Passagens sobre EssĂȘncia

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Frases sobre essĂȘncia, poemas sobre essĂȘncia e outras passagens sobre essĂȘncia para ler e compartilhar. Leia as melhores citaçÔes em Poetris.

Em Moçambique nĂŁo Ă© preciso ser rico. O essencial Ă© parecer rico. Entre parecer e ser vai menos que um passo, a diferença entre um tropeço e uma trapaça. No nosso caso, a aparĂȘncia Ă© que faz a essĂȘncia. DaĂ­ que a empresa comece pela fachada, o empresĂĄrio de sucesso comece pelo sucesso da sua viatura, a felicidade do casamento se faça pela dimensĂŁo da festa.

A Sabedoria do Sofrimento

O sofrimento nĂŁo tem menos sabedoria do que o prazer: tal como este, faz parte em elevado grau das forças que conservam a espĂ©cie. Porque se fosse de outra maneira hĂĄ muito que esta teria desaparecido; o facto de ela fazer mal nĂŁo Ă© um argumento contra ela, Ă© muito simplesmente a sua essĂȘncia. Ouço nela a ordem do capitĂŁo: «Amainem as velas». O intrĂ©pido navegador homem deve treinar-se a dispor as suas de mil maneiras; de outro modo, nĂŁo tardaria a desaparecer, o oceano havia de o engolir depressa. É preciso que saibamos viver tambĂ©m reduzindo a nossa energia; logo que o sofrimento dĂĄ o seu sinal, Ă© chegado o momento; prepara-se um grande perigo, uma tempestade, e faremos bem em oferecer a menor «superfĂ­cie» possĂ­vel.
HĂĄ homens, contudo, que, quando se aproxima o grande sofrimento, ouvem a ordem contrĂĄria e nunca tĂȘm ar mais altivo, mais belicoso, mais feliz do que quando a borrasca chega, que digo eu! E a prĂłpria tempestade que lhes dĂĄ os seus mais altos momentos! SĂŁo os homens herĂłicos, os grandes «pescadores da dor», esses raros, esses excepcionais de que Ă© necessĂĄrio fazer a mesma apologia que se faz para a prĂłpria dor!

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O Prazer Puro do Amor para uma Rapariga Honesta

O que, subconscientemente, na rapariga honesta torna agradĂĄvel o namoro, Ă© nitidamente distrinçåvel. Um acto agradĂĄvel Ă© agradĂĄvel nĂŁo sĂł no acto mas na antecipação dele; e, ausentes certos elementos psicolĂłgicos nĂŁo orientadores desse acto, em geral, na antecipação ainda nĂŁo imediata, porque na antecipação para daĂ­ a pouco a Ăąnsia de chegar a ele, amorna (ou, perturba) um tanto o […] da esperança. — Ora o «flirt», o namoro, nĂŁo Ă© senĂŁo, analisada sem escrĂșpulo a sua essĂȘncia Ă­ntima, uma antecipação da possibilidade de uma cĂłpula. Repare-se que nĂŁo Ă© a antecipação de uma cĂłpula, o que, por mais directo, Ă© mais perturbante. O que se chama o prazer puro do amor (no que Ă© namoro ou «flirt») nĂŁo Ă© senĂŁo um prazer muito grande porque isento (e nesse sentido puro) do elemento perturbante do directo desejo, ou imediata esperança, do coito.

O homem de sucesso Ă© aquele que descobre qual Ă© a essĂȘncia do seu negĂłcio antes dos seus concorrentes.

A diferença entre Deus e nĂłs deve ser nĂŁo de atributos, mas da prĂłpria essĂȘncia do ser. Ora tudo Ă© o que Ă©. Portanto Deus Ă© nĂŁo sĂł o que Ă© mas tambĂ©m o que nĂŁo Ă©. Confunde-nos de Si com isso.

A Luz do Teu Amor

Oh! Sim que Ă©s linda! a inocĂȘncia
Em tua fronte serena
Com tal doçura reluz!…
Tanta e tanta… que a açucena
TĂŁo esplĂȘndida a existĂȘncia
NĂŁo lha doura assim Ă  luz!
Oh! que Ă©s linda, e mais… e mais
Quando um traço melancólico
Te diviso no semblante
Nos teus olhos virginais!
Que doçura não existe
Ai! Ăł virgem, nesse instante
Na poética beleza
Desse traço de tristeza
Que te vem tornar mais bela
Mal em teu rosto pousou!
E eu te quero assim, Ăł estrela,
Que se inspira em mim a crença
Triste… triste, que Ă©s mais linda,
Mas dessa beleza infinda
Das ficçÔes da renascença
Que a poesia perfumou!

Fita agora os olhos lĂąnguidos
Na estrela que te ilumina,
Eu nĂŁo sei que luz divina
De amor nos fala em teu rosto!
Eu nĂŁo sei, nem tu… ninguĂ©m!…
Que a vaga luz do sol posto,
Que a palidez da cecém,
Que a meiguice dos amores,
E que o perfume das flores
NĂŁo respiram a harmonia
Desse toque leve…

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LĂ­rio Lutuoso

EssĂȘncia das essĂȘncias delicadas,
Meu perfumoso e tenebroso lĂ­rio,
Oh! dĂĄ-me a glĂłria de celeste EmpĂ­reo
Da tu’alma nas sombras encantadas.

Subindo lento escadas por escadas,
Nas espirais nervosas do MartĂ­rio,
Das Ânsias, da Vertigem, do Delírio,
Vou em busca de mĂĄgicas estradas.

Acompanha-me sempre o teu perfume,
LĂ­rio da Dor que o Mal e o Bem resumem,
Estrela negra, tenebroso fruto.

Oh! dĂĄ-me a glĂłria do teu ser nevoento
para que eu possa haurir o sentimento
Das lĂĄgrimas acerbas do teu luto!.

NĂŁo Ă© bom que toda a verdade revele tranquilamente a sua essĂȘncia; e muitas vezes o silĂȘncio Ă© para o homem a melhor decisĂŁo.

O ser humano descobre o que pensa a respeito de si mesmo quando sua essĂȘncia mais Ă­ntima estĂĄ sob ataque.

O maior pecado contra nossos semelhantes nĂŁo Ă© odiĂĄ-los, mas ser indiferente a eles: esta Ă© a essĂȘncia da desumanidade.

A alma que nĂŁo viveu o amor, e o corpo que nĂŁo sentiu o fogo da paixĂŁo, nunca vai entender qual Ă© a fundamental essĂȘncia da vida!

O que o mundo chama de mérito e valor
sĂŁo Ă­dolos que tĂȘm apenas nome, mas nenhuma essĂȘncia.
A fama que vos encanta, vĂłs altivos mortais,
com um doce som, e que parece tĂŁo bela
Ă© um eco, um sonho, melhor que um sonho, uma sombra,
que a cada sopro de vento se dispersa e desaparece.

Flores Da Lua

Brancuras imortais da Lua Nova
Frios de nostalgia e sonolĂȘncia…
Sonhos brancos da Lua e viva essĂȘncia
Dos fantasmas noctĂ­vagos da Cova.

Da noite a tarda e taciturna trova
Soluça, numa tremula dormĂȘncia…
Na mais branda, mais leve florescĂȘncia
Tudo em VisÔes e Imagens se renova.

Mistérios virginais dormem no Espaço,
Dormem o sono das profundas seivas,
MonĂłtono, infinito, estranho e lasso…

E das Origens na luxĂșria forte
Abrem nos astros, nas sidéreas leivas
Flores amargas do palor da Morte.

Natal… Natais…

Tu, grande Ser,
Voltas pequeno ao mundo.
NĂŁo deixas nunca de nascer!
Com braços, pernas, mãos, olhos, semblante,
Voz de menino.
Humano o corpo e o coração divino.

Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?

Em cada estrela sempre pomos a esperança
De que ela seja a mensageira,
E a sua chama azul encha de luz a terra inteira.
Em cada vela acesa, em cada casa, pressentimos
Como um anĂșncio de alvorada;
E ein cada ĂĄrvore da estrada
Um ramo de oliveira;
E em cada gruta o abrigo da criança omnipotente;

E no fragor do vento falas de anjos, e no vĂĄcuo
De silĂȘncio da noite
Estriada de sĂșbitos clarĂ”es,
A presença de Alguém cuja forma é precåria
E a sua essĂȘncia, eterna.
Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?

Revelação

I

Escafandrista de insondado oceano
Sou eu que, aliando Buda ao sibarita,
Penetro a essĂȘncia plĂĄsmica infinita,
-MĂŁe promĂ­scua do amor e do Ăłdio insano!

Sou eu que, hirto, auscultando o absconso arcano,
Por um poder de acĂșstica esquisita,
Ouço o universo ansioso que se agita
Dentro de cada pensamento humano!

No abstrato abismo equĂłreo, em que me Inundo,
Sou eu que, revolvendo o ego profundo
E a ódio dos cérebros medonhos,

Restituo triunfalmente Ă  esfera calma
Todos os cosmos que circulam na alma
Sob a forma embriolĂłgica de sonhos!

A verdade sĂł pode surgir num contexto de liberdade. Para que as coisas e as pessoas se revelem, Ă© preciso deixĂĄ-las ser. SĂł quando se dĂĄ liberdade se pode esperar verdade. Afinal, a essĂȘncia da verdade Ă© a liberdade.

Homem! Deus outorgou-te o entendimento para bem procederes e nĂŁo para penetrares a essĂȘncia das cousas por ele criadas