O movimento dos corpos parecia desenrolar uma longa pelĂcula-cinematogrĂĄfica, projetando sobre o rosto, como que sobre a tela de um televisor, um filme cativante cheio de perturbação, de espera, de explosĂŁo, de dor, de gritos, de emoção e de raiva.
Frases sobre Grito
40 resultadosUm bocejo Ă© um grito silencioso.
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovĂŁo.
Eu perturbo a paz dos surdos com meus gritos inĂșteis…… vocĂȘ Ă© como a cotovia que ao romper do dia se levanta da terra sombria.
O sentimento mais artificial posto num verso maravilhosamente feito Ă© uma obra de arte: o mais verdadeiro grito de paixĂŁo num alexandrino desajeitado Ă© uma sensaboria. SĂł hĂĄ Beleza onde hĂĄ Ordem.
A paixão exige gritos; o amor, porém satisfaz-se com palavras, enquanto a simpatia pode ser silenciosa.
Para que tudo se consumasse, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muitos espectadores no dia da minha execução e que me recebessem com gritos de ódio.
Grito de agonia: periquito na jaqueira preso na resina.
Dissestes que se tua voz tivesse força igual a imensa dor que sentes, teu grito acordaria não só a minha casa, mas a vizinhança inteira.
Job Ă© a imagem de todos os homens e de todas as mulheres que sofrem. Job Ă© o grito de todas as criaturas humanas perante o sofrimento. Na sua desgraça, lamenta-se e pergunta: «PorquĂȘ?»
Se vocĂȘ brigou com quem ama, busque a reconciliação. NĂŁo silencie. Fale, âapare as arestasâ. Quando em brigas de amor o silĂȘncio fere mais do que um grito!
Volto-me entĂŁo para o meu rico nada interior. E grito: eu sinto, eu sofro, eu me alegro, eu me comovo. SĂł o meu enigma me interessa.
SilĂȘncio de outono. Nem o grito do carteiro… cochicho de folhas.
O grito do orgasmo Ă© espontĂąneo, mas o orgasmo Ă© elaborado.
O homem mergulha na multidĂŁo para afogar o grito do seu prĂłprio silĂȘncio
Sob a serenidade austera da minha terra alentejana, lateja uma força hercĂșlea, força que se resolve num espasmo, que quer criar e nĂŁo pode. A tragĂ©dia daquele que tem gritos lĂĄ dentro e se sente asfixiado dentro duma cova lĂŽbrega; a amarga revolta de anjo caĂdo, de quem tem dentro do peito um mundo e se julga digno, como um deus, de o elevar nos braços, acima da vida, e nĂŁo poder e nĂŁo ter forças para o erguer sequer!
Deus Ă© o silĂȘncio do universo, e o homem o grito que dĂĄ um sentido a esse silĂȘncio.
O tĂ©dio Ă© a convicção de que nĂŁo podes mudar… o grito das capacidades nĂŁo utilizadas.
A memĂłria em si prĂłpria estĂĄ cheia de ĂĄcido, e acabarĂĄ por nĂŁo restar mais do que todos os gritos de dor, e de todos os rostos horrorizados do passado, com apelos cada vez mais surdos, dos quais vislumbramos contornos vagos.
Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca ĂĄrvores pelas raĂzes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr atravĂ©s desse grito, Ă sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim prĂłprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencĂȘ-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer. Porque a minha força Ă© imortal.