Dai e vereis… é excelente para o moral… dar aos outros, é dar-se a si mesmo crédito.
Recentes
Quem vigia os vigilantes?
Se eu sei o que é o amor, é por sua causa
Brincar com o fogo, é perigoso jogo.
Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.
A cólera é um cavalo fogoso; se lhe largamos o freio, o seu ardor exagerado em breve a deixa esgotada.
O mal é aquilo que não perdoamos a nós próprios.
Mais vale sonharmos a nossa vida do que vivê-la, embora vivê-la seja também sonhar.
O mundo é complexo, incompreensível, talvez não tanto para quem tem uma crença nalguma coisa firme, mas para aqueles onde a dúvida prevalece. E o que proponho é a dúvida. A dúvida é uma maneira de ser.
Um homem precisa viajar, por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros e tevês, precisa viajar, por si, com os olhos e pés, para entender o que é seu
Viúva honrada, porta fechada.
Tenho evitado cuidadosamente rir-me dos actos humanos, ou desprezá-los; o que tenho feito é tratar de compreendê-los.
O partido é a loucura de muitos em proveito de poucos.
Eu trocaria uma mina de diamantes por um copo de água pura da nascente.
Quem se expõe ao perigo procura a sua perda.
Não existe nenhum rei que não tenha tido um escravo entre os seus antepassados, e nenhum escravo que não tenha tido um rei entre os seus.
Cantiga do Campo
Por que andas tu mal commigo?
Ó minha doce trigueira?
Quem me dera ser o trigo
Que, andando, pisas na eira!Quando entre as mais raparigas
Vaes cantando entre as searas,
Eu choro ao ouvir-te as cantigas
Que cantas nas noutes claras!Os que andam na descamisa
Gabam a violla tua,
Que, ás vezes, ouço na brisa
Pelos serenos da lua.E fallam com tristes vozes
Do teu amor singular
Áquella casa onde cozes,
Com varanda para o mar.Por isso nada me medra,
Ando curvado e sombrio!
Quem me dera ser a pedra
Em que tu lavas no rio!E andar comtigo, ó meu pomo,
Exposto ás chuvas e aos soes!
E uma noute morrer como
Se morrem os rouxinoes!Morrer chorando, n’um choro
Que mais as magoas consolla,
Levando só o thesouro
Da nossa triste violla!Por que andas tu mal commigo?
Ó minha doce trigueira?
Quem me dera ser o trigo
Que, andando, pisas na eira!
Aqui se passa fome, aqui se odeia, aqui se é feliz, no meio de invenções miraculosas.
Se os comunistas têm razão, então eu sou o louco mais solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperança para o mundo.
Ninguém se pode gabar de nunca haver sido desprezado.