Passagens sobre Fortes

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Frases sobre fortes, poemas sobre fortes e outras passagens sobre fortes para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Amar e Ser Livre ao mesmo Tempo

Tudo o que posso dizer é que estou louco por ti. Tentei escrever uma carta e não consegui. Estou constantemente a escrever-te… Na minha cabeça, e os dias passam, e eu imagino o que pensarás. Espero impacientemente por te ver. Falta tanto para terça-feira! E não só terça-feira… Imagino quando poderás ficar uma noite… Quando te poderei ter durante mais tempo… Atormenta-me ver-te só por algumas horas e, depois, ter de abdicar de ti. Quando te vejo, tudo o que queria dizer desaparece… O tempo é tão precioso e as palavras supérfluas… Mas fazes-me tão feliz… porque eu consigo falar contigo. Adoro o teu brilhantismo, as tuas preparações para o voo, as tuas pernas como um torno, o calor no meio das tuas pernas. Sim, Anais, quero desmascarar-te. Sou demasiado galante contigo. Quero olhar para ti longa e ardentemente, pegar no teu vestido, acariciar-te, examinar-te. Sabes que tenho olhado escassamente para ti? Ainda há demasiado sagrado agarrado a ti.

A tua carta… Ah, estas moscas! Fazes-me sorrir. E fazes-me adorar-te também. É verdade, não te dou o devido valor. É verdade. Mas eu nunca disse que não me dás o devido valor. Acho que deve haver um erro no teu inglês.

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Nossa Língua

para o poeta Antoniel Campos*

O doce som de mel que sai da boca
na língua da saudade e do crepúsculo
vem adoçando o mar de conchas ocas
em mansa voz domando tons maiúsculos.

É bela fiandeira em sua roca
tecendo a fala forte com seu músculo
na hora que é preciso sai da toca
como fera que sabe o tomo e o opúsculo.

Dizer e maldizer do mel ao fel
é fado de cantigas tão antigas
desde Camões, Bandeira a Antoniel,
este jovem poeta que se abriga

na língua portuguesa em verso e fala
nau de calado ao mar que não se cala.

* “filiu brasilis, mater portucale,
Que em outra língua a minha língua cale.”

Vós, Ninfas Da Gangética Espessura

Vós, Ninfas da gangética espessura,
cantai suavemente, em vez sonora,
um grande Capitão, que a roxa Aurora
dos filhos defendeu da noite escura.

Ajuntou-se a caterva negra e dura,
que na Áurea Quersoneso afouta mora,
para lançar do caro ninho fora
aqueles que mais podem que a ventura.

Mas um forte Leão, com pouca gente,
a multidão tão fera como nécia
destruindo castiga e torna fraca.

Pois, ó Ninfas, cantai! que claramente
mais do que Leonidas fez em Grécia,
o nobre Leonis fez em Malaca.

A Lamechalândia

Acabo de perceber que estou a escrever mais uma obra lamechas, vivo na Lamechalândia desde que te conheço, e é bom que dói, tão bom que só escrevo só ela, a lamechice é boa mas nunca sozinha, exige que aqui e ali surja o lado negro, a lua existe para valorizar o sol, e o contrário também é verdadeiro, não percebo patavina de astronomia mas de amor percebo, que é o mesmo que dizer que percebo de ti, tento, vá, às vezes consigo,
a Lamechalândia não é só lamechice, não é só cor de rosa, Deus me livre de ser assim, adormecia antes de viver, a Lamechalândia é a capacidade de ser lamechas quando é preciso ser lamechas, quando ser lamechas tem de ser, agora que estamos aqui deitados nesta cama tem de ser, abraço-te a cada letra que escrevo, procuro com as minhas mãos cada centímetro da tua pele sempre que me lembro de que somos assim, ser lamechas é conseguir não pensar em como se vai amar, não pensar no que se vai dizer, olhar o outro e dizer-lhe “procuro-te como se procurasse sobreviver”, e isto não tem nada de mal, a falta de um orgasmo provoca mais conflitos do que a falta de um pão,

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Virtude Representa Muito Mais que Bondade

Parece-me que a virtude é coisa diferente e mais nobre do que as inclinações para a bondade que nascem em nós. As almas bem ajustadas por si mesmas e bem nascidas seguem o mesmo andamento e apresentam nas suas ações a mesma aparência que as virtuosas. Porém a virtude significa não sei quê de maior e mais activo do que, por uma índole favorecida, deixar-se conduzir docemente e tranquilamente na esteira da razão. Aquele que com uma doçura e complacência naturais menosprezasse as ofensas recebidas faria coisa mui bela e digna de louvor; mas aquele que, espicaçado e ultrajado até o âmago por uma ofensa, se armasse com as armas da razão contra o furio­so apetite de vingança e após um grande conflito finalmen­te o dominasse, sem a menor dúvida seria muito mais. Aquele agiria bem, e este virtuosamente: uma acção poder-­se-ia dizer bondade; a outra, virtude, pois parece que o nome de virtude pressupõe dificuldade e oposição, e que ela não pode se exercer sem combate. Talvez seja por isso que chamamos Deus de bom, forte e liberal, e justo; mas não O chamamos de virtuoso: Os Seus actos são todos natu­rais e sem esforço.
Metelo, o único de todos os senadores romanos a se ter proposto,

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Instruir, salubrizar, enriquecer… Nenhuma obra de governo forte pode assentar sobre aquisições que não sejam as derivadas próximas destes postulados máximos e extremos.

À Morte

Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E, como uma raiz, sereno e forte.

Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.

Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!

Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera…quebra-me o encanto!

O Amor-Próprio como Fonte de Todos os Males

É preciso não confundir o amor-próprio e o amor de si mesmo, duas paixões muito diferentes pela sua natureza e pelos seus efeitos. O amor de si mesmo é um sentimento natural que leva todo o animal a velar pela sua própria conservação, e que, dirigido no homem pela razão e modificado pela piedade, produz a humanidade e a virtude. O amor-próprio é apenas um sentimento relativo, factício e nascido na sociedade, que leva cada indivíduo a fazer mais caso de si do que de qualquer outro, que inspira aos homens todos os males que se fazem mutuamente, e que é a verdadeira fonte da honra.
Bem entendido isso, repito que, no nosso estado primitivo, no verdadeiro estado de natureza, o amor-próprio não existe; porque, cada homem em particular olhando a si mesmo como o único espectador que o observa, como o único ser no universo que toma interesse por ele, como o único juiz do seu próprio mérito, não é possível que um sentimento que teve origem em comparações que ele não é capaz de fazer possa germinar na sua alma.
Pela mesma razão, esse homem não poderia ter ódio nem desejo de vingança, paixões que só podem nascer da opinião de alguma ofensa recebida.

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Uma nação forte nada tem a temer da antipatia dos estrangeiros; uma nação fraca nada deve esperar da simpatia deles.

A Melhor Defesa

Como me sinto fraco, vulnerável e aberto por todos os lados ao espanto, quando me vejo diante de pessoas que não falam por falar e que estão sempre dispostas a confirmar pela acção o que dizem por palavras!… Mas existirão mesmo pessoas assim? Não me consideraram mesmo a mim como um homem firme?
A máscara é tudo. Tenho de confessar, no entanto, que os temo – e haverá algo de mais aviltante do que o medo? O homem mais forte por natureza torna-se um poltrão, se as suas ideias forem flutuantes – e o sangue-frio, a primeira das nossas defesas, deriva apenas do facto de uma alma já endurecida pela experiência não poder ser colhida de surpresa. Bem sei que esta minha determinação é ambiciosa, mas ir inisitindo nela apesar de tudo é já meio caminho andado.

Lutar com Palavras é a Luta Mais Vã

Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.

Luz Da Natureza

Luz que eu adoro, grande Luz que eu amo,
Movimento vital da Natureza,
Ensina-me os segredos da Beleza
E de todas as vozes por quem chamo.

Mostra-me a Raça, o peregrino Ramo
Dos Fortes e dos Justos da Grandeza,
Ilumina e suaviza esta rudeza
Da vida humana, onde combato e clamo.

Desta minh’alma a solidão de prantos
Cerca com os teus leões de brava crença,
Defende com so teus gládios sacrossantos.

Dá-me enlevos, deslumbra-me, da imensa
Porta esferal, dos constelados mantos
Onde a Fé do meu Sonho se condensa!

O Amor de Si Próprio

[Ferido por uma crítica adversa, um poeta busca consolo para a mágoa relendo seus próprios versos.] Desgosto (…), mas desgosto curto. Ele irá dali remirar-se nos próprios livros. A justiça que um atrevido lhe negou, não lhe negarão as páginas dele. Oh! a mãe que gerou o filho, que o amamenta e acalenta, que põe nessa frágil criaturinha o mais puro de todos os amores, essa mãe é Medeia, se a compararmos àquele engenho, que se consola da injúria, relendo-se; porque se o amor de mãe é a mais elevada forma de altruísmo, o dele é a mais profunda forma de egoísmo, e só há uma coisa mais forte que o amor materno, é o amor de si próprio.