Interrogativas

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Se nos picarem, não sangramos? Se nos fizerem cócegas, não rimos? Se nos envenenarem não morremos? E, se nos ultrajarem, não nos vingaremos?

Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu coração? Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e dissimulada.

Como é que, sendo as crianças tão inteligentes, a maior parte dos homens é tão estúpida? Deve ser fruto da educação.

Reduzimos a vida a esta insignificância… Construímos ao lado outra vida falsa, que acabou por nos dominar. Toda a gente fala do céu, mas quantos passaram no mundo sem ter olhado o céu na sua profunda, temerosa realidade? O nome basta-nos para lidar com ele.

A sociedade é uma colecção de cidadãos ou fantasmas, criaturas expulsas da Existência natural, por interesse colectivo. Que são os homens, diante do Homem?

O que existe de melhor numa grande vitória é tirar ela ao vencedor o receio da derrota. «Porque é que», diz consigo, «não hei-de também ser derrotado ao menos uma vez? Sou agora suficientemente rico para isso.».

Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra?!

Mas por que datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos…

Se os homens estão naturalmente em estado de guerra, por que eles sempre transportam armas e por que eles têm as chaves para bloquear as suas portas?

O meu talento!… De que me tem servido? Não trouxe nunca às minhas mãos vazias a mais pequenina esmola do destino.