Passagens sobre Poder

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Frases sobre poder, poemas sobre poder e outras passagens sobre poder para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Homens caracterizam pornografia como algo mental porque as mentes deles, os pensamentos deles, os sonhos deles, as fantasias deles, são mais reais para eles que os corpos ou vidas das mulheres; de fato, homens têm usado seu poder social para caracterizar um comércio de mulheres de 10$ bilhões ao ano como fantasia.

Aspectos Positivos do Trabalho

O trabalho é bom para o homem. Distrai-o da própria vida, desvia-o da visão assustadora de si mesmo; impede-o de olhar esse outro que é ele e que lhe torna a solidão horrível. É um santo remédio para a ética e a estética. O trabalho tem mais isto de excelente: distrai a nossa vaidade, engana a nossa falta de poder e faz-nos sentir a esperança de um bom evento.

O prazer produz-se quando há sentimento de poder. A felicidade dá-se quando tomamos consciência plena do poder e da vitória.

Toda a moral não é, no fundo, senão uma forma depurada de medidas desenvolvidas por toda a vida orgânica para se adaptar e, conjuntamente, se alimentar e conseguir poder.

Ditoso Seja Aquele Que Somente

Ditoso seja aquele que somente
se queixa de amorosas esquivanças;
ois por elas não perde as esperanças
de poder n’algum tempo ser contente.

Ditoso seja quem, estando ausente,
não sente mais que a pena das lembranças;
porqu’, inda que se tema de mudanças,
menos se teme a dor quando se sente.

Ditoso seja, enfim, qualquer estado
onde enganos, desprezos e isenção
trazem o coração atormentado.

Mas triste quem se sente magoado
d’erros em que não pode haver perdão,
sem ficar n’alma a mágoa do pecado.

O voto só é perfeitamente democrático se for livre e racional, o que supõe uma igualdade tendencial da informação e do poder económico e social dos eleitores e dos elegíveis.

Contrariamente ao que supõe uma óptica inocente e folhetinesca, o poder não é tanto uma questão de punhos quanto de nádegas.

Existe um enorme tesouro bem dentro do nosso crânio, e isso é verdade para cada um de nós. Este pequeno tesouro tem grandes poderes, e eu diria que até agora apenas aprendemos uma muito, muito pequena parte, daquilo que pode fazer.

Quando a esquerda chega ao poder, não usa as razões pelas quais chegou. A esquerda deixa de o ser muitas vezes quando chega ao poder e isso é dramático.

Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.

A Justiça Social

O nosso objetivo prioritário para a prossecução da justiça social é a defesa, se possível, do aumento do poder de compra. Objetivo que, de resto, está em vias de concretização pela contenção da inflação, pela melhoria dos salários reais resultante da baixa do imposto profissional e da baixa do imposto complementar, visto que o passado provou bem que não é com aumentos nominais de salários, corroídos imediatamente pela inflação, que se aumenta o poder de compra.

Somente se Queixa de Amorosas Esquivanças

Ditoso seja aquele que somente
Se queixa de amorosas esquivanças;
Pois por elas não perde as esperanças
De poder nalgum tempo ser contente.

Ditoso seja quem estando ausente
Não sente mais que a pena das lembranças;
Porqu’inda que se tema de mudanças,
Menos se teme a dor quando se sente.

Ditoso seja, enfim, qualquer estado,
Onde enganos, desprezos e isenção
Trazem um coração atormentado.

Mas triste quem se sente magoado
De erros em que não pode haver perdão
Sem ficar na alma a mágoa do pecado.

O Poema é uma Árvore de um Só Fruto

Creio que nenhum de vós há-de estranhar que eu diga que o poeta é aquele que perdeu a palavra antes de a poder dizer; dito de outro modo. Ele é o que fala ou escreve antes de conhecer o enunciado do que vai dizer. O grito, o silêncio, a aridez da não inspiração determinam inicialmente a criação poética; o poema nunca é real, nunca se efectiva numa conclusão, ou num objectivo determinado. O poema nasce de um grito, de um assombro, de uma ruptura, da noite do nada e da disponibilidade da linguagem relacional; é sempre a transposição de um referente real ou imaginário para uma linguagem de equivalência, mas necessariamente, livremente, distanciada da referência. Esta linguagem é a «coerência da incoerência», «uma linguagem na linguagem», mantendo embora a voz mesma do existente ausente que é o poeta, no «fingimento», na ficção, na heteronímia do poema. Longe de ser um astro fixo, o poema suspende o enunciado para fluir numa relação metamórfica de palavras, de imagens, de sons e de relações que são todos os elementos consonantes do poema; o poema é, assim, um ébrio fluir de chamas, de estrelas, de possibilidades, de vibrações, de silêncios de uma respiração errante em que a verdade nos escapa no mistério da sua nostalgia,

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Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.

Maravilhoso é o poder que pode ser exercido, quase inconscientemente, sobre uma empresa, ou um indivíduo, ou mesmo sobre uma multidão, por uma pessoa de boa índole, boa digestão, bom intelecto e bom aspecto.

Massas sem Direcção

O Poder público tem sido sempre assim, quando exercido directamene pelas massas: omnipotente e efémero. O homem-massa é o homem cuja vida carece de plano e vai à deriva. Por isso não constrói nada, embora as suas possibilidades, os seus poderes, sejam enormes.

Atravessaremos Juntos as Grandes Espirais

Que boca há de roer o tempo? Que rosto
Há de chegar depois do meu? Quantas vezes
O tule do meu sopro há de pousar
Sobre a brancura fremente do teu dorso?

Atravessaremos juntos as grandes espirais
A artéria estendida do silêncio, o vão
O patamar do tempo?

Quantas vezezs dirás: vida, vésper, magna-marinha

E quantas vezes direi: és meu. E as distendidas
Tardes, as largas luas, as madrugadas agônicas
Sem poder tocar-te. Quantas vezes, amor

Uma nova vertente há de nascer em ti
E quantas vezes em mim há de morrer.