Interrogativas

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Interrogativas para ler e compartilhar. Conheça estes e outros temas em Poetris.

O que é para um homem a vergonha abstracta de um país quando comparada com a sua vergonha pessoal, as dores silenciosas da sua humilhação? No grande plano da História, o sofrimento é sobrevalorizado pelo colectivo e diluído na multidão. No plano fechado do indivíduo, as angústias têm de ser digeridas a frio, na solidão, sem que ninguém nos possa valer.

Ele não queria acreditar? Ela perguntou. Carl nunca quis acreditar! Ela respondeu ferozmente. Ele quis saber!

Caso castigue a si mesmo como ignorante, em que se baseia essa acusação? Admitindo que tenha sido insensato, será que nunca foi sensato? Nunca foi inteligente? Então essa autocrítica é basicamente auto-mutilação.

Quando a dor ataca, frequentemente fazemos perguntas erradas, como: Por que eu? As perguntas corretas são: O que posso aprender com isso? O que posso fazer a respeito disso? O que posso realizar apesar disso?

Passo o tempo todo pensando ? não raciocinando, não meditando ? mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o quê, mas aprendendo.

Sabemos que VOCÊ, aí de cima, não tem mais como evitar o nascimento e a morte. Mas não pode, pelo menos, melhorar um pouco o intervalo?

Chama-se conversa se a outra pessoa está silenciosa e, para ajudar a parecer uma conversa, a outra tenta substituí-la e por isso imitá-la e por isso parodiá-la e assim parodiar-se a si próprio?

Sei que as coisas são complicadas. Mas ao mesmo tempo simples. Elas se complicam à medida que se tem medo da simplicidade ? porque essa simplicidade deseja o fato em si, a verdade.

Que País é esse onde o preconceito está guardado em cada peito? Que País é esse onde as pessoas não podem ser iguais, devido a suas classes sociais ?

De forma que gastar tempo é hoje o único fim da minha existência deserta. Se viajo, se escrevo – se vivo, numa palvra, creia-me: é só para consumir instantes. Mas dentro em pouco – já o pressinto – isto mesmo me saciará. E que fazer então? Não sei… não sei… Ah! que amargura infinita…

À medida que nos elevamos na escala dos seres, a capacidade nervosa aumenta, ou seja, a capacidade de sofrer. Sofrer e pensar seriam então a mesma coisa ?

Somos movidos por impulsos que ignoramos da natureza: o ódio, o amor, a paixão, a bondade. Pode-se quase perguntar se somos dependentes porque ninguém nasceu por vontade própria. Seremos verdadeiramente responsáveis pelos nossos actos? Temos a justiça que nos torna responsáveis e a evolução que o homem tem engendrado, mas não somos independentes. Somos dependentes das circunstâncias (…). Tornamo-nos responsáveis perante a lei e pela justiça, mas na verdade somos um joguete do destino.

O apreço exterior pela arte é a sobrecasaca da inteligência. Quem se quererá apresentar diante dos seus amigos com uma inteligência nua?