Passagens sobre Ferramentas

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Frases sobre ferramentas, poemas sobre ferramentas e outras passagens sobre ferramentas para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Valem Mais as Vidas do que os Livros

Defende Cleantes a opinião de que em nada nos interessam as ideias dos homens e que acima de tudo devemos pôr o seu carácter, a honestidade e a firmeza, a independência e a lisura do seu procedimento. Se de política tratamos, Cleantes, que, por definição, é honesto, sentir-se-á muito bem representado ou muito bem governado não por aquele que, incluindo nos seus programas de eleição ou nas suas declarações ideias que perfeitamente se harmonizam com as dele, depois aparece apenas como um membro de toda a raça infinita dos que sobem por fora, mas por aquele que, tendo-o porventua irritado com a sua maneira de pensar, em seguida vem habitar a ilha minúscula dos que sobem por dentro. Se de dois candidatos que se apresentam, um está no partido contrário ao nosso mas é um honesto, seguro cidadão, e o outro se proclama correligionário, mas nos deixa dúvidas sobre a integridade moral, diz Cleantes que ninguém deve hesitar: o nosso voto deve ir para o que dá garantias de uma fiscalização séria dos negócios e não deixará que se maltrate a Justiça. Sobretudo se formos moralistas, isto é, se acreditarmos que o mundo se salvará pela moral; e, como cumpre a moralistas,

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A Suprema Vantagem do Homem sobre todos os Seres

Foi para o ser capaz de adquirir o maior número de artes que a natureza deu a ferramenta que é, de longe, a mais útil: a mão. E os que pretendem que o homem, longe de ser bem constituído, é o mais mal munido dos animais – dizem, na verdade, que ele nada tem nos pés, que é nu e não possui armas para a luta – estão errados: ou outros, de facto, dispõem de um único recurso que não podem trocar por um outro, e precisam, por assim dizer, de permanecer calçados para dormir ou para fazer tudo, jamais podem tirar a armadura que têm ao redor do corpo e jamais conseguem trocar a arma de que foram dotados pelo destino; o homem, pelo contrário, dispõe de múltiplos meios de defesa e tem sempre a possibilidade de trocá-los, assim como pode possuir a arma que deseja e no momento que deseja. A mão, de facto, torna-se garras, presas ou chifres, e também pega na lança, na espada, ou e qualquer outra arma ou ferramenta, e ela é tudo isso porque pode pegar e segurar tudo.

Ciência da Computação está tão relacionada aos computadores quanto a Astronomia aos telescópios, Biologia aos microscópios, ou Química aos tubos de ensaio. A Ciência não estuda ferramentas. Ela estuda como nós as utilizamos, e o que descobrimos com elas.

A Embriaguez dos Progressos Técnicos

Parece-me que confundem fim e meio os que se assustam em demasia com os nossos progressos técnicos. Quem luta com a única esperança de recolher bens materiais, efectivamente não recolhe nada que valha a pena viver. A máquina não é um fim, é uma ferramenta como a charrua. Se acreditamos que a máquina destrói o homem, é que talvez careçamos de algum recuo para julgarmos os efeitos de transformações tão rápidas como as que sofremos.

Segue o Teu Coração

Lembrar-me que inevitavelmente terei que morrer é a mais importante ferramenta que eu alguma vez encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas na vida. Porque praticamente tudo – todas as nossas expectativas externas, todo o nosso orgulho, todo o nosso medo do embaraço ou fracasso – todas estas coisas simplesmente caem em face da morte, deixando apenas aquilo que é realmente importante. Lembrares-te que mais cedo ou mais tarde vais morrer é a melhor forma que eu conheço de evitar a armadilha de que temos alguma coisa a perder. Nós já estamos nús. Não existe nenhuma razão para não seguirmos o nosso coração.

É sabido que a grande diferença do homem consiste em fabricar ferramentas separadas, transportando-as apenas quando quiser. Ou seja, se um insecto carrega um ferrão, carrega-o continuamente.

O Mundo Transformado em Poder da Palavra

O poema é um objecto carregado de poderes magníficos, terríficos: posto no sítio certo, no instante certo, segundo a regra certa, promove uma desordem e uma ordem que situam o mundo num ponto extremo: o mundo acaba e começa. Aliás não é exactamente um objecto, o poema, mas um utensílio: de fora parece um objecto, tem as suas qualidades tangíveis, não é porém nada para ser visto mas para manejar. Manejamo-lo. Acção, temos aquela ferramenta. A acção é a nossa pergunta à realidade: e a resposta, encontramo-la aí: na repentina desordem luminosa em volta, na ordem da acção respondida por uma espécie de motim, um deslocamento de tudo: o mundo torna-se um facto novo no poema, por virtude do poema — uma realidade nova. Quando apenas se diz que o poema é um objecto, confunde-se, simplifica-se; parece realmente um objecto, sim, mas porque o mundo, pela acção dessa forma cheia de poderes, se encontra nela inscrito: é registo e resultado dos poderes. E temos essa forma: a forma que vemos, ei-la: respira pulsa move-se — é o mundo transformado em poder da palavra, em palavra objectiva inventada em irrealidade objectiva. Se dizemos simplesmente: é um objecto — inserimos no elenco de emblemas que nos rodeia um equívoco melindroso,

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A intuição não é mais do que uma ferramenta não consciente da razão, e as contradições e oposições entre a razão e a intuição, sempre beligerantemente proclamadas, não passam de uma falácia.

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar nas grandes escolhas da vida.

Na manufatura e no artesanato, o trabalhador utiliza a ferramenta; na fábrica, ele é um servo da máquina.

Para uma certa categoria de pobres diabos, já se sabe, a arrogância revela-se muitas vezes uma ferramenta de enorme utilidade. Em Lisboa, pelo menos, é assim: uma pessoa pode ser modesta, ignorante e frágil, mas se puser um ar de superioridade ganha logo ascendente na relação com a pessoa em frente.

…Quando alguém encontrar seu caminho, não pode ter medo. Precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são as ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.

Temos o dever de criar um ambiente facilitador e proporcionar às pessoas as necessárias ferramentas e mecanismos de apoio aos seus esforços de auto-aperfeiçoamento.

A educação clássica muito raramente ensina aos alunos as ferramentas básicas para que aprendam, desde a mais tenra infância, a capacidade de filtrai- estímulos stressantes, proteger a emoção, gerir os seus pensamentos, pensar antes de reagir, ser resiliente.

O telemóvel… é uma ferramenta para aqueles cujas profissões requerem uma resposta rápida, tais como médicos ou canalizadores.

Sonhos são realizações de desejos ocultos e são ferramenta que busca equilíbrio pela compensação. É o meio de comunicação do inconsciente com o consciente.

O Progresso não se Deve ao Instinto Prático

Precisamos de nos desfazer do actual preconceito que atribui o desenvolvimento da ciência moderna, vista a sua aplicabilidade, a um desejo pragmático de melhorar as condições da vida humana na terra. A história mostra claramente que a moderna tecnologia resultou não da evolução daquelas ferramentas que o homem sempre havia inventado para atenuar o labor e de erigir o artifício humano, mas exclusivamente da busca de conhecimento inútil, inteiramente desprovido de senso prático.
Assim, o relógio, um dos primeiros instrumentos modernos não foi inventado para os fins da vida prática, mas exclusivamente para a finalidade altamente «teórica» de realizar certas experiências com a natureza. É certo que esta intervenção, logo que a sua utilidade prática foi percebida, mudou o ritmo e a própria fisionomia da vida humana; mas isto, do ponto de vista dos inventores, foi um mero acidente.
Se tivéssemos de confiar apenas nos chamados instintos práticos do homem, jamais teria havido qualquer tecnologia digna de nota; e, embora as invenções técnicas hoje existentes tragam em si um dado impulso que, provavelmente, gerará melhoras até um certo ponto, é pouco provável que o nosso mundo condicionado à técnica pudesse sobreviver, e muito menos continuar a desenvolver-se, se conseguíssemos convencer-nos de que o homem é,

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