Passagens sobre Poder

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O ódio tem o poder de destruir na proporção que o amor tem de construir. Seja um construtor, aumente seu patrimônio: Ame!

Encarei a chefia, não só como um eixo à roda do qual revolvia a vida comunitária mas como a chave para posições de influência, poder e estatuto.

A sociedade civil está menos participativa, e, portanto, menos capaz de defender as suas posições e interesses perante o poder, mais incapaz de fiscalizar o poder.

Eles me criticaram por cantar ‘Poder para o Povo’, dizendo que nenhuma facção pode deter o poder. Bobagem. O povo não é uma facção. Povo significa todas as pessoas.

É bom tornar-se conhecido por agradar aos outros. Especialmente se são seus subalternos. É útil aos líderes obter as boas graças de todos. A única vantagem do poder: poder fazer o bem mais do que qualquer outro.

Memória Consentida

Neste lugar sem tempo nem memória,
nesta luz absoluta ou absurda,
ou só escuridão total, relances há
em que creio, ou se me afigura,
ter tido, alguma vez, passado

com biografia, onde se misturam
datas, nomes, caras, paisagens
que, de tão rápidas, me deixam
apenas a lembrança agoniada
de não mais poder lembrá-las.

Sobra, por vezes, um estilhaço
ou fragmento, como o latido
de um cão na tarde dolente
e comprida de uma remota infância.
Ou o indistinto murmúrio de vozes

junto de um rio que, como as vozes,
não existe já quando para ele
volvo, surpreso, o olhar cansado.
Insidiosas, rangem tábuas no soalho,
ou é o sussurro brando do vento

no zinco ondulado, na fronde umbrosa
dos eucaliptos de perfil no horizonte,
com o mar ao fundo. Que soalho,
de que casa, que vento em que paragens,
onde o mar ao longe que, entrevistos,

os não vejo já ou, sequer, recordo
na brevidade do instante cruel?
De que sonho, ou vida, ou espaço de outrem
provêm tais sombras melancólicas,

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A boa e má opinião está na mão de um grande, porque tudo pode. Pode o mal, porque com o poder o executa; pode o bem, porque com a grandeza tudo se obra.

A Realidade Histórica é Equívoca e Inesgotável

O historiador pertence ao devir que descreve. Está situado após os acontecimentos, mas na mesma evolução. A ciência histórica é uma forma de consciência que uma comunidade toma de si mesma, um elemento da vida colectiva, como o conhecimento de si um aspecto da consciência pessoal, um dos factores do destino individual. Não é ela função simultaneamente da situação actual, que por definição muda com o tempo, e da vontade que anima o sábio, incapaz de se destacar de si mesmo e do seu objecto?
Mas, por outro lado, ao contrário, o historiador busca penetrar a consciência de outrem. É, em relação ao ser histórico, o outro. Psicólogo, estratega ou filósofo, observa sempre do exterior. Não pode nem pensar o seu herói, como este se pensa a si mesmo, nem ver a batalha como o general a viu ou viveu, nem compreender uma doutrina do mesmo modo que o criador.
Finalmente, quer se trate de interpretar um acto ou uma obra, devemos reconstuí-los conceptualmente. Ora nós temos sempre de escolher entre múltiplos sistemas, pois a ideia é ao mesmo tempo imanente e transcendente à vida: todos os monumentos existem por eles mesmos num universo espiritual, a lógica jurídica e económica é interna à realidade social e superior à consciência individual.

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Estamos Todos Ligados

Estamos todos ligados. Seja em que dimensão for, somos todos responsáveis uns pelos outros e essa é a primeira premissa para se descobrir a divindade que há em nós. Temos todos o mesmo dever, ser felizes e inspirar através dessa felicidade. Temos todos a mesma capacidade, mudar. Temos todos o mesmo poder, amar. E todas as nossas ações, independentemente da energia com que são feitas, vão gerar tomadas de consciência, vão semear a mudança e vão seguramente brotar de muitos corações autênticas centelhas de compaixão e amor. Nada do que possamos fazer é indiferente e tudo o que temos feito até hoje, queiramos ou não, tem tido um enorme impacto em nós, naqueles que nos rodeiam e no todo onde todos habitamos. Sejamos responsáveis. Sejamos divinos.

Lucidez Orgulhosa

Os teólogos há muito o notaram: a esperança é o fruto da paciência. Deveríamos acrescentar: e da modéstia. O orgulhoso não tem tempo de esperar… Sem querer nem poder estar à espera, força os acontecimentos, como força a sua natureza; amargo, corrompido, quando esgota as suas revoltas, abdica: para ele, não há qualquer forma intermédia. É inegável que é lúcido; mas não esqueçamos que a lucidez é própria daqueles que, por incapacidade de amar, se dessolidarizam tanto dos outros como de si próprios.

Amigos, amigos verdadeiros, têm muito mais a ver com o fato de que temos um coração quente, não o dinheiro ou poder.

Abster-se e Suportar

Limitar os nossos desejos, refrear a nossa cobiça, domar a nossa cólera, tendo sempre em mente que só podemos alcançar uma parte infinitamente pequena das coisas desejáveis, enquanto males múltiplos nos vão ferindo; em suma: abster-se e suportar (Epticteto), é uma regra que, caso não seja observada, nem riqueza nem poder podem impedir que nos sintamos miseráveis. A esse propósito, diz Horácio, nas Epístolas:

Em todos os teus actos, lê e pergunta aos doutos
Procurando assim conduzir serenamente a tua vida;
Que não sejas atormentado pela cobiça sempre insaciável,
Nem pelo temor e pela esperança de bens de pouca utilidade.

O Leão e o Porco

O rei dos animais, o rugidor leão,
Com o porco engraçou, não sei por que razão.
Quis empregá-lo bem para tirar-lhe a sorna
(A quem torpe nasceu nenhum enfeite adorna):
Deu-lhe alta dignidade, e rendas competentes,
Poder de despachar os brutos pretendentes,
De reprimir os maus, fazer aos bons justiça,
E assim cuidou vencer-lhe a natural preguiça;
Mas em vão, porque o porco é bom só para assar,
E a sua ocupação dormir, comer, fossar.
Notando-lhe a ignorância, o desmazelo, a incúria,
Soltavam contra ele injúria sobre injúria
Os outros animais, dizendo-lhe com ira:
«Ora o que o berço dá, somente a cova o tira!»
E ele, apenas grunhindo a vilipêndios tais,
Ficava muito enxuto. Atenção nisto, ó pais!
Dos filhos para o génio olhai com madureza;
Não há poder algum que mude a natureza:
Um porco há-de ser porco, inda que o rei dos bichos
O faça cortesão pelos seus vãos caprichos.

Um Autêntico Sonho de Amor

Orgulho, vaidade, despeito, rancor, tudo passa, se verdadeiramente o homem tem dentro de si um autêntico sonho de amor. Essas pequenas misérias são fatais apenas no começo, na puberdade, quando se olha uma janela e se desflora quem está lá dentro. Depois, não. Depois, sofre-se é pelo homem, é pela estupidez colectiva, é por não se poder continuar alegremente num mundo povoado, e se desejar um deserto de asceta. O ascetismo é a desumanização, é o adeus à vida, e é duro ser uma espécie de fantasma da cultura cercado de areias.

As Fraquezas dos Sistemas Partidários

Com os que se intitulam democracias parlamentares ou partidárias, quem quer, examinando o funcionamento efectivo das instituições, podo constituir três grupos. O primeiro é daqueles muito raros Estados em que os partidos pouco numerosos permitem a formação de maiorias homogéneas, que se sucedem no poder, sem impedir de agir, quando na oposição, o governo quo governa. O segundo é o daqueles em que a vida partidária é tão intensa e intolerante que as mutações governamentais se fazem frequentemente por meio de revoluções ou golpes de Estado, no fundo a negação do mesmo princípio em que pretendem apoiar-se. Há um terceiro grupo em que a parcelação partidária e a exigência constitucional da maioria parlamentar se conjugam para ter em permanente risco os ministérios, precipitar as demissões, alongar as crises, paralisar os governos, condenados à inacção e às fórmulas de compromisso que nem sempre serão as mais convenientes ao interesse nacional. Assim, uns esperam as eleições; outros, a revolução; os últimos, as crises, como possibilidades de governo.