Passagens sobre Simples

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O que nos força a mentir é o sentimento da impossibilidade de os outros compreenderem inteiramente a nossa acção. Mesmo a mentira mais complicada é mais simples que a verdade.

Trazer a Paixão de Volta

Se te encontras numa relação, e parto do princípio que se lá estás é porque ainda a queres, a única via para trazeres a paixão de volta ao seio do vosso quotidiano passa por rompê-lo. Sim, acabar com os hábitos, com as rotinas doentias e enfadonhas e com tudo aquilo que está, deem conta ou não, a acabar convosco e a consumir-vos lentamente. Daqui a pouco, se é que já não se encontram nesse estado, já nem podem olhar um para o outro, ouvir-se, cheirar-se e muito menos tocar-se e, por incrível que pareça, nada disto significa que o amor tenha desaparecido. O que se escafedeu foi mesmo a paixão, a ponte que passa por cima de todas as diferenças, conflitos e afins. Uma noite de sexo ou uma conchinha ao dormir, por exemplo, conseguem salvar a turbulência de uma semana inteira. É a magia dos sentidos.

Portanto, e retomando a nossa conversa, se queres despertar novamente o fogo entre ti e a pessoa com quem estás, não esperes mais pelo trágico e anunciado fim nem por uma eventual iniciativa que o outro possa tomar, agarra tu nas rédeas da tua vida e convida a pessoa para um jantar ou um outro programa qualquer num lugar diferente,

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O Ciclo do Progresso

Da sociedade e do luxo que ela engendra, nascem as artes liberais e mecânicas, o comércio, as letras, e todas essas inutilidades que fazem florescer a indústria, enriquecem e perdem os Estados. A razão desse deperecimento é muito simples. É fácil ver que, pela sua natureza, a agricultura deve ser a menos lucrativa de todas as artes, porque, sendo o seu produto de uso mais indispensável para todos os homens, o preço deve estar proporcionado às faculdades dos mais pobres. Do mesmo princípio pode-se tirar a regra de que, em geral, as artes são lucrativas na razão inversa da sua utilidade, e de que as mais necessárias, finalmente, devem tornar-se as mais negligenciadas. Por ai se vê o que se deve pensar das verdadeiras vantagens da indústria e do efeito real que resulta dos seus progressos. Tais são as causas sensíveis de todas as misérias em que a opulência precipita, finalmente, as nações mais admiradas.
À medida que a indústria e as artes se estendem e florescem, o cultivador desprezado, carregado de impostos necessários à manutenção do luxo, e condenado a passar a vida entre o trabalho e a fome, abandona o campo para ir procurar na cidade o pão que devia levar para lá.

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Eu Digo do Amor não Mais que a Sombra

Eu digo do amor não mais que a sombra.
Agora o quarto oferece toda a inclinação da luz
aos dedos que tremem só de aflorar
o que da carne é já incorruptível saber
e crispação sem causa natural.
São nossas inimigas as cortinas
amplas do verão, os fumos e vapores
que esta terra nos devolve, a fria
repercussão do espírito que treme
sobre um tão ausente e despossuído mundo.
Disse-te que voltasses devagar os teus olhos
para o mecanismo simples da erosão.
Eu parti há muito e neste quarto
apenas aguardo o relâmpago surdo do teu corpo,
a contenção muda e não menos esplendorosa
da carne recordada e pressentida.
No entanto, deixámos escurecer
excessivamente o mundo. Ele acolhe-se
a nós, com terror e evidência,
e nós, em verdade, que podemos dizer?
Eu digo do amor não mais que a sombra,
mas o teu rosto e a luz nada pode conter.

O Tempo e o Espírito

O tempo, embora faça desabrochar e definhar animais e plantas com assombrosa pontualidade, não tem sobre a alma do homem efeitos tão simples. A alma do homem, aliás, age de forma igualmente estranha sobre o corpo do tempo. Uma hora, alojada no bizarro elemento do espírito humano, pode valer cinquenta ou cem vezes mais que a sua duração medida pelo relógio; em contrapartida, uma hora pode ser fielmente representada no mostrador do espírito por um segundo.

A Regra Fundamental de Vida

Quando nós dizemos o bem, ou o mal… há uma série de pequenos satélites desses grandes planetas, e que são a pequena bondade, a pequena maldade, a pequena inveja, a pequena dedicação… No fundo é disso que se faz a vida das pessoas, ou seja, de fraquezas, de debilidades… Por outro lado, para as pessoas para quem isto tem alguma importância, é importante ter como regra fundamental de vida não fazer mal a outrem. A partir do momento em que tenhamos a preocupação de respeitar esta simples regra de convivência humana, não vale a pena perdermo-nos em grandes filosofias sobre o bem e sobre o mal. «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti» parece um ponto de vista egoísta, mas é o único do género por onde se chega não ao egoísmo mas à relação humana.

Estamos Nós Realmente Salvando o Mundo?

Hoje a pergunta com que nos confrontamos é simples: estamos nós realmente salvando o mundo? Não me parece que a resposta possa ser aquela que gostaríamos. O mundo só pode ser salvo se for outro, se esse outro mundo nascer em nós e nos fizer nascer nele.
Mas nem o mundo está sendo salvo nem ele nos salva enquanto seres de existência única e irrepetível. Alguns de nós estarão fazendo coisas que acreditam ser importantíssimas. Mas poucos terão a crença que estão mudando o nosso futuro. A maior parte de nós está apenas gerindo uma condição que sabemos torta, geneticamente modificada ao sabor de um enorme laboratório para o qual todos trabalhamos mesmo sem vencimento.

Se alguma coisa queremos mudar e parece que mudar é preciso, temos que enfrentar algumas perguntas. A primeira das quais é como estamos nós, biólogos, pensando a ciência biológica? Antes de sermos cientistas somos cidadãos críticos, capazes de questionar os pressupostos que nos são entregues como sendo «naturais». A verdade, colegas, é que estamos hoje perante uma natureza muito pouco natural.

E é aqui que o pecado da preguiça pode estar ganhando corpo. Uma subtil e silenciosa preguiça pode levar a abandonar a reflexão sobre o nosso próprio objecto de trabalho.

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A um Shakespeare, faze escrever peças teatrais. É tolo quem usa um Shakespeare como simples escrevente. A um Paderewski, faze tocar piano. É tolo quem usa um Paderewski como vendedor ambulante.

Um Mundo de Vidas

Nós vivemos da nossa vida um fragmento tão breve. Não é da vida geral – é da nossa. É em primeiro lugar a restrita porção do que em cada elemento haveria para viver. Porque em cada um desses elementos há a intensidade com o que poderíamos viver, a profundeza, as ramificações. Nós vivemos à superfície de tudo na parte deslizante, a que é facilidade e fuga. O resto prende-se irremediavelmente ao escuro do esquecimento e distracção. Mas há sobretudo a zona incomensurável dos possíveis que não poderemos viver. Porque em cada instante, a cada opção que fazemos, a cada opção que faz o destino por nós, correspondem as inumeráveis opções que nada para nós poderá fazer. Um golpe de sorte ou de azar, o acaso de um encontro, de um lance, de uma falência ou benefício fazem-nos eliminar toda uma rede de caminhos para se percorrer um só. Em cada momento há inúmeros possíveis, favoráveis ou desfavoráveis, diante de nós. Mas é um só o que se escolheu ou nos calhou.
Assim durante a vida vão-nos ficando para trás mil soluções que se abandonaram e não poderão jamais fazer parte da nossa vida. Regresso à minha infância e entonteço com as milhentas possibilidades que se me puseram de parte.

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Madrigal

A minha história é simples.
A tua, meu Amor,
é bem mais simples ainda:

“Era uma vez uma flor.
Nasceu à beira de um Poeta…”

Vês como é simples e linda?

(O resto conto depois;
mas tão a sós, tão de manso
que só escutemos os dois).

A vida é uma simples sombra que passa (…); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa.

A Sabedoria do Homem Comum

Os ignorantes e o homem comum não têm problemas. Para eles na Natureza tudo está como deve estar. Eles compreendem as coisas pela simples razão delas existirem. E, na realidade, não dão eles provas de mais razão do que todos os sonhadores, que chegam a duvidar do seu próprio pensamento? Morre um dos seus amigos, e como julgam saber o que é a morte à dor que sentem por o perderem não acrescentam a cruel ansiedade que resulta da impossibilidade de aceitar um acontecimento tão natural… Estava vivo, e agora encontra-se morto; falava-me, o seu espírito prestava atenção ao que eu lhe dizia, mas hoje já nada disso existe: resta apenas aquele túmulo – mas repousa ele nesse túmulo, tão frio como a própria sepultura? Erra a sua alma em redor desse monumento? Quando eu penso nele é a sua alma que vem assolar a minha memória? O hábito traz-nos de novo, contudo, ao nível do homem comum.
Quando o seu rasto se tiver apagado – não há dúvidas de que ele morreu! – então a coisa deixará de nos incomodar. Os sábios e os pensadores parecem portanto menos avançados que o homem comum, já que eles próprios não têm a certeza,

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Quando nos recordamos dos Natais passados, na maioria das vezes descobrimos que são as coisas mais simples – não as grandes ocasiões – que nos oferecem os maiores momentos de felicidade.

Juro a você que por mais de uma vez desejei ser um simples trabalhador do campo; assim, ao despertar, teria uma perspectiva para a jornada que começa, uma necessidade que me impelisse e uma esperança.

No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é também seu cônjuge, coitado dele.

São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes, que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar.

Muitas vezes as objeções nascem do simples fato de que aqueles que as fazem não são os mesmos que tiveram a ideia que estão a atacar.