Frases sobre Vez

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Frases de vez escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Eu não sei o que eu possa parecer para o mundo; mas para mim eu pareço ter sido apenas como um garoto brincando na praia, e me divertindo de vez em quando encontrando uma pedra arredondada ou uma concha mais bonita que as comuns, enquanto o grande oceano da verdade repousa desconhecido perante mim.

Só morre quem é esquecido. De resto, embora não viva – odeio a mania de dizer que os mortos continuam vivos – continua perto de nós, às vezes de forma mais patente do que quando estava vivo.

Às vezes acusam-me de que meus os filmes são muito falados. Ora, falados são os filmes americanos, e falam sem dizer nada. Ao menos os meus filmes dizem alguma coisa porque eu escolho textos ricos, bons, profundos, mais difíceis naturalmente. Mas a imagem é formidável.

É aquele ódio surdo, contra tudo e todos. Aquele ódio às vezes recolhido por dentro, como um animal selvagem, trancado no quarto o dia inteiro, sem fazer nada, sem pensar nada, concentrado em odiar um ódio puro, que se acumulava sem encontrar um objeto onde pudesse descarregar-se.

As coisas do instinto e da natureza têm este condão: não envelhecem. Passa a filosofia mais transcendental, esgota-se o livro mais profundo. Mas é com um viço cada vez mais promissor que regressam as verdades simples e naturais.

É verdade que, por vezes, os militares, exagerando da impotência relativa da inteligência, descuram servir-se dela.

Gosto de uma mulher com defeitos – e um ponderado excesso de carnes, às vezes, é o mais belo deles. Bem vistas as coisas, a formosura pode conviver com a gordura. O que não pode nunca é conviver com a transparência, com a falta de história, com a ausência de profundidade.

Num mundo cada vez mais frio e calculista, de contratos e negociações, de propostas e contrapartidas, arriscamo-nos a perder o que nos resta da nossa natureza e da nossa humanidade. Dar sem esperar nada em troca e receber sem sentir a obrigação de retribuir é a nossa única salvação. E é tão fácil que até chateia.

Diante da imponente erudição de tais sabições, às vezes digo para mim mesmo: ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para poder ter lido tanto! Até mesmo quando se relata, a respeito de Plínio, o Velho, que ele lia sem parar ou mandava que lesse para ele, seja à mesa, em viagens ou no banheiro, sinto a necessidade de me perguntar se o homem tinha tanta falta de pensamentos próprios que era preciso um afluxo contínuo de pensamentos alheios, como é preciso dar a quem sofre de tuberculose um caldo para manter sua vida.

O problema da ficção é que ela precisa ser verossímil, enquanto a realidade poucas vezes consegue sê-lo.