Lutar Contra as Adversidades

Depois dos bons momentos… vĂȘm sempre os piores. O encontro com o mais belo da existĂȘncia nĂŁo anula a nossa fragilidade. Mais uma vez, caĂ­mos. Mais uma vez, experimentamos a derrota, sentimos que nĂŁo somos tĂŁo importantes quanto julgĂĄvamos, nem, tĂŁo-pouco, nada de extraordinĂĄrio. Estamos, mais uma vez, no chĂŁo. Encolhidos. Como no ventre da nossa mĂŁe.

A fraqueza acumulada Ă© uma adversidade brutal. NĂŁo Ă© apenas necessĂĄrio lutar contra o que temos por diante, temos de combater tambĂ©m as derrotas das lutas anteriores, todas as dores, cicatrizes e feridas abertas… todas as perdas.

O que faz à vontade o sofrimento recorrente? Aumenta a tentação de ceder ao mal. Como se fosse natural habituarmo-nos mais aos vícios do que às virtudes.

A cada passo o caminho se torna mais longo…

Sofremos o que nĂŁo merecemos. Mas a tristeza sĂł Ă© absurda quando nĂŁo se sabe por que se luta… enquanto nĂŁo se consegue ver sentido algum na dor…

HĂĄ homens e mulheres que, longe dos olhares alheios, lutam contra adversidades enormes, que alguns imaginam impossĂ­veis. Lutam, sofrem e erguem-se, apesar de tudo.

A sua vontade de viver e sorrir Ă© maior do que a de desistir e chorar. Choram, mas porque tĂȘm vontade de viver. Sorriem sempre que percebem que o seu sorriso pode levar esperança a outro.

Mas, ainda que estejamos caĂ­dos no chĂŁo, estamos no caminho, estamos a fazer caminho, o nosso. Esse que importa levar atĂ© ao fim… atĂ© ao ponto mais alto… porque nĂŁo somos de nenhum buraco.

Os olhos no cĂ©u. O cĂ©u nos olhos. E erguemo-nos, mesmo sabendo que voltaremos a cair… e seguimos para diante, mesmo nĂŁo sabendo como resistiremos Ă  dor das feridas e Ă s forças que se vĂŁo extinguindo.