Frases sobre Superfície

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Frases de superfície escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Os escritores superficiais, como as toupeiras, julgam frequentemente serem profundos, quando estão, no entanto, demasiadamente perto da superfície.

Só se acha perfeito quem nunca se arriscou a sair da superfície. Temos a possibilidade de ficar na superfície ou de entrar em camadas mais profundas da nossa mente. É uma escolha fascinante.

Todos os homens das profundezas põem a sua felicidade em se poderem parecer com os peixes voadores que brincam no alto da crista das vagas; consideram que a superfície é a melhor das coisas: o que elas têm à flor da pele.

Temos a possibilidade de ficar à superfície ou de penetrar as camadas mais profundas da nossa mente. Dedico este livro a todos os que se arriscam a deixar a superfície e procuram conhecer os mecanismos de formação do Eu saudável e inteligente. Sem conhecer e desenvolver tais mecanismos, temos grandes possibilidades de sermos imaturos, ainda que portadores de indubitável cultura; miseráveis, ainda que tenhamos grandes somas de dinheiro; frágeis, ainda que investidos de poder.

Elísio, n. País imaginário e encantador que os antigos acreditavam, disparatadamente, ser a morada dos espíritos das pessoas boas. Esta fábula ridícula e perniciosa foi varrida da superfície da Terra pelos Cristãos primitivos — que as suas almas sejam felizes no Paraíso!

A fama é como um rio, que mantém à superfície as coisas leves e infladas, e arrasta para o fundo as coisas pesadas e sólidas.

Do mesmo modo que a onda não pode existir para si mesma, mas como parte da superfície elevada do oceano, assim eu nunca devo viver minha vida apenas para si mesma, mas sempre interagindo com o que ocorre ao redor de mim.

Só depois de haver conhecido a superfície das coisas é que se pode proceder à busca daquilo que está embaixo. Mas a superfície das coisas é inexaurível… [Retirado do livro Palomar]

O homem é feito de água. Seria uma estátua incolor e transparente, quase invisível, se não fosse a armação de pedra em que se firma e as várias imagens misteriosas reflectidas na sua superfície.

Uma história triste agrada sempre. No seu sentido mais profundo, a vida é bela e alegre. Todos nós tivemos já a experiência disso milhares de vezes. Provas sobre provas de que não há primavera sem flores, nem outono sem frutos. Mas, apegados como estamos à aparência de tudo, esquecemos a voz do profundo, e ouvimos deliciados o som da superfície. Temos o vício da tristeza.

O nosso eu é edificado pela superposição de estados sucessivos. Mas essa superposição não é imutável, como a estratificação de uma montanha. Levantamentos contínuos fazem aflorar à superfície camadas antigas.

Eu confio nas pontas de sensibilidade que me crescem da aura, meu contorno. São elas que tocam na superfície dos materiais e a transmitem ao meu modo, fazendo-o quase infinito de tão grande. Um, uma, unidade compacta, o mundo feito de mim e vice-versa.

Os homens graves e melancólicos ficam mais leves graças ao que torna os outros pesados, o ódio e o amor, e assim surgem de vez em quando à sua superfície.

O apelo de Jesus impele cada um de nós a não ficar parado na superfície das coisas, sobretudo quando estamos perante uma pessoa.

Somos chamados a olhar mais além, a visar o coração para ver de quanta generosidade cada um é capaz.

Lisboa é a nitidez através do ar. Lisboa é a cor manchada dos muros. Lisboa é o musgo novo a nascer sobre o musgo seco. Lisboa é o desenho de fendas, como relâmpagos, a escorrerem pela superfície dos muros. Lisboa é a imperfeição criteriosa. Lisboa é o céu reflectido.

Uma alma que se sabe amada, mas que por sua vez não ama, denuncia o seu fundo: – vem á superfície o que nela há de mais baixo.