Não se pode chamar realmente de língua ao idioma que não possui escritor.
Frases sobre Escritores
209 resultadosO personagem «leitor» é um personagem curioso, estranho. Ao mesmo tempo que inteiramente individual e com reacções próprias, é tão terrivelmente ligado ao escritor que na verdade ele, o leitor, é o escritor.
Um conselho aos jovens escritores? Sempre o mesmo conselho: aprendam a confiar no vosso próprio julgamento, aprendam a serem independentes por dentro, aprendam a confiar que o tempo vai separar o que é bom do que é mau – incluindo o vosso próprio mau.
(…) o que me importava? Eu era um jovem escritor e tudo o que eu queria era cair fora.
Muitos livros devem o seu sucesso à afinidade entre a mediocridade das ideias do escritor e as do público.
Sou a pessoa que mais se surpreende de escrever. E ainda não me habituei a que me chamem de escritora. Porque, fora das horas em que escrevo, não sei absolutamente escrever.
Os grandes escritores nunca foram feitos para se submeter à lei dos gramáticos, mas para imporem a sua.
Quando os escritores morrem, eles se transformam nos seus livros. O que, pensando bem, não deixa de ser uma forma interessante de reencarnação.
Só aos escritores fátuos interessa que leiam os seus livros; aos outros basta que os comprem.
Para mim, um escritor tem justificação para escrever um livro se estiver apaixonado pelo tema.
Nenhum escritor pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está usando experiências vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressentidas por uma espécie de sexto sentido.
Penso no acto de escrever. O real é uma retrospectiva: registar recolher nomear esquecer. A mão obedece é uma bobina de seis pontas quando escreve. Esse é o mundo natural do escritor.
O único conselho é este: escutar. Tornarmo-nos atentos a vozes que fomos encorajados a deixar de ouvir. Tornemos essas vozes visíveis. E mantenhamos viva essa capacidade que já tivemos na nossa infância de nos deslumbrarmos. Por coisas simples, que se localizam na margem dos grandes feitos. Um contínuo da escola, um servente que presta apoio às aulas laboratoriais, pode ser mais sugestivo do que o mais prestigiado académico. O que importa do ponto de vista do escritor é a capacidade que essa personagem tem de suscitar história e de nos revelar facetas da nossa própria humanidade.
O escritor é o olho, o ouvido e a voz de sua classe.
Se quiser ser escritor, escreva.
Nenhum escritor é bom a não ser que tenha sofrido.
O escritor é um ser que deve estar aberto a viajar por outras experiências, outras culturas, outras vidas. Deve estar disponível para se negar a si mesmo. Porque só assim ele viaja entre identidades. E é isso que um escritor é – um viajante de identidades, um contrabandista de almas. Não há escritor que não partilhe dessa condição: uma criatura de fronteira, alguém que vive junto à janela, essa janela que se abre para os territórios da interioridade.
É fácil que um escritor se não pareça com os outros. O que é difícil é que ele se pareça consigo.
Para o escritor que falhou o presente, o reconforto é a posteridade. E essa nunca falha porque nunca se sabe se falhou.
A posteridade conta sempre com a vantagem de desfrutar da obra dos escritores sem o incómodo de os aturar.