Frases sobre Velhos

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Frases de velhos escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

A pena está para o pensamento como a bengala está para o andar. Da mesma maneira que se caminha com mais leveza sem bengala, o pensamento mais pleno se dá sem a pena. Apenas quando uma pessoa começa a ficar velha ela gosta de usar bengala e pena.

Diante da imponente erudição de tais sabições, às vezes digo para mim mesmo: ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para poder ter lido tanto! Até mesmo quando se relata, a respeito de Plínio, o Velho, que ele lia sem parar ou mandava que lesse para ele, seja à mesa, em viagens ou no banheiro, sinto a necessidade de me perguntar se o homem tinha tanta falta de pensamentos próprios que era preciso um afluxo contínuo de pensamentos alheios, como é preciso dar a quem sofre de tuberculose um caldo para manter sua vida.

O tempo, o tempo é versátil, o tempo faz diabruras, o tempo brincava comigo, o tempo se espreguiçava provocadoramente, era um tempo só de esperas, me guardando na casa velha por dias inteiros; era um tempo também de sobressaltos, me embaralhando ruídos, confundindo minhas antenas, me levando a ouvir claramente acenos imaginários, me despertando com a gravidade de um julgamento mais áspero.

Esta velha humanidade, tudo quanto seja acreditar que dois e dois são quatro, quatro e quatro, oito, e oito e oito, dezasseis, muito bem e sem nenhuma prova; agora quando lhe dizem que há gente que morre pela sua verdade, é preciso mostrar-lhe Sócrates a beber a cicuta, Catão com a espada enterrada no ventre, Cristo pregado na cruz, — e nem assim.

Nós devemos fazer tudo a fim de assegurar que eles nunca mais retornem. O velho morrerá e o jovem esquecerá.

As s crucificam a alma do homem, atenuam nossos corpos, enxuga-os, degenera-os murcha-os como velhas maçãs, torna-os similares a tantas anatomias.

Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.

Os homens assemelham-se a relógios a que se dá corda e trabalham sem saber a razão. E sempre que um homem vem a este mundo, o relógio da vida humana recebe corda novamente, para repetir, mais uma vez, o velho e gasto refrão da eterna caixa de música, frase por frase, com variações imperceptíveis.

Os novos amigos que criamos, depois de certa idade, e pelos quais procuramos substituir aqueles que perdemos, estão para os nossos velhos amigos, como os olhos de vidro, os dentes postiços e as pernas de pau estão para os verdadeiros olhos, para os dentes naturais e para as pernas de carne e osso.

Nunca admiro o ato ou o fato, mas apenas o espírito humano. O ato, o fato, são vestimentas e a história não é mais do que o velho guarda-roupa do espírito humano.

Escuta, a voz proletária, crê no homem que chega, crê no futuro que nunca verás… Acima de tudo terás uma rubra vingança, juro pela exata dimensão dos meus ideais, teus netos viverão a aurora, morre em paz, velha lutadora.

Os velhos já foram loucos, já foram rebeldes, já foram gente. E continuam a sê-lo, a malta é que os vê como plantas caídas. Se te permitires escutá-los e lhes deres tempo de antena na emissão da tua vida, não te arrependerás.

Se tu soubesses, quando deixamos de ter os nossos velhos, até que ponto lamentamos não lhes havermos dado mais do nosso tempo.