Só engrandecemos o nosso direito à vida cumprindo o nosso dever de cidadãos do mundo.
Passagens sobre Direito
503 resultadosA mulher mais ciumenta é talvez a que mais facilmente atraiçoa o marido e menos tolera que ele a atraiçoes. Porque o ciúme é a afirmação de um direito de propriedade. E esse direito reforça-se com a traição dela e diminui-se com a dele.
A Necessidade da Mentira
A imoralidade da mentira não consiste na violação da sacrossanta verdade. Ao fim e ao cabo, tem direito a invocá-la uma sociedade que induz os seus membros compulsivos a falar com franqueza para, logo a seguir, tanto mais seguramente os poder surpreender. À universal verdade não convém permanecer na verdade particular, que imediatamente transforma na sua contrária. Apesar de tudo, à mentira é inerente algo repugnante cuja consciência submete alguém ao açoite do antigo látego, mas que ao mesmo tempo diz algo acerca do carcereiro. O erro reside na excessiva sinceridade. Quem mente envergonha-se, porque em cada mentira deve experimentar o indigno da organização do mundo, que o obriga a mentir, se ele quiser viver, e ainda lhe canta: “Age sempre com lealdade e rectidão”.
Tal vergonha rouba a força às mentiras dos mais subtilmente organizados. Elas confundem; por isso, a mentira só no outro se torna imoralidade como tal. Toma este por estúpido e serve de expressão à irresponsabilidade. Entre os insidiosos práticos de hoje, a mentira já há muito perdeu a sua honrosa função de enganar acerca do real. Ninguém acredita em ninguém, todos sabem a resposta. Mente-se só para dar a entender ao outro que a alguém nada nele importa,
Unir-se a uma mulher significa ouvir-se dizer: “Prefere o futebol a mim; prefere os amigos a mim; prefere o jornal a mim”, sem ter o direito de responder que sim.
Casar significa duplicar as obrigações e reduzir a metade os direitos.
Elegância é tudo aquilo que é belo, seja no direito seja no avesso.
A força é o direito dos animais.
Eu acredito nos direitos dos animais. Os animais têm o direito de serem deliciosos.
Aqueles que amamos têm todos os direitos sobre nós, até o de deixarem de nos amar.
Todo o indivíduo tem direito à honra; à glória, apenas as excepções, pois apenas mediante realizações excepcionais é possível atingi-la.
Meu País Desgraçado
Meu país desgraçado!…
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas…Meu país desgraçado!…
Porque fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!Povo anémico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!
Qual é a responsabilidade do escritor para com a democracia e com os direitos humanos? É toda. Porque o compromisso maior do escritor é com a verdade e com a liberdade. Para combater pela verdade o escritor usa uma inverdade: a literatura. Mas é uma mentira que não mente.
Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lá.
Usar as leis contra o direito.
Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.
Acabei por aceitar que não tenho qualquer direito a julgar os outros segundo os meus próprios costumes; que desprezar os outros por eles não terem observado determinados costumes é uma perigosa forma de chauvinismo.
No rito de acolhimento, pergunta-se o nome do candidato, porque o nome indica a identidade de uma pessoa. Quando nos apresentamos, dizemos imediatamente o nosso nome: «Chamo-me assim», para sair do anonimato; anónimo é quem não tem um nome. Para sair do anonimato dizemos imediatamente o nosso nome. Sem nome somos desconhecidos, sem direitos nem deveres. Deus trata cada um de nós pelo nome, amando-nos individualmente, na realidade concreta da nossa história.
Enquanto crentes, é nosso dever defender, como direito fundamental de qualquer pessoa, a liberdade de religião e a liberdade de consciência.
O direito de expressão é o princípio e o fim de toda a arte.
Não queremos ser diferentes, e, sim, que todo mundo tenha o direito de ser como é.