Parar é morrer e isto é aplicável hoje. O pior de tudo é parar, quer dizer, não se fazerem coisas, não se fazer nada, ficar com medo, retrair-se, etc. Esta ideia do povo, diante da crise, correr a tirar o dinheiro dos bancos, com medo de o perder, agrava terrivelmente a situação. É um erro parar, não continuar a despertar as coisas.
Passagens sobre Dinheiro
634 resultadosO dinheiro chama dinheiro.
Tempo é dinheiro. Vamos, então, fazer a experiência de pagar as nossas dívidas com o tempo.
O dinheiro, sozinho, governa todas as coisas.
Dinheiro emprestado, parte rindo e volta chorando.
Comprar barato é perder dinheiro.
Há poucas maneiras em que um homem possa ser mais inocentemente ocupado do que a arranjar dinheiro.
O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.
O Amargo Destino do Sonho
Aí residia a sua força e a sua virtude, aí era invergável e incorruptível, aí o seu carácter era firme e rectilíneo. No entanto, esta virtude trazia estreitamente ligados a si também o seu sofrimento e o seu destino.
Acontecia-lhe o que a todos acontece: aquilo que por impulso da sua mais íntima natureza demandava e em que se empenhava com a maior pertinácia, era-lhe concedido, mas ultrapassando aquilo que ao homem é benéfico. O que começava por ser sonho e felicidade, redundava em amargo destino. O homem do poder destói-se pelo poder, o homem do dinheiro, pelo dinheiro, o subserviente pelo servir, o sequioso de prazer pela luxúria.
Disseram que o amor pelo dinheiro é a raiz de todos os males. O mesmo se pode dizer da falta de dinheiro.
O Que Mais Contribui para a Felicidade
Já reconhecemos em geral que aquilo que somos contribui muito mais para a felicidade do que aquilo que temos ou representamos. Importa saber o que alguém é e, por conseguinte, o que tem em si mesmo, pois a sua individualidade acompanha-o sempre e por toda a parte, e tinge cada uma das suas vivências. Em todas as coisas e ocasiões, o indivíduo frui, em primeiro lugar, apenas a si mesmo. Isso já vale para os deleites físicos e muito mais para os intelectuais. Por isso, a expressão inglesa to enjoy one’s self é bastante acertada; com ela, dizemos, por exemplo, he enjoys himself at Paris, portanto, não «ele frui Paris», mas «ele frui a si em Paris». Entretanto, se a individualidade é de má qualidade, então todos os deleites são como vinhos deliciosos numa boca impregnada de fel.
Assim, tanto no bem quanto no mal, tirante os casos graves de infelicidade, importa menos saber o que ocorre e sucede a alguém na vida, do que a maneira como ele o sente, portanto, o tipo e o grau da sua susceptibilidade sob todos os aspectos. O que alguém é e tem em si mesmo, ou seja, a personalidade e o seu valor,
Aquele que dá o seu dinheiro dá alguma coisa, aquele que dá o seu tempo dá mais, e aquele que se dá a si próprio dá tudo.
O Pregador de Verdades
Ontem o pregador de verdades dele
Falou outra vez comigo.
Falou do sofrimento das classes que trabalham
(Não do das pessoas que sofrem, que é afinal quem sofre).
Falou da injustiça de uns terem dinheiro,
E de outros terem fome, que não sei se é fome de comer.
Ou se é só fome da sobremesa alheia.
Falou de tudo quanto pudesse fazê-lo zangar-se.
A Verdadeira Divisão Humana
Sois vós um daqueles a quem se chama feliz? Pois bem, vós estais tristes todos os dias. Cada dia tem uma grande amargura e um pequeno cuidado. Ontem tremíeis pela saúde de alguém que vos é caro, hoje receais pela vossa; amanhã será uma inquiteação de dinheiro, depois a diatribe de um caluniador ou a infelicidade de um amigo, mais tarde o mau tempo que faz, qualquer coisa que se quebrou ou se perdeu, uma vez um prazer que a vossa consciência e a coluna vertebral reprovam, outra vez a marcha dos negócios públicos. Isto sem contar as penas de coração. E assim sucessivamente. Uma nuvem que se dissipa e outra que se forma logo. Apenas um dia em cem de plena felicidade e cheio de sol. E sois desse pequeno número que é feliz! Quanto aos outros homens, envolve-os a noite estagnante.
Os espíritos reflectidos usam pouco desta locução: os felizes e os infelizes. Neste mundo, evidentemente vestíbulo de outro, não há felizes.
A verdadeira divisão humana é esta: os iluminados e os tenebrosos.
Diminuir o número dos tenebrosos e aumentar o dos iluminados, eis o fim. É por isso que nós gritamos: ensino, ciência! Aprender a ler,
Mil Escudos
podia jurar que já tive esta nota na
mão gostava mais das de cem (Bocage
sempre era poeta) um de nós nunca
esquecia bigodes e cicatrizes sobreo seu carão moreno assinando o curto
nome pelo banco de Portugal nomeando
nosso Bocage governador por uns dias.a nota de mil amanhã será como a
tangerina (há tanto tempo na terrina
caiu na classe dos frutos secos).vem aí outro dinheiro (aposto: vai
ser azul) guardo esta nota antiga na
caixa da ilusão esta nota é um país
em vias de extinção
Meça a sua riqueza por aquilo que tiver restado depois de ter perdido todo o seu dinheiro.
Um Eu malformado terá grandes probabilidades de ser imaturo, ainda que seja um gigante na ciência; sem brilho, ainda que seja socialmente aplaudido; de viver de migalhas de prazer, ainda que tenha dinheiro para comprar o que bem desejar; rígido, ainda que tenha grande potencial criativo.
Obra feita, dinheiro à unha.
Entretanto, por mais que se matassem de trabalho, por mais dinheiro que surrupiassem e por mais truques que imaginassem, os seus anjos da guarda dormiam de cansaço enquanto eles punham e tiravam moedas tentando apenas que desse para viver.
Tudo o que nos é útil pode ser obtido por pouco dinheiro. Só o supérfluo é caro.