Passagens sobre Homens

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Eu quero que todas as mulheres – e todos os homens – se deixem influenciar pela parte mais profunda e psicótica deles próprios. Essa parte que estão constantemente e desesperadamente a tentar esconder. Eu quero que essa parte se torne algo que eles venham a adorar.

Um Homem Simples

Eu tenho sido um homem demasiado simples — é esta a minha honra e a minha vergonha. Acompanhei a farândola dos meus companheiros e invejei-lhes a brilhante plumagem, as satânicas atitudes, os aviões de papel e até as vacas, que talvez tenham algo que ver, de forma misteriosa, com a literatura. De qualquer maneira, parece-me que não nasci para condenar, mas para amar. Até mesmo os divisionistas que me atacam, os que se reúnem aos montes para me arrancar os olhos e que antes se nutriram com a minha poesia, merecem pelo menos o meu silêncio. Nunca tive medo de contágio penetrando na multidão dos meus próprios inimigos, porque os únicos que tenho são os inimigos do povo.

A derrubada da opressão foi sancionada pela humanidade, e é a maior aspiração de cada homem livre.

Falta de Estudo

Se um homem ama a honestidade e não ama o estudo, a sua falta será uma tendência para desperdiçar ou transtornar as coisas. Se um homem adora a simplicidade, mas não adora o estudo, a sua falta será puro prosseguimento na rotina. Se um homem aprecia a coragem, e não aprecia o estudo, a sua falta será turbulência ou violência. Se um homem elogia a decisão de carácter e não elogia o estudo, a sua falta será obstinação ou teimosa crença em si mesmo.

Não creio que a coisa melhor do homem seja ser normal, como não me parece ser a fruta melhor do mundo a normalidade que agora Portugal está importando, ou a CEE (enquanto existe CEE, claro) vai obrigar a importar.

O Verdadeiro Ócio

A verdadeira riqueza é apenas a riqueza interior da alma, tudo o resto traz mais problemas do que vantagens (Luciano). Alguém assim rico interiormente de nada precisa do mundo exterior a não ser um presente negativo, a saber, o ócio, para poder cultivar e desenvolver as suas capacidades espirituais e fruir a sua riqueza interior. Portanto, requer propriamente apenas a permissão para ser ele mesmo durante toda a sua vida, a cada dia e a cada hora. Se alguém estiver destinado a imprimir, em toda a raça humana, o traço do seu espírito, haverá para ele apenas uma felicidade e infelicidade, ou seja, a de poder aperfeiçoar as suas disposições e completar as suas obras – ou disso ser impedido. O resto é-lhe insignificante. Sendo assim, vemos os grandes espíritos de todos os tempos atribuírem o valor supremo ao ócio. Pois este vale tanto quanto o homem. A felicidade parece residir no ócio, diz Aristóteles, e Diógenes Laércio relata que Sócrates louva o ócio como a mais bela posse.
Também corresponde a isso o facto de Aristóteles declarar a vida filosófica como a mais feliz. De modo semelhante, diz na Política: “Poder exercer livremente as próprias aptidões, sejam elas quais forem,

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A minha alimentação não é a dos homens. Não tenho que matar cordeiros e cabras para saciar o meu apetite; as glandes e as bagas bastam-me.

O Compromisso Estraga o Escritor

Gosto mais dos homens que tomam um partido do que das literaturas que tomam partido. Coragem na vida e talento nas obras já não é nada mau. E, depois, o escritor só é comprometido quando quer. O seu mérito é o movimento. E se isso deve passar a ser uma lei, um ofício ou um terror, onde está então o mérito?
Parece que escrever hoje um poema sobre a Primavera é servir o capitalismo. Não sou poeta, mas fruiria sem rebuço uma semelhante obra se ela fosse bela. E se o homem tem necessidade de pão e de justiça, e se é preciso fazer o necessário para satisfazer essa necessidade, não se deve esquecer que ele precisa também de beleza pura, que é o pão do seu coração. O resto não é sério.
Sim, eu desejá-los-ia menos comprometidos nas suas obras e um pouco mais na sua vida de todos os dias.

Solidão

Imensas noites de Inverno,
com frias montanhas mudas,
é o mar negro, mais eterno,
mais terrível, mais profundo.

(…)

A noite fecha seus lábios
– terra e céu – guardado nome.
E os seus longos sonhos sábios
geram a vida dos homens.

Geram os olhos incertos,
por onde descem os rios
que andam nos campos abertos
da claridade do dia.

Grandeza do Homem

Somos a grande ilha do silêncio de deus
Chovam as estações soprem os ventos
jamais hão-de passar das margens
Caia mesmo uma bota cardada
no grande reduto de deus e não conseguirá
desvanecer a primitiva pegada
É esta a grande humildade a pequena
e pobre grandeza do homem

Não há homem algum que não possa ser elogiado; às vezes os assassinos têm pontaria excelente; e não existe homem algum que não possa ser censurado; houve santos que não tomavam banho.

Eleição

Sou eu e ela, aqui no bairro. Sós,
Quando o luar me acorda e lhe prateia o lombo,
Cantamos nós,
Eu um poema agudo, e ela um rombo.

Rã, como a gerou a natureza,
Homem, porque eu assim o quis,
Somos os dois poetas da tristeza
Que há na gente infeliz.

Não era terra que a poesia olhasse
O lodo de que é feita e de que sou;
Mas a semente nasce
Onde o vento a deixou…

Um Homem e uma Mulher entre Quatro Paredes

Assim que um homem e uma mulher de quase qualquer idade estão juntos sozinhos, dentro de quatro paredes, assume-se que então qualquer coisa pode acontecer. Combustão espontânea, fornicação imediata, triunfo dos sentidos. Que possibilidades os homens e as mulheres têm que ver um no outro para inferir tais perigos. Ou, acreditando nos perigos, com que frequência eles precisam de pensar sobre as possibilidades.

Antes do homem, não havia nada. Depois do homem, se por acaso acabasse, nada haveria. Fora do homem não há nada.