A vida é louca, o mundo é triste: vale a pena matar-se por isso?
Interrogativas
1573 resultadosO belo? Início do terrível.
Quando é que eu serei da tua cor, Do teu plácido e azul encanto, Ó claro dia exterior, Ó céu mais útil que o meu pranto?
Porque que sempre a solidão vem junto com o Luar?
Diga-me, o amor está compreendido na amizade ou a amizade está compreendida no amor ?
O público, o público, quantos tolos são precisos para fazer um público ?
Será que alguém pensa genuinamente que se não conseguiu algo foi por não ter tido o talento, a força, a resistência e a determinação nesse sentido?
Tu julgas então que eu ambiciono alguma coisa no mundo? Ainda me conheces pouco! Eu fatigo-me até de desejar; nada há neste mundo que me não tenha cansado! Eu mais que ninguém compreendo o poeta: «Tout passe, tout lasse». E ainda tu julgas que eu me preocupo a desejar sucesso aos meus versos patetas!?… Se eu desejasse alguma coisa que deles me viesse, não trabalhava!
Tão correto e tão bonito o infinito é realmente um dos Deuses mais lindos, sei que às vezes uso palavras repetidas mas quais são as palavras que nunca são ditas?
É indispensável querermos deitar a mão a mais do que podemos alcançar; senão para que serviria o céu ?
‘Deixa que os mortos sepultem os seus mortos’ – Poucos são os que compreendem o verdadeiro sentido destas palavras de Cristo. Ele não aconselhou a vivificar os mortos; quis dizer o seguinte: ‘Deixa a sombra (o corpo carnal) sepultar-se a si mesma; a morte é própria da sombra. Não vês que atua Imagem Verdadeira (Eu verdadeiro) vive eternamente?’. Bem-aventurados são os que conscientizam o seu Eu eternamente vivo, não se apegando nem à vida nem à morte do corpo carnal.
Imenso amor? Imenso amor, paixão, violenta acrescentando que talvez a definição já não coubesse bem ao atual sentimento da pessoa. Agora era uma adoração quieta e calada…
Pois o que são os clássicos senão o registro dos mais nobres pensamentos do homem?
Mas quando uma pessoa está desesperada, pode valer-lhe de alguma coisa pensar nas misérias dos outros?
* Vão para o diabo sem mim, ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que haveremos de ir juntos?
No fundo, o amor tem pouco a ver com a presença, com a convivência, com o tempo e as experiências por que se passa. Quantas vezes acontece amar alguém sem suportar estar ao pé dela? Não é só na família.
Primeiro amor não é nada, surgem, entrega e união com outra pessoa, significa (para o que seria uma união de esclarecidos e inacabados, ainda não ordenada?), é um grande incentivo para o indivíduo amadurecer.
Faltam-nos hoje não apenas mestres da vida interior, mas simplesmente da vida, de uma vida total, de uma existência digna de ser vivida. Faltam cartógrafos e testemunhas do coração humano, dos seus infindos e árduos caminhos, mas também dos nossos quotidianos, onde tudo não é e é extraordinariamente simples. Falta-nos uma nova gramática que concilie no concreto os termos que a nossa cultura tem por inconciliáveis: razão e sensibilidade, eficácia e afetos, individualidade e compromisso social, gestão e compaixão, espiritualidade e sentidos, eternidade e instante. Será que do instante dos sentidos podemos fazer uma mística? Não tenhamos dúvidas: o que está dito permanece ainda por dizer.
Como podemos nós pretender que os outros guardem os nossos segredos se nós próprios os não conseguirmos guardar ?
Na frente de certos ricos, como não se sentir uma alma de comunista?