Depois de Chorar

NĂŁo Ă© a tristeza que nos faz chorar, mas o amor que enfrenta os vazios. As angĂșstias e desesperos sĂŁo expressĂ”es de falta.

As lågrimas que de nós brotam e caem longe do olhar dos outros são as que mais força trazem em si, as que fazem concreto e objetivo o sentir mais íntimo.

Por vezes, o coração cai nas armadilhas das tristezas antigas… outras, sentimos os espinhos das novas adversidades cravarem-se-nos na carne. HĂĄ sempre tristezas, hĂĄ sempre sofrimento, haverĂĄ sempre dor enquanto houver amor.
As lågrimas não choradas não deixam de ser amargas, mas essas, ao contrårio das que nascem, corroem o interior de quem com elas não chega a regar a terra que lhe segura os pés.

A vida faz-se também com as nossas lågrimas e vence-se, muitas vezes, de olhos carregados de mar. O esforço que nos é exigido chega quase a ser impossível sem lågrimas. Chorar não é sinal de derrota, antes sim de um amor que busca a paz merecida.

O sentido da vida cabe dentro de uma gota de ĂĄgua salgada
 a verdadeira paixĂŁo Ă© a dor mĂĄxima do amor mais profundo. Aquele que faz germinar em nĂłs o melhor… diante do pior.

Depois das lĂĄgrimas Ă© tempo de agir.

As lĂĄgrimas, tal como tudo nesta vida, tĂȘm um princĂ­pio e um fim. O amor nĂŁo. Vive inteiro, em cada momento, do qual Ă© o princĂ­pio e o fim.