Passagens sobre Deus

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A Flauta Calma de Pã

De Apolo o carro rodou pra fora
Da vista. A poeira que levantara
Ficou enchendo de leve névoa
O horizonte;

A flauta calma de Pã, descendo
Seu tom agudo no ar pausado,
Deu mais tristezas ao moribundo
Dia suave.

Cálida e loura, núbil e triste,
Tu, mondadeira dos prados quentes,
Ficas ouvindo, com os teus passos
Mais arrastados,

A flauta antiga do deus durando
Com o ar que cresce pra vento leve,
E sei que pensas na deusa clara
Nada dos mares,

E que vão ondas lá muito adentro
Do que o teu seio sente cansado
Enquanto a flauta sorrindo chora
Palidamente.

Homem! Deus outorgou-te o entendimento para bem procederes e não para penetrares a essência das cousas por ele criadas

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui…
A que distância!…
(Nem o acho… )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,

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Aquele que é incapaz de crer que ele próprio é filho de Deus, também não será capaz de crer que os outros são filhos de Deus. Aquele que prega sermões, dizendo: ‘Pecador, acabarás no inferno!’, acabará ele próprio no inferno.

Confiança Audaz

Há um momento na aprendizagem de cada homem em que este chega à convicção de que a inveja é ignorância; que a imitação é suicídio; que ele tem que se tomar a ele próprio tanto para melhor, tanto para pior, como a sua parcela; que embora o universo esteja cheio de coisas boas, nenhuma semente de milho nutritiva chegará a ele senão através da labuta que ele ofereça nesse lote de terreno que lhe foi dado para cultivar. O poder que reside nele é novo na natureza, e nenhum outro senão ele sabe o que é que pode fazer, e não o saberá até que o tente. Não é por nada que uma cara, um carácter, um facto, causa muito impressão nele, e outros não têm qualquer efeito. Esta escultura na memória não existe sem uma harmonia pré-estabelecida. O olho foi colocado onde um raio deve cair, de forma a testemunhar esse raio em particular. Nós apenas nos exprimimos pela metade, e temos vergonha da ideia divina que cada um de nós representa. Podemos ser de confiança e de motivações boas e proporcionais, e darmo-nos fielmente, mas Deus não terá o seu trabalho mais manifesto feito por cobardes. Um homem está seguro e tranquilo quando coloca todo o coração no seu trabalho ou outra actividade e faz o seu melhor de acordo consigo próprio;

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LX

Valha-te Deus, cansada fantasia!
Que mais queres de mim? que mais pretendes?
Se quando na esperança mais te acendes,
Se desengana mais tua porfia!

Vagando regiões de dia em dia,
Novas conquistas, e troféus empreendes:
Ah que conheces mal, que mal entendes,
Onde chega do fado a tirania!

Trata de acomodar-te ao movimento
Dessa roda volúvel, e descansa
Sobre tão fatigado pensamento.

E se inda crês no rosto da esperança,
Examina por dentro o fingimento;
E verás tempestade o que é bonança.

A presença de Deus no seio da humanidade não se realizou num mundo ideal, idílico, mas neste mundo real, marcado por tantas coisas boas e más, marcado por divisões, malvadezes, pobreza, prepotências e guerras. Ele optou por habitar a nossa história como ela é, com todo o peso dos seus limites e dos seus dramas, das nossas dificuldades, dos nossos pecados.

O mistério da Encarnação é talvez maior ainda do que o da Ressurreição. Porque um Deus que se faz menino e depois rapaz e depois homem, quando morre não pode senão ressuscitar.

Também a encarnação, o assumir por parte de Deus de um corpo humano, quis significar que o próprio Deus não podia ser amor sem se tornar rosto. Assim, alguns homens O viram, tocaram com as mãos nas feições de Jesus de Nazaré. O amor pede, reclama um rosto, e quem quer que conheça as Escrituras sabe que quem procura Deus procura um rosto.

Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova; não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo de que o nosso coração se comova! Precisamos de que o nosso coração se comova. Deixemo-lo aquecer pela ternura de Deus; precisamos das Suas carícias. As carícias de Deus dão-nos paz e força.

Nossa Senhora nunca se afastou do amor: toda a sua vida, todo o seu ser é um «sim» àquele amor, é um «sim» a Deus. Mas não foi fácil para Ela, certamente! Quando o Anjo Lhe chama «cheia de graça», Ela permanece «muito conturbada», porque na Sua humildade sente-Se um nada diante de Deus.

O Natal é o encontro com Deus que nasce na pobreza da gruta de Belém para ensinar o poder da humildade. Com efeito, o Natal é também a festa da luz que não é aceite pela gente «eleita», mas pela gente pobre e simples que esperava do Senhor a salvação.

A Virgem é quem, mais do que ninguém, contemplou Deus no rosto humano de Jesus. Ajudada por S. José, envolveu-O em panos e aconchegou-O na manjedoura.

Deus escolheu nascer e crescer numa família humana, não numa grande cidade, mas numa periferia quase invisível, até, aliás, mal-afamada. Os próprios Evangelhos o recordam, quase como uma maneira de dizer: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» (João 1:46).

O próprio Deus criou a sexualidade, que é um presente maravilhoso para as suas criaturas. Quando se cultiva e se evita o seu descontrolo, é para impedir que se verifique o empobrecimento de um valor autêntico.

O Presépio e a árvore de Natal são sinais natalícios sempre sugestivos e queridos para as nossas famílias cristãs: lembram-nos o mistério da Encarnação, o Filho unigénito de Deus feito homem para nos salvar e a luz que Jesus trouxe ao mundo com o Seu nascimento. Mas o Presépio e a árvore tocam o coração de toda a gente, mesmo daqueles que não acreditam, porque falam de fraternidade, de intimidade e de amizade.