não vês ninfa cantar, pastar o gado
Na tarde clara do calmoso estio.Turvo banhando as pálidas areias
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.Que de seus raios o planeta louro
Enriquecendo o influxo em tuas veias,
Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.
Os livros são o tesouro precioso do mundo e a digna herança das gerações e nações.
Soneto XXIIII
De ua esperança vã suspenso mouro,
Mas quando a fortes cabos mais me amarro,
Então vou através, então desgarro,
Como barca no Tejo, ou rio Douro.Ah’ quem fora um pastor que seu tesouro
Tem no leve cortiço e tosco tarro,
E de ledo e contente os pés de barro
Julga consigo por cabeça de ouro.Mas aquele que tem de ouro a cabeça
E pés que são de barro em cima sente,
Como não sintirá tanta desgraça.Viva ufano, porém viva contente:
Quebra o barro, por mais que se endureça,
O imortal ouro mil idades passa.
Desenvolva o interesse pela vida, como você a vê, as pessoas, coisas, literatura, música, o mundo é tão rico, simplesmente pulsando com seus tesouros, com as almas das pessoas bonitas e interessantes.
Não Pode Existir Amor Sem Verdadeira Troca
Não te lembras de ter encontrado na vida aquela que se considera um ídolo? Que havia ela de receber do amor? Tudo, até a tua alegria de a encontrares, se torna homenagem para ela. Mas, quanto mais a homenagem custa, mais vale: ela saborearia melhor o teu desespero.
Ela devora sem se alimentar. Ela apodera-se de ti para te queimar à sua honra. Ela é semelhante a um forno crematório. Ela, na sua avareza, enriquece-se de várias capturas, julgando encontrar a alegria nessa acumulação. E não acumula mais do que cinzas. Porque o verdadeiro uso dos teus dons era caminho de um para o outro, e não captura.
Ela verá penhores nos teus dons e abster-se-á de tos conceder em paga. Na falta de arrebatamentos que te satisfariam, a falsa reserva dela far-te-á ver que a comunhão dispensa sinais. É marca da impotência para amar, não elevação do amor. Se o escultor despreza a argila, terá de modelar o vento. Se o teu amor despreza os sinais do amor a pretexto de atingir a essência, o teu amor não passa de um palavreado. Não descuides as felicitações, nem os presentes, nem os testemunhos.Serias capaz de amar a propriedade,
O seu coração está, onde está o seu tesouro. E o seu tesouro precisa ser encontrado, para que tudo possa fazer sentido.
O infortúnio é um degrau para o génio, uma piscina para o cristão, um tesouro para o homem hábil e um abismo para o fraco.
Conduta e Poesia
Quando o tempo nos vai comendo com o seu relâmpago quotidiano decisivo, as atitudes fundadas, as confianças, a fé cega se precipitam e a elevação do poeta tende a cair como o mais triste nácar cuspido, perguntamo-nos se já chegou a hora de envilecermos. A hora dolorosa de ver como o homem se sustém a puro dente, a puras unhas, a puros interesses. E como entram na casa da poesia os dentes e as unhas e os ramos da feroz árvore do ódio. É o poder da idade, ou proventura, a inércia que faz retroceder as frutas no próprio bordo do coração, ou talvez o «artístico» se apodere do poeta e, em vez do canto salobro que as ondas profundas devem fazer saltar, vemos cada dia o miserável ser humano defendendo o seu miserável tesouro de pessoa preferida?
Aí, o tempo avança com cinza, com ar e com água! A pedra que o lodo e a angústia morderam floresce com prontidão com estrondo de mar, e a pequena rosa regressa ao seu delicado túmulo de corola.
O tempo lava e desenvolve, ordena e continua.
E que fica então das pequenas podridões, das pequenas conspirações do silêncio, dos pequenos frios sujos da hostilidade?
Jesus disse-nos: «Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.» (Mateus 6:21)
E eu pergunto: «Onde está o teu tesouro? Qual é para ti a realidade mais preciosa, a realidade que atrai o teu coração como um íman e na qual decidiste arriscar tudo?»
Uma mulher espirituosa é um tesouro; uma beleza espirituosa é um poder.
Deus disse: Eu era um tesouro que ninguém conhecia, e quis tornar-me conhecido. Então criei o homem.
A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.
É nas coisas mais simples e anônimas que se encontram os maiores tesouros da emoção.
O conhecimento é um tesouro, mas a prática é a chave para ele.
A Realidade Histórica é Equívoca e Inesgotável
O historiador pertence ao devir que descreve. Está situado após os acontecimentos, mas na mesma evolução. A ciência histórica é uma forma de consciência que uma comunidade toma de si mesma, um elemento da vida colectiva, como o conhecimento de si um aspecto da consciência pessoal, um dos factores do destino individual. Não é ela função simultaneamente da situação actual, que por definição muda com o tempo, e da vontade que anima o sábio, incapaz de se destacar de si mesmo e do seu objecto?
Mas, por outro lado, ao contrário, o historiador busca penetrar a consciência de outrem. É, em relação ao ser histórico, o outro. Psicólogo, estratega ou filósofo, observa sempre do exterior. Não pode nem pensar o seu herói, como este se pensa a si mesmo, nem ver a batalha como o general a viu ou viveu, nem compreender uma doutrina do mesmo modo que o criador.
Finalmente, quer se trate de interpretar um acto ou uma obra, devemos reconstuí-los conceptualmente. Ora nós temos sempre de escolher entre múltiplos sistemas, pois a ideia é ao mesmo tempo imanente e transcendente à vida: todos os monumentos existem por eles mesmos num universo espiritual, a lógica jurídica e económica é interna à realidade social e superior à consciência individual.
É infinitamente grande a capacidade latente em ti. Por isso, se te conformares com pequeno êxito e parares de progredir, deixarás de extrair o tesouro infinitamente valioso que possuis em teu interior.