…nada jamais fora tão acordado como seu corpo sem transpiração e seus olhos-diamantes, e de vibração parada. E o Deus? Não. Nem mesmo a angustia. O peito vazio, sem contração. Não havia grito.
Interrogativas
1573 resultados Interrogativas para ler e compartilhar. Conheça estes e outros temas em Poetris.
Se a guerra é uma coisa horrível, não seria o patriotismo a ideia-mãe que a nutre?
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca.
Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?
Por que não correr riscos? Eles sabiam que seriam resgatados se algo desse errado.
Casa de ferreiro colher de pau ? Isso justificaria o tanto de nutricionista engordando, o tanto de manicure que roí unhas e o monte de medico fumando ?
Conhece alguém as fronteiras à sua alma, para que possa dizer – eu sou eu ?
Definem-nos o milagre: uma derrogação das leis da natureza. Não as conhecemos; como saberíamos que um facto as derroga?
Sabes qual é a minha preocupação maior? É matar o tédio. Quem prestasse este serviço à humanidade seria o verdadeiro destruidor de monstros.
Onde vai a esperança quando nos deixa? Vai cavar a nossa sepultura.
Que podemos saber? Que somos, ao fim e ao cabo? […] Aspiramos a ser anjos, mas temos instintos de bestas.
Como pode uma ave, nascida para a alegria Ficar numa gaiola e cantar?
A saudade diminuiu ou fomos nós que envelhecemos ?
Qual é o propósito de um castigo eterno depois do fim do mundo? Se não serve para recuperar os pecadores ou como advertência para os demais, trata-se de simples vingança e é moralmente incorreto.
Falar alto para quê? Poupa as forças, fala baixo. Poderás talvez assim ser ouvido ainda, quando os outros que falam alto se calarem estoirados.
Um pombo no mar traz ao bico verde ramo: terra à vista?
Como não falaria eu com dificuldade? Tenho coisas novas a dizer.
Desenvolver, arrancar, iniciar, evoluir, renovar: são as palavras do nosso tempo. Azar económico? Muda-se de governo. Zanga de amor? Muda-se de namorada. Mas as coisas velhas não se curam com coisas novas. Sobretudo quando não se lhes dá o tempo para envelhecer. É como se quiséssemos mudar de corpo cada vez que adoecêssemos.
Ai! Onde se fizeram mais loucuras na terra do que entre os que têm dó, e que haverá que mais dano fizesse na terra do que a loucura dos que têm dó? Pobres dos que amam sem estar acima da sua piedade!
Queres viver alegremente? Caminha com dois sacos, um para dares, outro para receberes.